terça-feira, 22 de setembro de 2015

Prosperidade

A Revista Veja desta semana nos apresenta um caderno especial sobre o capitalismo, ao todo são 31 paginas que foca o capitalismo no seu processo histórico até os dias atuais e fazendo uma análise deste modelo em nosso país. Mostrando as dificuldades que tem os empreendedores ao se defrontar com o gigantismo do Estado, uma burocracia arcaica que em vez de estimular a inovação para impulsioná-lo para o desenvolvimento o atrapalha, desestimulando o espirito animal dos empresários. Lembrando que a inovação é a força motriz do crescimento e o fato essencial do capitalismo. A baixa capacidade de inovar foi e é a maior deficiência dos países pobres.Sugiro a todos que leiam, o assunto é extremamente interessante , principalmente neste momento histórico que estamos vivenciando em nosso país. Um dos artigos, cujo título é "A FÓRMULA DA PROSPERIDADE", escrita por Nathalia Watkins, nos mostra os bens mais preciosos das nações,  que são: Instituições fortes,governo eficiente e alto nível educacional. Em resumo descrevo a seguir: Os grandes movimentos populacionais têm padrões comuns. Quem foge de guerras na maioria das vezes se muda para países vizinhos mais pacíficos, na esperanças de voltar para casa quando o perigo desaparecer. Já os chamados migrantes econômicos, que querem escapar da pobreza, atravessam continentes rumo a nações com renda per capita maior e oportunidades de trabalho.Não é a riqueza papável desses países - as cidades impecáveis,os aeroportos reluzentes, as fabricas com equipamentos de última geração que eles buscam. O que torna esses países tão atraentes são qualidades cujo valor é difícil de medir em termos quantitativos,mas que são tão ou mais importantes que as demais em criar condições para o progresso pessoal e coletivo. Quanto mais avançado é o capitalismo em um país,maior é a participação dessas qualidades, ou "bens intangíveis", na formação da riqueza.Uma tentativa de mensurar essas qualidades aconteceu em 2005, num estudo para o Banco Mundial. Para surpresa de muitos, o bem mais relevante foi o que nos países anglo-saxões é conhecido como rule of law,ou o estado de direito. O conceito inclui a eficácia dos governos em implementar leis equilibradas e em garantir a segurança.Também englobaria uma Justiça equânime, que não deixasse espaço para uma classe de privilegiados. O segundo item em importância encontrado na pesquisa foi o capital humano, definido como as habilidades acumuladas pelas pessoas ao longo do tempo. Quanto mais anos de escola, maior é o capital humano e mais riqueza ele é capaz de gerar. O aumento de um ano na escolaridade média em uma nação pobre pode elevar a riqueza per capita em 838 dólares.Ao decompor e comparar a riqueza de países pobres e ricos, o estudo do Banco Mundial também mostrou o que acontece durante o desenvolvimento de um país. As nações de baixa renda têm,em geral, alta dependência dos recursos naturais, como minérios, terras férteis, pastos e árvores.A orientação do Banco Mundial era , e continua sendo, que os ganhos sejam convertidos em aumento da escolaridade, em bens de capital ou em uma melhor governança. Um exemplo de sucesso veio da China. De 1995 a 2005, o país consegui reduzir sua dependência de bens naturais de 34% para 25%. Isso foi obtido pelo investimento em capital humano. O PIB , nesse intervalo, cresceu 10% ao ano. " Na medida em que um indivíduo chega a um ambiente de elevado capital humano, a tendência é que ele se equipare com os outros, especializando-se e fazendo contatos, o que acaba sendo um poderoso indutor do crescimento econômico", diz o economista Otto Nogami, do Insper, em São Paulo. Resumindo, uma pessoa que deixa um país pobre por um rico não está indo atrás de dinheiro, e sim das qualidades que fazem o suor do seu trabalho valer mais. Simples assim. Acontece isso em nosso país?

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