A presidente reeleita, Dilma Rousseff, precisa definir-se sobre qual o caminho a ser seguido pelo seu governo em relação a política econômica do nosso país. No seu primeiro mandato os desequilíbrios são facilmente observados no campos fiscal, inflação, crescimento, governança e energia elétrica. O nosso país sai desta eleição dividido, é preciso que a nossa líder tenha humildade de reconhecer os erros cometidos e coragem para reverter os caminhos escolhidos no passado para não comprometermos ainda mais o nosso futuro. Aqueles que não votaram em Dilma, esperam que esta mudança caso ocorra, possam nos dar esperança de ingressarmos em um círculo virtuoso de aumento de produtividade e crescimento sustentável, que proporcionaria maiores níveis de bem estar para todos os brasileiros e principalmente para os menos favorecidos. Queremos um Estado forte mais constitucionalmente controlado, que possua uma política fiscal com os olhos voltados para o futuro, que elimine os desperdícios, corrupção e abra espaço para o investimento. Que a política fiscal tenha um rígido controle na relação dívida pública\PIB e que possa contribuir com a política monetária para garantir confiança em nossa moeda, no sistema financeiro e permitir que as taxas de juros praticadas internamente se aproxime das taxas de juros aplicadas nos países desenvolvidos. O Estado seja capaz de suprir com eficiência os bens e serviços que não cabe ao mercado produzi-lo, eliminar a contabilidade criativa das identidades da contabilidade nacional que só desmoraliza todo o sistema decisório do nosso país e o deixa vulnerável perante as empresas de risco (possibilidade de perdermos o grau de investimento) o que provocaria uma fuga ainda maior dos investimentos que comprometeria a capacidade de crescimento da nossa economia. Criar incentivos inteligentes para os agentes econômicos, dar liberdade bem regulamentada aos mercados e realizar as reformas tão discutidas na campanha presidencial (tributária, trabalhista, previdenciária e política), só assim restauraria a confiança e a credibilidade dos agentes econômicos perante o governo. Lembrando que os vinte anos de estabilização que conquistamos foi fruto do respeito aos pilares de sustentação do modelo macroeconômico (superávit fiscal, câmbio flutuante e metas de inflação). O que se observa no primeiro mandato de Dilma é uma ausência dos fundamentos essenciais para termos uma boa governança que são: Método, liderança e conhecimento técnico. Falta definir o alvo, escolher o caminho, garantir a execução, medir, avaliar e padronizar. Como exemplo, temos as grandes obras estruturantes do Nordeste que nunca são concluídas gerando incertezas e desconfiança da população em relação a gestão deste nosso país. Na área econômica se cercar de nomes respeitados e retê-los em seu mandato, restaurando a autonomia do Banco Central e definindo um novo papel ao Itamaraty como forma de fomentar a expansão da nossa economia no âmbito internacional para tirarmos proveito em termos de produtividade da integração com as cadeias produtivas globais. Lembrando que a base de uma boa governança é a confiança. Confiança não pode ser imposta ou regulamentada, mas precisa ser sentida e acredita por todos os agentes econômicos (famílias, governo nos três níveis, empresas públicas e privadas e o resto do mundo). Deve enraizar-se em ações, valores e crenças dos investidores, empregados, políticos, funcionários público e, acima de tudo, dos homens que hoje nos governa. Avança Brasil.
domingo, 9 de novembro de 2014
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ResponderExcluirConcordo totalmente professor Marcos Alves, admiro em muito a presinte Dilma Roussef e sua postura, mais acredito que lhe falta um equipe técnica especializado e comprometida em resolução, como foi a do então presidente Itamar Franco que propos um uma equipe de pessoa técnica em econonia na qual o ex-presidente Fernando Henrique como ministro da fazenda foi consagrado presidente da República com a consagração do plano real e com medida durar que alicerçaram a estabilização financeira do Brasil, porém nossa presidente irá precisa de muito jogo de centura, já que a politica e uma faca de dois gumes, e criar um politica de Estado onde os interreses pessoais e ideológico dos partido politicos muita vezes suprerá o interresses na nação, vejo também que essa é a nossa hora que procurar, investigar e cobrar dos nossos representante do legislativo, que não se abstêia das pautas que possibilite alavançar em politicas pública para nosso desenvolvimento.
