quarta-feira, 15 de julho de 2009

Guerra no Trânsito

Está comprovado que o brasileiro não tem respeito pela vida, basta observar os indicadores de mortes fatais ocorridas no trânsito em nosso território. Ao ano, morrem em média, trinta mil pessoas, um dado assustador, o transporte passa a ser a arma mais letal em nosso país.Outros países acostumados a guerriarem, não apresentam dados vergonhosos como este.A nossa guerra é interna e o custo social que representa é incalculável, o governo nas três esferas, diga de passagem, tem feito esforços através da mídia, até de forma crua, tentando sensibilizar as pessoas para os perigos e as consequências desagradáveis que geram no seio familiar. Implantou o novo código de trânsito, tomou decisões mais severas para aqueles que dirigem alcoolizados, na esperança de reduzir estes indicadores a níveis aceitáveis e até agora os resultados deixam muito a desejar.A falta de respeito, pelas regras do trânsito é ao meu ver uma questão cultural e ao mesmo tempo informativa. Parece que, principalmente os jovens, veem no carro um instrumento de liberdade, para poderem se deslocar no espaço das cidades em que residem de forma alucinadora, como se o amanhã não existisse e sim o hoje, o agora, criando para muitas famílias constrangimentos e dores profundas.É necessário que se estabeleça nas escolas, começando pelo ensino fundamental, disciplinas que despertem nas crianças e nos jovens, da importância da vida, mostrando que o automóvel foi criado para atender a uma necessidade e não tirar a vida das pessoas.Quanto custa a nação brasileira a perda de jovens universitários, de homens qualificados, seja um médico, engenheiro, empresário e de tantas outras categorias profissionais que eliminamos a cada ano, fora um contingente considerável de homens e mulheres que ficam inutilizados para o resto de suas vidas. Custo este significativo, quando se trata de uma sociedade pobre em recursos financeiros e humanos qualificados. Ampliando os gastos hospitalares e previdenciários de forma absurda. Não podemos mais aceitar tamanha insensatez, é preciso criar políticas públicas que reduzam o número de mortes e dos muitos mutilados , que a cada ano, esta guerra do trânsito provoca.Mostrando que o bem estar de um indivíduo não termina quando adquire um carro particular, outros valores devem ser enaltecidos, como estudar, amar, viajar, novas amizades, e divertir-se, sem exageros.O carro embora seja para muitas pessoas, um definidor de status, não passa na realidade de um bem de consumo durável, como outro qualquer, que nos proporciona prazer em possuí-lo.É bom lembrar que para comprá-lo é relativamente caro para os orçamentos das famílias brasileiras de classe média .Em determinadas cidades, adquirí-lo transforma-se em um tormento e quase nenhuma satisfação dele se extrai.Para eliminarmos esta guerra interna é necessário que todos os brasileiros se unam, com as escolas, organizações não governamentais e com o apoio dos governos: central, estaduais e municipais em uma campanha de caráter permanente a nível nacional, para que as pessoas despertem e reflitam deste mal que hoje, tanta dor tem causado a muitas famílias brasileiras e que amanhã poderá ser a sua.

11 comentários:

  1. Oi professor, gosto muito dos seus artigos, acho que enquanto as pessoas não tiverem respeito umas pelas outras não haverá solução, quam sabe como o senhor diz "daqui há trezentos anos", tudo mude, um Abraço,

    Leonel, aluno UNP

    ResponderExcluir
  2. Ótima abordagem.
    O número de mortes no trânsito é mesmo alarmante, sem contar a quantidade de feridos graves, que também é altíssima.
    Enfim, ainda estamos à espera de soluções estatais para o caos vivenciado.

    Abraço,

    Marcus Alves

    ResponderExcluir
  3. Olá Prof.º!

    Esse artigo é tocante...
    A falta de respeito no contexto geral das pessoas é lamentável... A estupidez toma espaço no palco da vida!E o que fazer?Ensinar o “ABC” para marmanjos? O mundo é carente do conhecimento a Deus, que pena!

    Att
    Edinete Cândido
    Aluna de Administração - UNP -FP

    ResponderExcluir
  4. Oi Prof. primeiramente parabéns pelo site, a internet hoje em dia anda carente de site que abordam temas como este com uma linguagen inteligente e de fácil assimilação, vou acompanhar diariamente. Um Abraço e nos vemos quando as aulas voltarem!

    Junior Borba
    Aluno do curso de Sistemas de Informação - UnP

    ResponderExcluir
  5. A educação para o trânsito começando desde o ensino fundamental pode ser uma forma de criar uma cultura a cerca de como melhor entender e utilizar os veículos, porém a banalização da vida, especificamente no trânsito não está associada apenas a falta de cultura, existe uma parcela muito grande em relação aos nossos governantes não terem políticas sérias e punitivas que eficazmente sejam cumpridas. A impunidade neste país é uma raíz cultural que também deve ser revista.

    ResponderExcluir
  6. oi prof.o senhor tem um bom argumento...e em sala de aula tambem não é diferente,adoro suas aulas,vc sempre comenta o que estar acontecendo com o nosso pais e com a nossa cidade Natal.


    sheila
    unp/add.

