sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Conhecimento

Tenho dito em minhas aulas que o setor econômico mais relevante deste século do conhecimento é o quinário, é nele que a criatividade e a inovação ocorre é onde os países ricos investem verdadeiras fortunas como forma de manter sua hegemonia perante o mundo. É neste setor que encontramos a evolução da nanotecnologia, biocombustiveis, engenharia genética, consultorias de alto nível, robótica e outras invenções. Os países que trilharem esse caminho com certeza vislumbra no futuro a materialização do seu projeto de poder, prestigio e prosperidade.Recentemente foi divulgado a relação das 200 melhores universidades do mundo e por incrível que pareça entre as 20 melhores 15 são americanas é mais do que natural a importância deste país perante o mundo, onde eles investem 3,5% do PIB em pesquisa e inovação. Uma nação para se impor perante o mundo não precisa necessariamente de utilizar-se da sua capacidade de defesa e sim do seu conhecimento, principalmente em áreas vitais e extremamente importantes para o desenvolvimento econômico. A nossa dependência tecnologia é muito grande em diversas áreas do conhecimento, precisamos dos americanos, para nos fornecer habilidades e competência, para aprimorarmos as diversas atividades que exploramos como forma de saber fazer e de fazer com eficácia. Para competirmos com esses países é necessário redefinir prioridades hoje para amanhã nos encontrarmos em outro patamar.Segundo o Profº Paulo Rabello de Castro, "O Brasil está duplamente desenquadrado, tanto em termos de expansão do capital físico(plantas industriais,plataformas de serviços e infraestruturas físicas)quanto, principalmente, no tocante ao capital humano, via educação. Aqui entra o oportuno alerta de Carnoy.O aumento da produtividade de tudo que integra o crescimento, como gente, máquinas e organização depende, em sua essência, do saber fazer e do fazer com eficácia. A falta de escolaridade(horas e anos de escola) e a carência de substancia educacional(conteúdos fracos e ineficácia na aprendizagem) transformaram o nosso país numa espécie de depósito de ferro velho educacional. Nada a ver com a dedicação e o sacrifício pessoal de muitos mestres, Brasil afora". A sociedade brasileira, precisa de uma significativa mudança em infraestruras e apredizagem, onde muitos países começaram a fazer a transição da economia fincada no commodities para outro modelo, sustentado pelo capital intelectual.Isso se faz usando o commoditeis de hoje para pavimentar a modernização da economia de amanhã. Cabe aqui um alerta a todos os nossos intelectuais, que continuem denunciando está situação, de não concordar e de exigir mudanças, afinal como dizia o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso; " o intelectual ou é incômodo ou não é nada: em qualquer circunstância, em qualquer regime. O intelectual é, por definição, um ser incômodo: pergunta, chateia.E ninguém gosta de responder a certas perguntas.O que não podemos é nos acovardar intimamente e ceder à autocensura.Temos de alargar as fronteiras do permitido e tentar ampliar o grau de consciência da situação brasileira". Logo, o nosso futuro está nas escolhas que fizermos hoje, para que o nosso projeto de prestigio,poder e prosperidade seja alcançado, se é realmente isto que queremos.

15 comentários:

  1. O Brasil é muito calmo para a educação, os governantes dão o parecer que tudo vai resolver de acordo com o tempo, nós temos que fazer uma revolução na educação, mudar tudo!, talvez o brasil comece a ser um país de sucesso mudando somente a educação? pode ser. nossos vizinhos mostraram que não tão difícil de fazer.

    Brasil acima de tudo, abaixo de nada!

    João Lucas Lemos
    ADM - PF 2010.2

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  2. Professor,acho muito boa sua aula e esses artigos então consegue 'abrir' nossa mente de modo a esclarecer pelo menos para mim,muitas coisas que antes eu desconhecia,Parabéns pelo professor e critico que você é!

