domingo, 9 de novembro de 2014

Credibilidade

A presidente reeleita, Dilma Rousseff, precisa definir-se  sobre qual o caminho a ser seguido pelo seu governo em relação a política econômica do nosso país. No seu primeiro mandato os desequilíbrios são facilmente observados no campos fiscal, inflação, crescimento, governança e energia elétrica. O nosso país sai desta eleição dividido, é preciso que a nossa líder tenha humildade de reconhecer os erros cometidos e coragem para reverter os caminhos escolhidos no passado para não comprometermos ainda mais o nosso futuro. Aqueles que não votaram em Dilma, esperam que esta mudança caso ocorra, possam nos dar esperança de ingressarmos em um círculo virtuoso de aumento de produtividade e crescimento sustentável, que proporcionaria maiores níveis de bem estar para todos os brasileiros e principalmente para os menos favorecidos. Queremos um Estado  forte mais constitucionalmente controlado, que possua uma política fiscal com os olhos voltados para o futuro, que elimine os desperdícios, corrupção e abra espaço para o investimento. Que a política fiscal tenha um rígido controle na relação dívida pública\PIB e que possa contribuir com a política monetária para garantir confiança em nossa moeda, no sistema financeiro e permitir que as taxas de juros praticadas internamente se aproxime das taxas de juros aplicadas nos países desenvolvidos. O Estado seja capaz de suprir com eficiência os bens e serviços que não cabe ao mercado produzi-lo, eliminar a contabilidade criativa das identidades da contabilidade nacional que só desmoraliza todo o sistema decisório do nosso país e o deixa vulnerável perante as empresas de risco (possibilidade de perdermos o grau de investimento) o que provocaria uma fuga ainda maior dos investimentos que comprometeria a capacidade de crescimento da nossa economia. Criar incentivos inteligentes para os agentes econômicos, dar liberdade bem regulamentada aos mercados e realizar as reformas tão discutidas na campanha presidencial (tributária, trabalhista, previdenciária e política), só assim restauraria a confiança e a credibilidade dos agentes econômicos perante o governo. Lembrando que os vinte anos de estabilização que conquistamos foi fruto do respeito aos pilares de sustentação do modelo macroeconômico (superávit fiscal, câmbio flutuante e metas de inflação). O que se observa no primeiro mandato de Dilma é uma ausência dos fundamentos essenciais para termos uma boa governança que são: Método, liderança e conhecimento técnico. Falta definir o alvo, escolher o caminho, garantir a execução, medir, avaliar e padronizar.  Como exemplo, temos  as grandes obras estruturantes do Nordeste que nunca são concluídas gerando incertezas e desconfiança da população em relação a gestão deste nosso país. Na área econômica se cercar de nomes respeitados e retê-los em seu mandato, restaurando a autonomia do Banco Central e definindo um novo papel ao Itamaraty como forma de fomentar a expansão da nossa economia no âmbito internacional para tirarmos proveito em termos de produtividade da integração com as cadeias produtivas globais. Lembrando que a base de uma boa governança é a confiança. Confiança não pode ser imposta ou regulamentada, mas precisa ser sentida e acredita por todos os agentes econômicos (famílias, governo nos três níveis, empresas públicas e privadas e o resto do mundo). Deve enraizar-se em ações, valores e crenças dos investidores, empregados, políticos, funcionários público e, acima de tudo, dos homens que hoje nos governa. Avança Brasil.

5 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Concordo totalmente professor Marcos Alves, admiro em muito a presinte Dilma Roussef e sua postura, mais acredito que lhe falta um equipe técnica especializado e comprometida em resolução, como foi a do então presidente Itamar Franco que propos um uma equipe de pessoa técnica em econonia na qual o ex-presidente Fernando Henrique como ministro da fazenda foi consagrado presidente da República com a consagração do plano real e com medida durar que alicerçaram a estabilização financeira do Brasil, porém nossa presidente irá precisa de muito jogo de centura, já que a politica e uma faca de dois gumes, e criar um politica de Estado onde os interreses pessoais e ideológico dos partido politicos muita vezes suprerá o interresses na nação, vejo também que essa é a nossa hora que procurar, investigar e cobrar dos nossos representante do legislativo, que não se abstêia das pautas que possibilite alavançar em politicas pública para nosso desenvolvimento.


