quarta-feira, 29 de abril de 2015

Ajuste fiscal

O ano de 2015 para o Brasil sinaliza a necessidade de uma serie de ajuste que com certeza cria desconforto para os agentes econômicos. A projeção do PIB para este ano aponta para uma desaceleração que tem  reflexo na geração do emprego e renda e na produção. O ajuste fiscal que esta sendo proposto para o nosso país gera um custo que deve ser pago em razões desiguais entre trabalhadores, empresários e banqueiros. Quando analisamos o circuito econômico nacional e comparamos "gastos governamentais e arrecadação" percebemos que a recorrência aos ajuste já é histórico, sempre fomos levados a gastar mais do que arrecadamos. Este descontrole gera uma serie de externalidades negativas ao nosso  sistema econômico. Atualmente, mesmo precisando de um ajuste fiscal, o ambiente econômico não apresenta uma inflação exagerada nem uma dívida externa assustadora quando tínhamos no passado.O atual governo precisa sim, dar atenção aos pilares de sustentação do nosso modelo macroeconômico (superavit primário, metas de inflação e câmbio flutuante), O superavit primário é ele que nos garante a credibilidade no mercado financeiro, o acesso ao credito mais barato (selo de grau de investimento), precisamos da poupança externa para atender aos investimento que a economia brasileira necessita. Metas de inflação que  é uma missão do Banco Central de colocá-la no centro da meta que hoje esta estimada em 4,5% ao ano, faz muito tempo que esta próxima ou acima do teto estabelecido que é de 6,5%. Câmbio flutuante que ficou muito tempo represado prejudicando toda a base exportadora e criando um desanimo na classe empresarial. Neste momento de ajuste fiscal, segundo os estudiosos dizem que os bem sucedidos e de longa duração são aqueles que são feitos dando ênfase no corte das despesas e não no aumento de impostos e eu pergunto, não é o momento da classe política apresentar para a sociedade uma reforma administrativa estrutural?  É do conhecimento de todos que o estado é maior que a nação, segundo o jurista Cid Heráclito de Queiroz a nossa estrutura é formada por 38 ministérios, 128 autarquias, 34 fundações e 140 empresas estatais, dirigidos pelos executivos competentes que são indicados  pelos diversos partidos que dão sustentação política ao governo. Não era hora de apresentar também a sociedade as reformas tributária, trabalhista, previdenciária e política que tanto a sociedade clama. A credibilidade é conquistada com ações que transmite a todos os agentes confiança, e confiança não se adquire se conquista com boas ações.

8 comentários:

  1. Bem que o senhor falou, dito e feito... "O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar nesta quarta-feira (29) os juros básicos da economia de 12,75% para 13,25% ao ano, uma nova alta de 0,50 ponto percentual. Foi o quinto aumento consecutivo da taxa Selic, que segue no maior patamar desde o início de 2009, quando estava em 13,75% ao ano, ou seja, em seis anos."

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  2. É professor, eu volto para o tema que o senhor sempre aborda em suas aulas, a Educação de base, pois com ela talvez tenhamos chance de um dia ter representantes com dignidade e caráter, e esse resultado de investimento principalmente na educação so aparece em longo prazo, o que deixa uma missão quase impossivel, pois é nossa cultura que exige resultados imediatos.

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  3. Dailva Santana Carvalho Severiano8 de maio de 2015 às 04:55

    Os cortes nos custos públicos e o ajuste fiscal na busca da recuperação da economia é isso que Dilma está tentando fazer, porém a dificuldade é grande( insatisfação da população e falta de compreensão pelo meio políticos etc...). Dilma ou Aécio quem estivesse no poder nessa Legislatura estaria passando por essa dificuldade, diante do prejuízo que o PT deixou.Esse rombo um dia apareceria, e medidas teriam que ser tomadas para tapar o buraco. Dentre tantas fazer com que
    Dailva Santana C. Severiano 08 de maio 2015 - Pós 2792
    Deputados e Senadores aprovem a proposta de ajuste fiscal é uma delas. Criar uma política tributária mais justa onde os mais ricos devessem pagar mais impostos seria o ideal, seria igualar os desiguais e dar condições de ajustar a desigualdade social que é gritante em nosso país

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  4. André Robson Assis de Oliveira8 de maio de 2015 às 11:02

    Toda Nação em desenvolvimento, deve constantemente realizar "ajustes" senão Fiscais mais de suas políticas como um todo. Depois de 25 anos que voltamos a eleger nossos representantes, muitas tentativas foram feitas, nem todas bem sucedidas, porém, o que parecia uma boa alternativa no início, basear a economia no consumo, ficou órfão das medidas seguintes, nenhuma economia estável controla preços por tanto tempo, deixando de realizar "ajustes" essenciais como reformas tributária, previdência, trabalhistas, mas principalmente a política, algo não tão comentado, mais de objetivos, para isso rever gastos seja com despesas administrativas e a manutenção de empresas e serviços controlados pelo governo, a chamada privatização, não se fala tanto disso, mas será que todas as empresas do Governo dão o "lucro" esperado? Será que o governo precisa atuar em certas áreas, mantendo servidores que com salários altíssimos prestando serviços, que a iniciativa privada faz até melhor? O Ajuste Fiscal é uma necessidade dado a situação econômica do País, e muito pelos erros, principalmente os recentes. Basta que todas as Classes envolvidas (governo, política, empresarial, trabalhadores) estejam realmente preocupados com o bem comum, algo que a muito vem se perdendo em nossa Sociedade. Espero que este governo volte a dar rumo a nossa economia e que todos queiram isso, pois as vezes é preferível que "vários pereçam, para o bem de poucos".

    André Robson A. Oliveira - Mat 201506720137 - Pós MBA Gestão Financeira e Controladoria, Turma 2979

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  8. Essa ideia de ajuste fiscal proposta pelo governo federal é para beneficio propio, sem retorno para a população, que de fato é a principal interessada e torna-se lesada com tal fato. Recentemente veio a tona um projeto que aumentará as alíquotas de PIS e COFINS, e as mesmas passarão a incidir sobre as receitas financeiras, ai eu pergunto: A quem isso irá beneficiar, porque não vejo retorno, se é pra ter ajuste fiscal que tenha, mas que seja de forma que venha beneficiar ambas as partes, País e população, coisa que não acontece no nosso país. Estamos passando por uma crise econômica e a nossa chefe de Estado vem a publico dizer que a inflação está controlada, de onde ela está tirando esses dados? fazendo compras é que não é, a Sra. presidenta juntamente com sua côrte devia fazer um estudo para reeducação fiscal, onde as arrecadações superaria os gastos públicos.Com o aumento da carga tributária ficaria dificil o surgimento de novas empresas, pois já nao temos um programa adequado de incentivos fiscais, imaginem com o aumento da carga tributária, geração de novos empregos cairia, consequentemente diminuiria a circulação de capital no mercado econômico, funciona da seguinte forma: Sem empregador - sem empregado - sem capital - sem compras.

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