domingo, 3 de maio de 2015

Trabalhadores

Os trabalhadores brasileiros não tem muito a comemorar no dia do trabalho, em razão da situação em que se encontra a nossa economia. O nível de desemprego cresceu a economia desacelera, temos uma inflação elevada, juros um dos maiores do mundo e uma instabilidade política em torno da presidente da república. Erros passados  na condução da nossa política econômica estão sendo corrigidos para que tenhamos amanhã um cenário de crescimento equilibrado e que o desemprego comece a diminuir. O preço a ser pago pelo ajuste é doloroso para o trabalhador, cria uma situação de baixa estima,não existe coisa pior para um trabalhador quando ao iniciar a semana não ter o que fazer e presenciar dentro de casa um conjunto de necessidade a serem atendidas e não ter como solucionar.O ministro da fazenda tem feito um esforço enorme para encontrar um caminho para equilibrar as contas públicas,  revertendo a médio prazo a escalada dos juros e da inflação. A taxa de juros básica (SELIC) encontra-se hoje em torno de 13,25% a.a.,desestimula consumo, aumenta a dívida pública,cria desemprego, concentra renda e inibe o investimento. É elevada em razão da falta de confiança do investidor na competência e na gestão da nossa política econômica do governo anterior que criou este ambiente constrangedor que o trabalhador esta passando, gerando um custo social mais elevado do que a roubalheira dentro das estatais,  e de que a inflação futura em nosso país (2016 e 2017) estará controlada e dentro da meta estabelecida pelo governo (centro da meta é de 4,5% com viés de +2% e - 2%) neste novo governo. Precisamos mostrar aos investidores que conseguiremos reverter está tendencia de alta para que a confiança se restabeleça perante o nosso país. O professor Henrique Meirelles,em artigo na folha de São Paulo no dia 2\5\2015, cujo título é "Consequência, não causa", mostra muito bem a nossa situação, diz o mestre:"Quando assumimos o Banco Central, em 2003, a taxa Selic chegava a 25% e a taxa real (descontada a inflação) de um ano no mercado estava ao redor de 14%. Na medida em que a inflação foi caindo, as taxas caíram de forma consistente dentro dos ciclos monetários até uma taxa real de equilíbrio em níveis abaixo de 6%. É normal que essa taxa pare de cair e mesmo volte a subir quando há instabilidade inflacionária e aumento das incertezas sobre a trajetória da dívida pública e a capacidade de pagamento do país.Uma das mais antigas evidências dessa dinâmica ocorreu séculos atrás, quando o Parlamento britânico fiscalmente conservador ganhou poder para elaborar o Orçamento, antes função exclusiva de um rei perdulário. Os juros começaram a cair e, em algumas décadas, foram de 15% para abaixo de 5%. Esse e outros fatos históricos deixam claro que, ao contrário do que muitos afirmam, a taxa de juros é consequência, e não causa, dos problemas das despesas públicas. Não há mágica na economia. Países com histórico de hiperinflação e descontroles inflacionários e fiscais recentes tendem a pagar taxas mais elevadas.Quanto mais o Brasil estabelecer o controle da inflação ancorado na meta de 4,5%, mantiver a dívida pública em níveis baixos e as contas externas controladas, a nossa taxa real de juros tenderá a cair em direção a padrões internacionais, como na década passada. Ironicamente, as pressões dos que advogam uma queda voluntarista e artificial da taxa de juros contribuem para as incertezas que alimentam essas taxas".  O ministro Joaquim Levy, sinaliza que esta política de demanda contracionista só será revertida se conseguirmos colocar as contas públicas em ordem e conquistar a confiança dos investidores em nosso país.