    Ivan Soares
    Aluno em Administração 8MA/RF

    ResponderExcluir
  3. Realmente professor, confiança não pode em hipótese alguma ser imposta ou exigida. O único caminho para o desenvolvimento desta confiança são as mudanças concretas no dia a dia de todos os agentes econômicos. Este é um cenário que só se constrói com atitudes, mudanças profundas e graduais nas políticas internas e investimentos em áreas como educação e reformas profundas no setor tributário, por exemplo. São muitas as necessidades, mas é preciso começar a ser proativo e fazer crer que os planos não ficaram só nos discursos bem elaborados em busca de votos, mas que pretende-se torna-los realidade, para o bem, não só da classe política que pretende manter-se no poder, mas do povo que precisa usar seu poder constituinte com maior consciência e efetividade.
    O Risco País que neste momento mostra sinais de aumento, é um reflexo desta falta de comprometimento com o real crescimento deste gigante em possibilidades que é o nosso país, mas que também é enorme em falta de governança.
    Vamos ver se depois da reunião do G-20 algo de positivo emerge deste caos de aumentos que ameaça minar os tão valiosos pilares do modelo macroeconômico que vem sobrevivendo nos últimos 20 anos.

    ResponderExcluir
  4. Maxwell Araújo - Marketing UnP10 de novembro de 2014 às 19:27

    2015 será um ano de grandes desafios para o governo Dilma. A maneira como a presidente enfrentará esses desafios será decisiva para que o governo recupere sua credibilidade frente aos mercados e frente a metade de um país incrédulo que votou contra a continuação do seu mandato. Reforma política, controle dos níveis de inflação, crescimento da economia, apuração das irregularidades na PETROBRAS, estes são alguns dos Golias que o governo encontrará pela frente após a virada do ano. Segundo matéria publicada Domingo 9 no britânico Financial Times, o Departamento de Justiça americano está investigando atos ilícitos da empresa que tem papéis negociados em Wall Street. Coincidência ou não, depois do mal estar causado pela espionagem americana à presidente da república, Dilma terá seu primeiro encontro oficial, desde o incidente diplomático, com o presidente Barack Obama para tratar de assuntos bilaterais. O encontro acontecerá na Australia durante o encontro do G-20. Frente a frente com o presidente da maior potência do mundo e sob o risco de ter o FT americano vasculhando as operações da caixa forte do Tio Patinhas petista, a presidente deverá ser bem mais condescendente e menos imperativa quanto às suas convicções pessoais. De volta ao Brasil, esperamos que a mesma assuma postura semelhante quanto à condução das questões urgentes que a sociedade brasileira espera, pelo bem da credibilidade do seu governo, pelo progresso contínuo do seu país e pela felicidade do seu povo como um todo.

    ResponderExcluir
  5. O Brasil é um país com grande potencial. Vale ressaltar que são os países emergentes - Brasil, Índia e China - que apresentam as maiores taxas de crescimento econômico nos últimos anos ao contrário de países desenvolvidos - EUA, Japão e alguns países da Europa - que alcançaram um patamar de crescimento elevadíssimo e hoje, estas potencias se estagnarem economicamente e outras declinaram. No entanto, o nosso país vem apresentando um crescimento econômico negativo já há três semestres sendo Dilma bastante criticada por este fenômeno. E esta situação nos assombrará ainda no primeiro trimestre de 2015 apontam indicadores. '' A cada dado econômico divulgado, as perspectivas para o começo de 2015 se tornam mais difíceis. Indicadores como a baixa expansão do crédito, os elevados estoques da indústria, a perda de dinamismo do mercado de trabalho e a queda na confiança de consumidores e empresas apontam para um primeiro trimestre fraco em 2015, a despeito da base de comparação deprimida’’. ( Indicadores apontam um 1º trimestre difícil em 2015, Álvaro Campos e Igor Gadelha, do Estadão Conteúdo). Com a atual conjuntura política deste governo, o nível de confiança, tanto de investidores como da população brasileira tende despencar drasticamente, prova maior; país divido nas eleições de 2014. Nesse contexto, espera-se que o governo tome decisões importantes para mudar o atual quadro econômico do país. Sabemos que o Brasil é um país agrícola, precisamos adotar uma nova concepção; Agregar valor a matéria prima. Ao invés de exportar soja '' in nature '', agrega-se valor, através da industrialização, produz biodiesel, óleo para cozinha e outros derivados e assim exportarmos. É preciso investir em '' capital físico '' para produzir muito em pouco tempo, oferecer tecnologias em maquinários para uma maior expansão econômica. Dentre as políticas solucionarias citadas nos comentários e por Marcos Alves, acho primordial investir massivamente na educação para termos mão de obra qualificada e possibilitar a criação de intelectuais que produzirão as tecnologias. Acredito que esses são os pilares essências para o Brasil se consolidar como uma grande potência.


    Carlos - Relações Internacionais - UNP

    ResponderExcluir