    ResponderExcluir
  7. Concordo que o problema se da pela falta de respeito ao proximo, mais creio que deveriamos começar ensinando isso dentro dos lares, no seio da familia, instruindo as criancas a respeitarem os outros, e a se respeitarem. A educacao é a base para tudo na vida, e se educadas desde muito cedo a respeitar o espaco do outro diminuiriamos a quantidade de acidentes que acontecem. Ser gentil, deixar o outro passar, ser cortez, esta nitido a carencia dessas atitudes. A guerra desenfreada do "quem chega primeiro" se reflete principalmente no transito, onde o egoismo nao permite que eu ceda a minha vez. Numa amplitude, os gastos publicos se refletem quando ha aumento de acidentes,pois crescem o numero de manutencoes em hospitais e assim sucessivamente, creio que o governo esta tentando fazer sua parte, mais ainda ha uma falta de fiscalizacao maior nas estradas brasileiras. Sem contar que muito mais que inibir o uso do volante sem as condicoes adequadas e legais, é necessario conscientizar as pessoas de que suas proprias vidas estao em risco. Mikarla Ramos ADM RF 2NA

    ResponderExcluir
  8. Gustavo pinheiro menezes8 de novembro de 2013 às 11:53

    muito bom! exelente abordagem.

    ResponderExcluir
  9. Professor,
    lendo este artigo me vem a cabeça varias indagações ,A quem interessa esse genocidio?, e pq a inercia do poder publico nesse tema que por ano mata mais que a guerra do vietnam ...sabem quando se lembram , quando morre um parente ou um amigo.
    Quem mata mais, nao e o carro e nem o motorista. e sim leis brandas para veiculos sem condiçoes de transitar e/ou motoristas irresponsaveis e sem um pingo de senso de lei, e a certeza da impunidade.
    Posso ate citar que a 2anos aqui mesmo na nossa capital, quando foi intensificado a fiscalização com bafometro, o Complexo Hospitalar Monsenhor Walfredo Gurgel/ Pronto Socorro Clóvis Sarinho e o SAMU metropolitano, caiu o atendimento a acidentes automobilistico em ate 70%.
    Vamos educar, treinar e punir severamente .Porque , por que aqui no brasil so aprendemos quando ou pena no bolso ou no couro.

    Valerio max de freitas melo
    Engenharia civil-UNP

    ResponderExcluir
  10. gustavo pinheiro menezes10 de novembro de 2013 às 11:11

    O trânsito no brasil é um tema que assmbra a população é notorio que afalta de respeito é o fatueor dominante nas estátiticas de acidente ncom mortes.
    Sabe-se também que existe uma preocupação do governo em mudar esse retrospecto, diante disso campanhas de trânsito são laçada todos os anos porem não os objetivos nã alteram os problemas no trânsito, portanto devemos ir masi fundo na populaççao mais jovems na scolas para mudar a conciencia das pessoas que serão os futuros condutores,então
    o artigo diz e bem colocado os carros são veículos para transporte individual e e não um brinquedo que pode trasform-se numa arma, parabéms pela iniaciativa que tods os nossos professores tenham a mesma iniciativa.

    ResponderExcluir
  11. MARCOS ANTÔNIO 7NA FP16 de junho de 2014 às 17:41

    A problemática do nosso trânsito brasileiro está diretamente ligada a falta de educação, conscientização e respeito ao próximo. Uma boa parte dos nossos motoristas não respeitam as leis de trânsito, sentindo-se no direito de fazer o que bem entender sem se preocupar com o outro. É necessário que haja um trabalho educacional de trânsito nas escolas, desde a infância até a idade adulta, para que possa ser instituída uma cultura de respeito às leis e ao próximo, para que assim possa haver uma redução significativa nos acidentes de trânsito. Estamos vivenciando uma guerra em nossas rodovias e estradas, onde o número de mortos ultrapassam os de muitas guerras civis. Segundo os números do DPVAT, mostram que em 2012, 60.000 pessoas perderam suas vidas nas estradas brasileiras e outras 352.000 ficaram inválidas permanentemente. Esses dados refletem na sociedade e economia de um país, pois os prejuízos causados passam dos R$ 42 bilhões ano, referentes a indenizações, internamentos, benefícios e outras despesas. Nesses dados também estão inclusas as perdas de produtividade na economia, pois cerca de 58% das mortes, são de pessoas entre 18 e 44 anos, pessoas essas em idade produtiva. Esse quadro pode ser mudado, desde que NÓS, sociedade, queiramos, pois qualquer mudança necessita que todos os envolvidos tenham a sua parcela de responsabilidade para se tornar realidade. Todos fazemos parte desse cenário: motoristas, pedestres, ciclistas, motociclistas, governo e Ong’s. Então, vamos lá, façamos a diferença, pois é urgente a mudança nesse quadro, através de uma maior conscientização e educação no trânsito, conseguiremos torná-lo mais humanizado e consequentemente valorizando a vida, o principal objetivo dessa mudança.

    ResponderExcluir