ResponderExcluirIvan Soares
Aluno em Administração 8MA/RF
Realmente professor, confiança não pode em hipótese alguma ser imposta ou exigida. O único caminho para o desenvolvimento desta confiança são as mudanças concretas no dia a dia de todos os agentes econômicos. Este é um cenário que só se constrói com atitudes, mudanças profundas e graduais nas políticas internas e investimentos em áreas como educação e reformas profundas no setor tributário, por exemplo. São muitas as necessidades, mas é preciso começar a ser proativo e fazer crer que os planos não ficaram só nos discursos bem elaborados em busca de votos, mas que pretende-se torna-los realidade, para o bem, não só da classe política que pretende manter-se no poder, mas do povo que precisa usar seu poder constituinte com maior consciência e efetividade.
ResponderExcluirO Risco País que neste momento mostra sinais de aumento, é um reflexo desta falta de comprometimento com o real crescimento deste gigante em possibilidades que é o nosso país, mas que também é enorme em falta de governança.
Vamos ver se depois da reunião do G-20 algo de positivo emerge deste caos de aumentos que ameaça minar os tão valiosos pilares do modelo macroeconômico que vem sobrevivendo nos últimos 20 anos.
2015 será um ano de grandes desafios para o governo Dilma. A maneira como a presidente enfrentará esses desafios será decisiva para que o governo recupere sua credibilidade frente aos mercados e frente a metade de um país incrédulo que votou contra a continuação do seu mandato. Reforma política, controle dos níveis de inflação, crescimento da economia, apuração das irregularidades na PETROBRAS, estes são alguns dos Golias que o governo encontrará pela frente após a virada do ano. Segundo matéria publicada Domingo 9 no britânico Financial Times, o Departamento de Justiça americano está investigando atos ilícitos da empresa que tem papéis negociados em Wall Street. Coincidência ou não, depois do mal estar causado pela espionagem americana à presidente da república, Dilma terá seu primeiro encontro oficial, desde o incidente diplomático, com o presidente Barack Obama para tratar de assuntos bilaterais. O encontro acontecerá na Australia durante o encontro do G-20. Frente a frente com o presidente da maior potência do mundo e sob o risco de ter o FT americano vasculhando as operações da caixa forte do Tio Patinhas petista, a presidente deverá ser bem mais condescendente e menos imperativa quanto às suas convicções pessoais. De volta ao Brasil, esperamos que a mesma assuma postura semelhante quanto à condução das questões urgentes que a sociedade brasileira espera, pelo bem da credibilidade do seu governo, pelo progresso contínuo do seu país e pela felicidade do seu povo como um todo.
ResponderExcluirO Brasil é um país com grande potencial. Vale ressaltar que são os países emergentes - Brasil, Índia e China - que apresentam as maiores taxas de crescimento econômico nos últimos anos ao contrário de países desenvolvidos - EUA, Japão e alguns países da Europa - que alcançaram um patamar de crescimento elevadíssimo e hoje, estas potencias se estagnarem economicamente e outras declinaram. No entanto, o nosso país vem apresentando um crescimento econômico negativo já há três semestres sendo Dilma bastante criticada por este fenômeno. E esta situação nos assombrará ainda no primeiro trimestre de 2015 apontam indicadores. '' A cada dado econômico divulgado, as perspectivas para o começo de 2015 se tornam mais difíceis. Indicadores como a baixa expansão do crédito, os elevados estoques da indústria, a perda de dinamismo do mercado de trabalho e a queda na confiança de consumidores e empresas apontam para um primeiro trimestre fraco em 2015, a despeito da base de comparação deprimida’’. ( Indicadores apontam um 1º trimestre difícil em 2015, Álvaro Campos e Igor Gadelha, do Estadão Conteúdo). Com a atual conjuntura política deste governo, o nível de confiança, tanto de investidores como da população brasileira tende despencar drasticamente, prova maior; país divido nas eleições de 2014. Nesse contexto, espera-se que o governo tome decisões importantes para mudar o atual quadro econômico do país. Sabemos que o Brasil é um país agrícola, precisamos adotar uma nova concepção; Agregar valor a matéria prima. Ao invés de exportar soja '' in nature '', agrega-se valor, através da industrialização, produz biodiesel, óleo para cozinha e outros derivados e assim exportarmos. É preciso investir em '' capital físico '' para produzir muito em pouco tempo, oferecer tecnologias em maquinários para uma maior expansão econômica. Dentre as políticas solucionarias citadas nos comentários e por Marcos Alves, acho primordial investir massivamente na educação para termos mão de obra qualificada e possibilitar a criação de intelectuais que produzirão as tecnologias. Acredito que esses são os pilares essências para o Brasil se consolidar como uma grande potência.
ResponderExcluirCarlos - Relações Internacionais - UNP