sexta-feira, 10 de julho de 2009

Econometria

Tenho assistido pela televisão, críticas que são feitas aos economistas pela não exatidão das projeções econômicas por eles formuladas.Como em várias reuniões sociais em que participo, as mesmas perguntas são feitas, exigindo de nós, respostas à grandes questões econômicas como se fôssemos matemáticos, transformando a ciência econômica que é puramente social em uma ciência exata.O professor Delfim Netto, em sua coluna na folha de São Paulo de 24/09/2008, definiu muito bem,a questão dos equilíbrios na economia, quando afirmou que "Os equilíbrios na economia podem ser instáveis e diferem dos que ocorrem no mundo químico, por exemplo, no qual duas moléculas de hidrogênio adequadamente combinadas com uma de oxigêncio produzem uma molécula de água em São Paulo ou em Londres, no verão ou no inverno.Na economia, as moléculas pensam,escolhem e, no limite, se suicidam!". Na ciência econômica, temos um ramo que trata justamente da quantificação de relações econômicas, conhecida por Econometria, que nada mas é que uma combinação de conhecimentos da matemática,estatística e da própria teoria econômica, cujo objetivo é verificar,analisar e prever a luz dos dados do mundo real se a base da teoria conhecida tem respostas para os acontecimentos que a sociedade nos aponta, ou seja se existe plausibilidade teórica dessa realidade que estamos estudando.É bom lembrar que a razão dos modelos econômetricos serem em sua essência probabilísticos, é justamente a impossibilidade de utilizar todas as variáveis explicativas, onde algumas são impossíveis de mensurá-la em razão do seu alto teor de subjetividade e dada a imprevisibilidade do comportamento humano.A econometria, usa nas suas investigações dois elementos básicos: a teoria e fatos. A teoria é incorporada ao seu trabalho através do uso de modelos, já os fatos chegam através de dados relevantes, compostos por variáveis explicativas que necessitam serem analisados para que possam ter utilidade.É importante ressaltar que a econometria tornou-se um instrumento de pesquisa de extrema importância no mundo econômico em face da dinâmica de novos conceitos, princípios e do avanço da tecnologia que hoje dispõe o economista, para elaborar com maior confiabilidade modelos de decisão ou previsão.Todavia a limitações de ordem estatística e econômicas que ainda não foram superados.Por exemplo, definição de alguns tipos de modelos não lineares ou incorporar a esses modelos fatores extremamentes subjetivos, como gosto, atitudes, opiniões e intenções. Mesmo com estas dificuldades, não resta dúvida da sua aplicabilidade no mundo macro e micro econômico, dando aos estudiosos, condições de formular modelos que permitam à aqueles que decidem, escolher a melhor alternativa para atingir os objetivos estabelecidos. Quem sabe, no futuro não muito distante, algum fisíco não descubra , um utilitrômetro, permitindo a nós abandonarmos os modelos probabilísticos e enveredarmos de uma vez por toda na formulação e uso de modelos determinísticos. Aos que nos criticam com tanta veemência e são ignorantes no assunto, só nos resta recorrer, ao que a antiga filosofia alertou para um imaginário erro de Deus: limitou a sabedoria dos homens, mas esqueceu de limitar-lhes a ignorância. Goethe já nos advertia: "Não há nada mais terrível que a ignorância ativa".

Um comentário:

  1. Bom dia professor, estou com dificuldade em resolver alguns exercicios que me coloquei como desafio. Não tenho mais em mãos o email do senhor, como podemos fazer para tirar essa minha duvida?

    at.te
    Debora

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