quinta-feira, 28 de agosto de 2014

A escassez de bens públicos

O principal objetivo do estudo da economia é formular propostas com a finalidade de reduzir os problemas econômicos, tendo como fim a melhora da qualidade de vida das pessoas. Durante muito tempo um país era avaliado pelo desempenho do seu PIB (Produto Interno Bruto) como indicador do seu tamanho do mercado ou PIB per capita que representa a renda média da população. Logo, maiores níveis de renda per capita indicava maiores padrões de bem estar material. Porém, este indicador não consegue apresentar informações relevantes sobre o real bem estar da sociedade. Atualmente quem melhor reflete o desenvolvimento de uma nação é o índice desenvolvido pela ONU conhecido como o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) que leva em consideração não só o  PIB mas acrescenta a expectativa de vida da população e a educação. É bom lembrar que todos os indivíduos desempenha dois papeis, são consumidores de bens produzidos pelo mercado e ao mesmo tempo cidadãos usuários de bens públicos. O que a sociedade mais clama é pela melhoria dos bens que são ofertados pelo  setor público. A busca do bem estar geral de uma sociedade está ligada diretamente as condições de oferta dessas classes de bens. A carga tributária que é imposta aos brasileiros era para termos uma qualidade bem melhor nos bens que são supridos pelo setor público (segurança, saúde, educação , saneamento, cultura e etc) e que não podem ser criados pelo mercado. Esta escassez de oferta de bens públicos, compromete a governança corporativa do país e gera no cidadão efeitos semelhantes aos que a inflação tem quando desempenhamos o papel de consumidores. O professor e economista José Maria  Alves da Silva em artigo publicado na Folha de São Paulo cujo título é " Inflação e bens públicos", no dia 20\08\2014, reflete muito bem esta incoerência. Temos metas estabelecidas para o  mercado de consumo , mas não temos metas para os bens públicos que são ofertados. Diz o mestre: A diferença é que a inflação do cidadão não é visível como a inflação do consumidor , posto que não é auferida pelo IPCA ( Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo),nem por quaisquer dos índices de preços publicados pelo IBGE ou outra entidade. Segundo o professor, a inflação é uma taxa de crescimento de preços de bens de mercado para a qual, segundo o sistema de metas adotado no Brasil, estabelecem-se políticas visando mantê-la dentro de uma estreita faixa de controle. Mas , no que diz respeito à segurança pública, não existe nenhum sistema de metas. As taxas de crescimento de estupros e homicídios dolosos podem aumentar indefinidamente, sem que isso acione qualquer função de reação das autoridades. Estamos em ano de eleições é preciso que os postulantes aos cargos executivos deste país levem em consideração nas suas formulações, que combater a inflação é um objetivo importante de política econômica para continuarmos com a estabilização econômica que não deixa de ser também um bem público, mas que não esqueça que eliminar o analfabetismo e a dor pelas perdas dos entes queridos  gerada pela violência  também é extremamente importante.

6 comentários:

  1. Enquanto a governança do país não entender que seus cidadãos como parte indissolúvel da formação do Estado precisam de muito mais que inflação controlada para que o próprio Estado se desenvolva e tenha expressão no cenário internacional, vamos continuar girando em torno de questões básicas das necessidades humanas, como saúde e educação. Quem vai pesquisar inovações tecnológicas quando a escola não prepara os alunos para pensar? Como sobreviver a hospitais que as vezes têm médicos, mas não têm uma atadura para atender aos pacientes?

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  2. Infelizmente o nosso governo so se preocupar com uma parte de nossos problemas, não dá no tam importância a saúde, educação, segurança. Mas cabe a nós cidadãos cobrá de nosso políticos que estão no poder, e principalmente agora na ora de vota .

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  3. "O Brasil está irreconhecível. Nunca pensei que a incompetência casada com o delírio ideológico promoveria este caos. Há uma mutação histórica em andamento. Não é uma fase transitória; nos últimos 12 anos, os donos do poder estão a criar um sinistro “espírito do tempo” que talvez seja irreversível. A velha “esquerda” sempre foi um sarapatel de populismo, getulismo tardio, leninismo de galinheiro e agora um desenvolvimentismo fora de época. A velha “direita”, o atraso feudal de nossos patrimonialistas, sempre loteou o Estado pelos interesses oligárquicos.

    A chegada do PT ao governo reuniu em frente única os dois desvios: a aliança das oligarquias com o patrimonialismo do Estado petista. Foi o pior cenário para o retrocesso a que assistimos."
    Arnaldo Jabor

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  4. É notório que nos dias atuais vivemos uma imensurável negligência governamental em nosso país. Ouso até dizer que vivenciamos índices de violência tal como se vivessemos uma guerra civil, a saúde púlblica agoniza assim como os que dela necessitam, e a educação é a prima pobre dos serviços púlblicos.
    Em um país onde a taxa de inflação não condiz com a propaganda governametal de desenvolvimento, o povo clama não só por impostos e indices de inflação mais baixos, mas sim por uma miníma condição de uso dos serviços públicos!
    É contráditório dizer que o país está crescendo sem que o seu povo tenha uma educação de qualidade na qual possam se libertar das algemas da ignorância, ou que a população no minimo tenha acesso a saúde pública de qualidade, sem falar na seguança que é um dever e obrigação do estado desde os primordios da civilização.
    Enfim não basta somente a geração de empregos, o aumento do salário minímo a cada ano, nem a distribuição de ajuda social, o Brasil necessita muito mais que isso, o povo clama não por luxo mas sim pelos serviços minímos que não passam de uma obrigação do governo!

    Ryennison Souza
    Marketing Unp 2NA

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  5. Muito bom o texto professor, o que me faz lembrar que as metas para os bens e serviços públicos deveriam ser estabelecida pela própria população ao eleger seus representantes governamentais. Entretanto, para "saber" escolher, o povo precisa ter educação de qualidade que dê condições formando em cada cidadão um senso crítico tão necessário em épocas de eleição para que as pessoas não acreditem em propostas estapafúrdias, onde se vê claramente no horário de propaganda eleitoral. Ser uma população exigente e que cobre dos seus governantes bens e serviços públicos de qualidade é ainda um longo caminho que temos a percorrer enquanto nação brasileira.

    Elenilsa Santos - Marketing

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  6. Não podemos esquecer da segurança publica, para que o cidadão de bem( refém dos criminosos), possam readquirir o direito de ir e vir sem se preocupar com o risco de vida!

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