domingo, 6 de julho de 2014

O Plano Real

Corria o ano de 1994 e a sociedade brasileira estava prestes a experimentar, mais uma vez, um novo pacote econômico denominado de Real. Como professor de economia e também cidadão, estava ansioso e ao mesmo tempo, preocupado se mais uma vez um projeto econômico não desse os resultados esperados e frustrasse a nação. Foi  quando tomei a iniciativa de escrever um artigo para a Revista RN-Econômico, cujo título era " A Chegada do Real", na coluna opinião. Para minha surpresa o artigo teve uma boa aceitação e fiquei surpreendido quando recebi um convite da revista para escrever semanalmente uma coluna que mantive por quase dois anos denominada "Economia Atual". Foi uma das experiências maravilhosa que tive em minha vida onde livremente pude escrever sobre qualquer assunto, independente de sua relação com a economia. Como tinha o cuidado de arquivar semanalmente os assuntos que tratava, tive a ideia de apresentar em uma única publicação um conjunto de artigos que foram escolhidos por mim para refletir o pensamento e a visão de um economista sobre economia, amizade, sentimento e amor. O meu primeiro livro cujo título é REFLEXÕES DE UM ECONOMISTA - 2001 Editora: Departamento Estadual de Imprensa. Nele o primeiro artigo é justamente a Chegada do Real. Dizia, em 25\06\1994 que qualquer pessoa que não conheça a lógica da economia consegue identificar o absurdo da economia brasileira. A miséria atingindo taxas crescentes; a falta de recursos para a educação, saúde, saneamento básico, segurança, transportes urbanos, habitação e, principalmente, a falta de emprego, tudo isso cria um estado de insegurança, pessimismo, oportunismo político, descrença, conformismo e uma falta de espírito público com as grandes questões nacionais. Novamente fomos chamados, a partir de 1\07\1994, a conviver com uma nova moeda, servindo como padrão de valor monetário e que passou a denominar-se de Real. E perguntamos: O que mudou? O que ocorreu? Quais as vantagens, e o que realmente significa? mais uma simples troca de moeda, para em alguns meses, percebermos a mesma desvalorização e novamente os grandes pensadores partirem para a elaboração de mais um modelo a ser testado. Até quando isso continuará? O Plano Real estabeleceu uma nova atmosfera no ambiente de negócios desse país, desde a sua implantação. Mudanças na propriedade do capital, na estrutura de produção, estimulo a concorrência, nos preços relativos e alterações no mercado de trabalho. A significativa redução da inflação favoreceu em muito as classes de menor poder aquisitivo, já que não tem como se defender de um processo inflacionário crônico. Estudo desenvolvido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (FIPE-USP)  - 1998, afirma que a globalização, de uma forma geral, e a experiência brasileira com o Plano Real deixam lições importantes para o país. Em primeiro lugar, é importante destacar que a globalização é uma realidade e não uma escolha, tem vida própria e independe dos governos. participar do processo não é uma opção; na realidade, a estratégia adotada pelos países precisa ser dirigida no sentido de alavancar o desenvolvimento, aproveitando as oportunidades geradas pelo processo. Em segundo lugar, que os custos de transição são inerentes à passagem de uma economia fechada e com elevadas taxas de inflação para uma economia mais aberta e com estabilidade, no contexto de globalização. Em terceiro lugar, a lição mais importante pode ser extraída das crises do México, da Ásia, da Rússia e do Brasil. Ao mesmo tempo em que gera novas oportunidades, a globalização impõe custos extremamente elevados a países que adotam políticas domésticas inconsistentes. Em nenhum outro período da história recente, os fundamentos da economia foram tão destacados. A  livre movimentação dos fluxos financeiros e o crescente investimento direto externo que podem se constituir em importantes estímulos do processo de desenvolvimento econômico, serão ancorados nas economias em que há confiabilidade. Em razão do que foi comentado, precisamos continuar com o aperfeiçoamento deste modelo, fazer as reformas necessárias para mantermos a estabilização da nossa economia e caminharmos para o desenvolvimento tão sonhado por todos os brasileiros. Realmente o Plano Real foi e continuará sendo um sucesso que nós brasileiros apresentamos ao mundo.

7 comentários:

  1. rodrigo nascimento RF7na7 de julho de 2014 às 16:42

    o plano real tem condições de referencia de uma livre movimentação dos fluxos financeiros afirma que a desvalorização da moeda ao investir direto e externo que podem contribuir em importantes estimulo precisamos continuar o aperfeiçoamento deste modelo fazer novas reformas necessárias para mantermos a esta biliação de nossa economia e caminharmos para o desenvolvimento tão sonhado

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  2. joamarques andrade RF 7NA7 de julho de 2014 às 16:46

    o plano real esta baseado nas condições econômica de calda pais tendo referencia econômico para o dese volvimento de cada ais para o melhoramento de cada um

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  3. Jennife Willianne da Silva Barbosa 7NA - RF

    Me faço as mesmas perguntas das quais o Sr citou, "O que mudou? O que ocorreu? Quais as vantagens, e o que realmente significa?", vemos realmente que nada mudou, sabemos que o plano real deveria ser um programa brasileiro de estabilização econômica onde promoveria o fim da inflação elevada no Brasil, situação que já dura a muito tempo e que sabemos que nada irá mudar.

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  4. Prezada Jennife não sei sua idade e seu nível de experiência com o plano REAL...
    O tempo e suas estações o que mudou o país mudou, as pessoas e a sua forma de vida mudaram vivíamos em uma instabilidade constante, os preços subiam a todos instantes uma situação crônica, altos índices de desemprego e falta de renda pela camada mais frágil da população, uma divida externa altíssima, falta de recurso para investimento na aérea essências para a população... o que ocorreu uma transformação que não podemos dizer que radical mas considerável uma boiá para aquele que estava se afogando, uma junção de capacidade técnica que não mudou só o nome de nossa moeda mais que a vinte anos tem controlado essa doença chamada inflação brasileira... hoje vemos estabilidade de preço, divida externa controlada, mais recurso para saúde, educação e na infraestrutura somo a 9 economia do mundo aumentou o numero de empregos, pessoas com níveis superior de ensino ampliação de programas sociais etc. Isso significa que temos capacidade de competência técnicas para alavancar esse pais e transforma-ló em super potência, e certo que isso não acontecer da noite para o dia ainda precisamos conter os gastos público, possuir uma politica de estado e não de governo, gerar investimentos, ampliar o controle e maximizar oportunidades... por o fim na inflação e o mesmo que encontrar a cura da hipertensão enquanto não encontramos procuramos manter ela equilibrada...
    Ivan Soares
    Aluno em Administração 8MA/RF

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  5. A verdade é que no momento a inflação está em 6,5 onde deveria ser 4,5 que é a meta, para estabilizar a economia em seus principais setores de produção e serviços, etc..

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  6. Caro Professor Marcos Alves!

    As observações deste jovem economista sobre o Brasil faz sentido?

    http://www.empiricus.com.br/fb10b/

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