sábado, 4 de outubro de 2014

Eleições 2014

Amanhã o Brasil vai às urnas. É a sétima eleição geral deste país após a redemocratização onde 142 milhões de brasileiros escolherão os políticos (poder executivo) e renovarão as Assembleias  Estaduais, Câmara Federal e um terço do Senado Federal que decidirão sobre o nosso futuro nos próximos quatro anos. Independente de quem ganhar as eleições os novos governantes terão que caminhar a nossa política econômica  na direção de termos uma política fiscal voltada para o longo prazo, e inflacionar qualidade no financiamento da nossa dívida e serem extremamente rigoroso no controle da relação dívida pública/PIB. Redefinir os gastos públicos, eliminando desperdício e corrupção para abrir espaço para os investimentos. Ter capacidade de suprir com eficiência os bens públicos que o mercado não pode produzir. Realizar uma política monetária que garanta a estabilidade do valor da moeda, mantenha o sistema financeiro confiável, que possa garantir a inflação no centro da meta estabelecida pelo governo e que as taxas de juros praticadas internamente possa se aproximar das taxas praticadas  externamente. Uma das deficiências nossa está na missão regulatória, é preciso dar liberdade bem regulada aos mercados para que os investidores se sintam confiantes e reduzam as incertezas jurídicas. A economia brasileira precisa ser estimulada, onde todos os agentes econômicos se sintam prestigiados. Acabar com o uso da contabilidade criativa que simplesmente desmoraliza o sistema de tomada de decisões deste país. O conjunto de politicas (fiscal, monetária, cambial e rendas) possuem seus instrumentos que exige das autoridades competência em saber usá-las, para que os objetivos de aumentar a produção e o emprego, combater a inflação, melhorar a nossa distribuição de rendas e ter um controle equilibrado de nossas contas externas possam serem atingidos. Lembrando aos futuros governantes que política fiscal e monetária não são independentes e o melhor exemplo é a situação atual deste país. Que os futuros governantes não esqueça que os indivíduos desempenham dois papeis , são consumidores de bens produzidos pelo mercado e ao mesmo tempo cidadãos  usuários de bens públicos. O que a sociedade mais reclama  é pela melhoria dos bens ofertados pelo setor público. A busca do bem estar geral de uma sociedade  está ligada diretamente as condições de oferta dessas classes de bens. A carga tributária que é imposta a nós brasileiros era para termos uma qualidade bem melhor nos bens que são supridos pelo setor público ( segurança, saúde, educação básica, modal de transporte, saneamento e cultura ).Esta escassez de bens públicos compromete a governança corporativa do nosso país e só estimula tensões sociais que geram externalidades negativas para toda a sociedade. Esperamos dos eleitos maior comprometimento com as grandes questões que tem deixado a nossa sociedade vulnerável e sem perspectiva. Que saibamos escolher amanhã.

4 comentários:

  1. Professor, excelentes os seus posicionamentos. Gostaria que o senhor visse o debate de Mantega e Armínio Fraga nesse site para nos explicar ponto a ponto na sala de aula. Tem tudo a ver com suas aulas. http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2014/10/guido-mantega-e-arminio-fraga-debatem-no-globonews-miriam-leitao.html

    ResponderExcluir
  2. Faltou minha identificação. Sou o Domingos Engenharia Civil ECI 4 NA. da UnP da Nascimento de Castro

    ResponderExcluir
  3. Marcos, realmente nosso país precisa de governantes que estimule o empreendedorismo, que diminua esta carga tributária horrível! Que olhe não só para o ricos e também não só para os pobres, mas que olhe para todos de uma forma homogenia.

    Felicidades professor Marcos!

    Fui seu aluno da pós em Gestão Financeira de empresas, na UnP. Me orgulho muito de ter conhecido um ser tão inteligente como o senhor.

    Abraço

    ResponderExcluir
  4. Concordo plenamente professor. O cenário econômico atual do Brasil exige que o futuro governante tenha competência e habilidade para melhor gerir os recursos e fazer a nossa economia evoluir cada vez mais. Caso isso aconteça, a vida do povo irá melhorar e consequentemente, o nosso país. Mas diante do cenário da campanha eleitoral, me surge uma indagação: Será que o interesse em melhorar o Brasil é o fator motivador para os candidatos, ou eles estão medindo forças ao interesse de apenas levar ou manter o seu partido no
    poder? Como bem disse o filosofo Aristóteles "a política não deveria ser a arte de dominar, mas sim a arte de fazer justiça".

    Elen Santos
    Marketing - UNP

    ResponderExcluir