segunda-feira, 6 de julho de 2009

Demografia x Economia

Qualquer planejador de políticas públicas e privadas, necessita dos instrumentos da análise demográfica para elaborar estratégias de intervenção em qualquer espaço geo-econômico.Esta necessidade se dá principalmente, quando as ações a serem viabilizadas, tenha como foco principal atender um conjunto de necessidades da população.Na maioria das cidades brasileiras, visualizamos a dramática favelização, violência, desemprego e principalmente o abandono em duas faixas etárias da população, as crianças e os idosos.Evidenciando o surgimento de muitos bairros periféricos, sem nenhuma estrutura para acomodar esta população carente que a cada ano aumenta em função do elevado fluxo migratório.Segundo os estudiosos dessa área, o conhecimento demográfico de uma cidade é um dos instrumentos analíticos mais reveladores do seu status social e econômico. A cidade, como depositária da população, é a síntese resultante da integração das três variáveis que determina o processo da dinâmica demográfica: natalidade, mortalidade e migração.E que esses indicadores elevados, são quase sempre, manifestações negativas decorrentes da pobreza, por que a dinâmica demográfica é fortemente influenciada pela dinâmica econômica, principalmente em regiões com grande desigualdades sociais.Logo as duas dinâmicas são mutualmente dependentes.A demografia, por seu lado, dimensiona as demandas que a economia teoricamente, teria que suprir, enquanto a economia regida pela lei de mercado, determina em que níveis as necessidades serão satisfeitas.É no descompasso entre a dinâmica demográfica e a racionalidade econômica que se originam as carências sociais tão presentes nas cidades brasileiras. Se fizermos uma regressão no tempo, observamos que a urbanização se acentuou em nosso país a partir da década de cinquenta do século passado, em função do crescimento industrial ocorrido nas regiões ricas, sul e sudeste.Enquanto nas regiões de maior fragilidade, como norte e nordeste este processo ocorreu com grande defasagem.Criando um crescimento desordenado em quase todas as capitais e cidades de porte médio do Brasil.Gerando um considerável aumento das demandas sociais e exigindo elevados recursos para investimentos em infra-estrutura urbana.Quando analisamos as faixas etária da população brasileira, constatamos, a proporção de pessoas idosas crescendo e a de crianças e jovens diminuindo.Os idosos passam a ter um peso relativamente maior, criando novas demanda.Esta mudança que está ocorrendo agora e que continuarão a acontecer nas próximas décadas, deverá provocar mudanças significativas nas relações entre as gerações e exigirá mecanismos institucionais e sociais para uma nova adaptação nas questões de trabalho,empregabilidade,lazer,assistência a saúde e a educação. Finalmente, constatamos que a elaboração de políticas públicas, criação de programas ou estratégia de desenvolvimento social, para as cidades brasileiras, só terá resultados satisfatórios se as implicações da dinâmica demográfica e a capacidade econômica do governo estiver presente nas formulações destas políticas e acima dos desejos dos projetos pessoais dos governantes em querer atender as necessidades reais da população.

4 comentários:

  1. Professor, parabéns pelo blog, gostei muito e sempre estarei a visita-lo para tentar absorver um pouco do seu vasto conhecimento, é de pessoas iguais ao senhor que esse mundo está necessitando. Obrigado pela atenção e a resposta ao meu email.

    Leonel

    Aluno UNP

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  2. Professor, que bela dissertação. Certamente nossas vias estão em prol do governo infelizmente. Valeu pelo blog, ele estará em meus favoritos. Vou está acessando e comentando.

    Laércio, Aluno UnP

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  3. É professor, enfocando um ponto positivo.
    A população esta amadurecendo!
    As mulheres estão mais conscientes qerarem menos filhos!
    Acredito no nosso Brasil melhor e mais justo!

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  4. Hum.... Gostas mto d aparecer

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