domingo, 10 de agosto de 2014

A questão da produtividade

Em artigos anteriores afirmava que o desenvolvimento é um processo global de maturação e de busca de maior perfeição em todos os campos. Não se reduz ao ter mais, deve ser um permanente ter mais em todos os campos da inteligência, da sensibilidade, da moralidade, do direito e do bem estar social. Pelos estudos que os especialistas desenvolveram ao longo do tempo se constatou que o desenvolvimento para ocorrer necessita de investimentos em infraestruturas, mão de obra qualificada e ganhos continuados de produtividade. Lembrando que a produtividade é quem determina a competitividade que é resultado da melhor combinação dos avanços tecnológicos e da eficiência. Para que ela ocorra exige como condição necessária e suficiente que a nação possua uma excelente cadeia educacional que possa gerar inovações e conhecimentos que permita promover a socialização do consumo através da redução do custo dos produtos, melhorando sempre a eficiência e a eficácia dos sistemas produtivos, contribuindo com a qualidade de vida das pessoas. Além do  mais os países precisam de boas instituições e de uma gestão pública eficiente e profissional que reduza a burocracia e estimule o empresariado a assumir riscos, investir e inovar. Não tem fundamento um país como o nosso perder em produtividade para nações como o Chile, Peru, Colômbia e México. Sinalizando que precisamos acelerar as reformas que tire o nosso país dessa inercia que compromete a geração de emprego e renda das gerações futuras. Independente das conquistas que o país superou ainda persistem carências de infraestruturas, ausência de regulação, comércio  ilícito, crime organizado, perda da biodiversidade e iniquidades sociais que precisam ser corrigidas. Mas os investimentos para que ocorra precisa da poupança,  e em nosso país o nível de poupança é muito baixo e precisamos recorrer a poupança externa. Mas é necessário termos prudência em seu uso, para não deixarmos o país em um nível de endividamento elevado que o pode comprometer no futuro. A única alternativa para o nosso país é elevar a sua produtividade, reduzindo custos para tornar o  nosso sistema econômico mais eficiente através das reformas estruturantes que precisamos promover e entregando a iniciativa privada atividades que podem ser desenvolvidas com maior eficiência e eficácia.

4 comentários:

  1. bom artigo, onde podemos observar que a base de tudo esta no investimento em educação e tecnologias, não em criar programas absurdos que o PT criou para incentivar a malandragem.

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  2. Por ter lido seu texto, fui despertado para fazer alguns questionamentos ao Prof. Marcos Alvez sobre a questão da produtividade.

    1 - Como é que o Brasil, em relação a produtividade, está abaixo do: Chile, Peru, Colômbia e o México, e usa seu dinheiro para a construção de um Porto em outro país, o de Cuba por exemplo, enquanto que os seus Portos estão sucateados? Tem alguma transação economicamente atrativa que explique esse episódio?

    2 - Outra parte em seu texto diz: "a alternativa para nosso país é elevar a sua produtividade". Como o Brasil vai elevar a produtividade se nem uma bandeira do seu país ele produz, tudo vem da china. Centenas e centenas de produtos simples, que poderiam ser fabricados no próprio país, são importados! Essa importação é boa para o crescimento do nosso país?

    3 - Outra parte me chamou a atenção, "precisamos promover reformas estruturantes". Nesse caso, em um país que necessita elevar a produtividade, não seria melhor qualificar a mão de obra dentro de suas empresas, melhorar o gerenciamento, fazendo a produção amentar, ao invés de se desfazer dos seus bens?

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  3. Para se produzir com qualidade é necessário mão de obra qualificada e investimos em infra estrutura, com isso gera-se valor ao que foi produzido e lucros ao dono do negócio, porém para que seja assim faz-se necessário a melhoria no nível de educação. A redução da burocracia e um fator estimulante para os empreendedores, pois contribui com investimentos, inovações e faz com que assumam mais riscos. É necessário que seja feita a reforma tributária e fiscal para que nosso país possa aumentar a geração de emprego e renda. Com o aumento da renda muitas pessoas poderão utilizar a poupança.

    Denise Barros - MBA Gestão Financeira - UNP

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  4. Maxwell Araújo - Marketing UnP20 de agosto de 2014 às 08:17

    Em tempos de mercados globais e blocos econômicos mastodônticos, temos testemunhado na prática, causa e efeito do tão desejado desenvolvimento produtivo. Do lado oriental do globo dito comunista, nós temos o maior exemplo de capacidade produtiva que o capitalismo ocidental já produziu. Um paradoxo idealista mas que impulsiona a China, mesmo com indicadores de desaceleração se comparados aos índices de 2010, à taxas de 7.7% ao ano.
    Tamanho crescimento deve-se aos milhões de trabalhadores que se amontoam uns sobre os outros em mega conglomerados industriais todos os dias, para produzir ininterruptamente o que o restante do mundo consome. Além é claro, do forte investimento de capital em tecnologia e educação de ponta. Mas será que o modelo produtivo chinês seria uma vedete a ser desejada para o futuro do Brasil?
    Hoje, 10% do território agrícola chinês estão contaminados por metais pesados oriundos das mesmas chaminés industriais que expelem dólares a uma velocidade frenética. Nem mesmo as mãos mais ávidas pelo tesouro verde, do pseudo comunista de olhos puxados, teriam condições de contar.
    Recentemente, a qualidade do ar na capital econômica do país atingiu os piores níveis da história. Os índices de poluentes suspensos no ar estariam dezenove vezes acima do limite considerado aceitável para seres humanos, segundo indicadores da OMS. Nesta Segunda-feira, a fabricante de alimentos H.J. Heinz anunciou um recall de um cereal para CRIANÇAS que continha altas concentrações de chumbo em suas análises e no ano passado, uma onda de suicídios inexplicáveis entre funcionários da Foxconn, atraiu as atenções da mídia e estampou as manchetes internacionais levantando questões polêmicas acerca das condições de trabalho naquele país.
    Com o exemplo vindo do gigante asiático, percebemos que existe uma tênue linha divisória entre desenvolvimento produtivo e desenvolvimento social/humano, caso princípios éticos e valores alicerçados sobre os pilares do crescimento sustentável forem completamente ignorados em nome da alta produtividade. A China cresce economicamente a passos largos enquanto o seu povo é envenenado pela ganância desenfreada de governos e interesses corporativos.
    Enquanto ainda coadjuvantes nessa ópera de gigantes, nós devemos aprender com os acertos e equívocos alheios, para que possamos construir um modelo próprio de desenvolvimento produtivo sustentado pela excelência dos processos. Miremos portanto, na excelência alemã como exemplo a ser perseguido, em todos os seus aspectos (social, político, moral, educacional, produtivo) e quem sabe em um futuro próximo, possamos ditar o tom do progresso latino americano em sua plenitude.

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