terça-feira, 8 de setembro de 2015

Confiança

Na situação em que nos encontramos de desequilíbrio orçamentário não existe magia, ou corta-se gastos ou aumenta-se impostos. Sou favorável a redução dos gastos, principalmente as despesas correntes,a de investimento precisa ser ampliada através de negociações com a classe empresarial na participação dos inúmeros projetos de infraestrutura que precisam ser concluídos e outros iniciados. A  produtividade que é a razão da sustentação do crescimento está em baixa, precisamos estimular os requisitos básicos para nos tornarmos competitivo, ou seja: mais energia, mão de obra qualificada, telecomunicações, informática e moldais de transportes. O Estado reconhecendo sua ineficiência e atraindo o setor privado para esta missão extremamente importante para sairmos desta recessão que tem comprometido o mercado de trabalho e ocasionando uma situação constrangedora nos lares dos brasileiros. Precisamos retomar o crescimento, os agentes econômicos precisam sentir confiança nas medidas governamentais, lembrando que confiança não pode ser imposta ou regulamentada, mas precisa ser sentida e acreditada pelos atores. Deve enraizar-se em ações, valores e crenças dos investidores, clientes, empregados, políticos, funcionários públicos e, acima de tudo, da classe empresarial. Estamos vivendo um momento propício, para se iniciar uma ampla reforma estrutural neste país, o Estado é maior que a Nação, não podemos continuar com este modelo que se esgotou, precisamos estimular a oferta e a demanda de forma equilibrada, os macros mercados como trabalho, cambial,moeda e bens e serviços precisam   realinharem os seus preços e quantidades para que possamos a médio prazo retomar o crescimento. É do conhecimento de todos, que a nossa carga tributária é elevada, os juros insuportáveis, a inflação em alta que provoca desequilíbrios no sistema econômico e que agrava ainda mais a nossa situação. A sociedade brasileira clama por uma reforma fiscal, trabalhista, previdenciária e política, que tenha como foco o crescimento, atitude que indica  um inaceitável conformismo com a recessão. A situação que nos encontramos  hoje foi gerada pelo excesso de intervencionismo do Governo Federal e pelo voluntarismo da administração Dilma. É ela que tem que convencer a sociedade que reconhecendo os seus equívocos muda o seu entendimento sobre os problemas econômicos que hoje nos aflige. A situação que se encontra o nosso país, exigirá um tempo para que possamos equilibrar o nosso sistema econômico.  

Um comentário:

  1. Maxwell Araújo. Marketing, Universidade Anhembi Morumbi - SP12 de setembro de 2015 às 16:47

    O atual cenário de instabilidade política que assistimos em nosso país, tem refletido negativamente no índice de confiança do investidor estrangeiro no Brasil e principalmente, disseminado no mercado interno um sentimento de pessimismo que desestimula o consumo e faz desacelerar a complexa engrenagem responsável por movimentar a economia brasileira. Essa sensação de desconfiança, por parte de investidores, empresários e consumidores, acaba tolhendo a dinâmica do investimento, do comércio e da produção industrial que, consequentemente, provocam reflexos significativos na geração e manutenção do emprego e da renda em setores da economia menos preparados para atravessar a tormenta.
    Apesar das amargas medidas emergenciais adotadas recentemente a fim de controlar a inflação, o que se percebe é apenas uma leve desaceleração do IPCA - o índice registrou a menor taxa para agosto desde 2010. Em contra partida, ainda convivemos com elevadas taxas de juros que continuam a inviabilizar a criação de novos negócios, com uma acentuada desvalorização do real frente ao dólar que pressiona a inflação e o preço de insumos importados para cima, e com uma enorme carga tributária sobre as empresas, fazendo com que empresários suspendam planos de investimento e promovam cortes mais acentuados em seus quadros de funcionários.
    Em momentos de crise como esses, é preciso entender que existe atualmente uma mudança na dinâmica econômica mundial liderada pela China, que acaba afetando os mercados emergentes e o comportamento do consumidor interno. Esse por sua vez, está intrinsecamente relacionado ao grau de credibilidade que estes consumidores depositam nas instituições governamentais, que precisam agir de maneira técnica e efetiva, implementando ações intervencionistas que venham a solucionar as questões estruturantes e tributárias que mantêm o país na lanterna do desenvolvimento. Já no que se refere às empresas, é necessário que promovam dentro de seus microambientes, ajustes operacionais que favoreçam o atingimento do equilíbrio financeiro e que garantam a alocação de recursos para a realização de investimentos de longo prazo, que serão aplicados na expansão dos negócios quando o cenário econômico der sinais de recuperação.
    O Brasil não vive uma crise econômica, mas sim, uma disputa política que entrava o andamento das reformas necessárias para estimular a economia e estancar o vazamento do desperdício institucionalizado. A iminência de um impeachment presidencial, aliada à impotência do governo em conseguir apoio à aprovação do plano de ajuste fiscal, tornam o cenário político econômico do Brasil um campo minado onde empresas, investidores e empresários, precisam definir com bastante cautela seus planos de ação e investimento de curto prazo. As palavras de ordem para o momento que vivemos são: ajuste e cautela.

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