4 comentários:

  1. Afirmativa correta professor, quando o senhor inicia o texto falando que o trabalhador brasileiro não tem motivo algum para comemorar o 1 de maio.
    Com o aumento das taxas e a inflação em alta, os produtos e serviços de necessidade básica estão cada vez mais caros, levando o consumidor a pesar e repensar na hora de adquirir algum bem. Este aumento ocasiona redução nas vendas, prejuízo para as empresas, que consequentemente precisam reduzir custos e acabam demitindo seus funcionários.
    Talvez por essa situação atual e sua baixa popularidade a presidenta da nação não realizou, como é de costume, o discurso do dia do trabalhador. Onde quando mais precisávamos de esclarecimentos as nossas autoridades se escondem, e falam que é ‘’normal’’ e ‘’necessário’’ tudo que está acontecendo na nossa economia.
    Espero que no próximo aniversário do trabalhador, nosso presente seja bem mais saboroso do que o deste ano, no qual ganhamos apenas; inflação elevada, desemprego, altas taxas, ataque aos cofres e muito descaso por parte dos nossos governantes.


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  2. Boa Tarde!

    De acordo com texto, entende-se que o Brasil passa por uma crise econômica, e como mencionado, é um problema que vem de gestões politicas anteriores. A ideia para aquecer a economia é diminuir os impostos, assim estimula o consumo e consequentemente gera novos empregos, e com a redução de nossa carga tributária passa a atrair novos investimentos e gerando mais empregos e assim aquecendo a economia. E evidente que isso é um ciclo vicioso, no qual menos é mais, ou seja, menos impostos mais consumo e mais investimentos.
    O ministro Joaquim Levy fez uma defesa com relação ao ajuste fiscal, e mencionou as conquistas do Brasil nesses últimos 15 anos, no qual 30 milhões de Brasileiros saíram do estagio pobreza contribuindo assim para a redução da desigualdade. Porém fica a duvida, qual é a real politica economia?
    O ministro está fazendo cortes de gastos, porém afetando o trabalhador, as empresas e a sociedade através de aumentos de impostos e despesas fixas como energia elétrica, combustíveis etc., provocando dessa forma aumento do desemprego, diminuição da renda do trabalhador e desaquecendo a economia.
    Conclui-se que a política econômica atual adotada pelo governo não está contribuindo para o aquecimento da economia do País e dessa forma é o caso de se pensar em mudanças que realmente tragam benefícios para a sociedade como um todo.

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  3. Ótimo artigo, ao relatar sobre o trabalhador brasileiro. Como se orgulhar de ser um trabalhador neste país, se não há uma valorização das pessoas que dão tudo para que seja um país melhor? Quantos trabalhadores se esforçam para ter o seu pão de cada dia e não são remunerados de forma digna, para que possam pelo menos atender as necessidades básicas? É verdade que o Brasil está passando por uma 'maré' não muito boa na economia, mas como foi citado no texto "não há mágica economia", é preciso se estudar, analisar e traçar metas que tenham efeitos positivos no futuro, não adiantar remediar com ações que só trarão prejuízos futuramente e só façam com que haja mais desempregos, aumento nas taxas e mais problemas para economia. Tem que se pensar em um todo, para que o preço pago pelos trabalhadores não seja mais alto do que já se está sendo.

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  4. Diante o exposto no artigo, é lamentável a situação econômica que se encontra o nosso país. Considerada a pior retração dos últimos vinte anos de acordo com dados estatísticos, no qual vem impactando em diversos setores, onde somos alvo de uma inflação elevada, de alto índice de desemprego, e de diminuição na renda do trabalhador. Como ter perspectiva de crescimento, se a causa do que vivemos hoje é retratada por erros de uma politica econômica que vinha sendo tratada com suavidade e maquiada ao longo do tempo.
    Como foi mencionado pelo autor “O preço a ser pago pelo ajuste é doloroso”, concordo com a ideia, uma vez que as medidas para tentar frear a inflação tomam rumos onde é notório os seus efeitos; queda no consumo e consequentemente queda nas vendas, assim, como também redução das linhas de créditos de financeiras. Até quando iremos passar por essas situações? Esperamos todos os problemas serem sanados e não maquiados, sem prejudicar mais ainda o trabalhador.

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