    Elayne
    Gestão Comercial

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  3. O método de avaliação nas instituições de ensino precisa ser mudado o quanto antes, se realmente desejamos promover o intelecto em nosso país. As atuais avaliações incentivam a preguiça mental e colaboram com aprovações sem o devido aprendizado. Que espécie de profissionais as instituições estão lançando no mercado?
    Ana Lúcia GF4NA 2010.2 UNP

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  4. Prof. Marcos
    brilhante artigo como sempre, resta nossos governantes atentarem para isto.
    sergio aaragão

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  5. Amanda Oliveira
    Gestão Comercial-1NA-RF

    Esse artigo nos faz refletir sobre a falha governamental na educação. Educação deveria ser prioridade, pois um bom nível de educação nacional que vai fazer a diferença no desenvolvimento socio-econômico de um país. É através da educação que a população recebe qualificação e as empresas, públicas e privadas, dão empregos aos mesmo eliminando a concorrência estrangeira, havendo assim maior empregabilidade, renda, desenvolvimento econômico do país e qualidade de vida para todos.

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  6. Parabens professor. Mais um assunto muito bem abordado. No meu ponto de vista, nós temos recursos, porem, o que falta é a "boa vontade" de nossos representantes em querer melhor o nosso país. Educação, segurança, saúde, são apenas alguns problemas do Brasil. Nossa nação precisa investir em conhecimento, estimular a educação, criar programas de alfabetização, principalmente no Nordeste, onde, está uma grande fatia de analfabetos. Cito como exemplo nosso estado. O RN tem hoje 19,51% de analfabetos, sem duvida isso é vergonhoso pro nosso estado e pro nosso pais. Nós como universitários devemos está atentos a esses números, pois, no futuro próximo poderá ser que um de nós decida o que é melhor pelo nosso país.

    Vamos em rumo ao crescimento!!!

    Raul Paulo, 3VA, ADM, FP, 2010.

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  7. Olá meu amigo Marcos Alves !!!
    A referida temática acima aborda uma de nossas graves falhas em nosso sistema político. Esse conhecimento deve ser inflacionado pelos nossos representantes através de investimento em tecnologias na educação, ensino de qualidade e reestruturações necessárias a fim de se obter um feedback e nos enquadrarmos como país como uma potência e assim também termos competência para atuar com firmeza no setor quinário.
    Concordo com os comentérios acima do Raul, da Amanda... Todos eles. Todos temos a visão clara de que é preciso revolucionar a educação pois essa carência que sofremos na educação nos limita, e muito.

    Um abraço professor e parabéns por mais um artigo.

    Diego Henrique

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  8. Concordo plenamente com o artigo acima, que descreve exatamente como se encontra o quadro de capital intelectual do nosso país.Infelizmente vivemos em uma sociedade onde muitas pessoas se tornaram incapacitadas de assumir grandes resposabilidades e de formar suas próprias opiniões.Fico abismada como a maioria das pessoas se contentão em simplismente concordar com afirmações e objeções alheias ao invez de compreender o que está se passando ou seu redor, opiniões essas que não contribuiem nem muito menos inriquece o diálogo.Cabe a cada um entender que o conhecimento é a verdadeira riqueza do ser humano que sem ele nada mais somos do que mentes vazias, sem valor construtivo e isso também vale para o futuro profissional onde a busca pelos melhores é continua cabe a cada um buscar está entre eles.

    Flávia Kaline.

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  9. Bom professor acho que os governantes estão muito mais preocupados com a quantidade, do que com a qualidade da educação brasileira, vários programas incentivando,milhares de jovens nas escola nas universidadees... bom e mais falta qualidade, estrutura, para que essa quantidade se transforme e qualidade educacional...
    Melhorias nas estruturas das escolas, salários, um incentivo a mais para o profissional mais desvalorizado do pais que e o professor já seria um bom começo !


    William Amaral 3VA ADM 2010.

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  10. Salve, Grande Amigo!

    O capitalismo se prepara para entrar em uma nova fase de expansão. Depois dos grandes processos de acumulação e concentração de capital, Revolução Industrial, fusões, formação de grandes cartéis e trustes, expansão transnacional, o advento do capital financeiro decorrente de grandes injeções de capital bancário no setor industrial, formação de monopólios etc; enfim, depois de tudo isso, é chegada a hora de investir em conhecimento. Abastecer a produção, a oferta em serviços com as descobertas científicas capazes de gerar resultados inovadores e competitivos. Negligenciar a inovação é negligenciar o desenvolvimento. No Brasil, por exemplo, começamos a assistir a chegada dos automóveis com câmbio automático. Muito bom! Mas já estamos 50 anos atrasados em relação aos Estados Unidos, onde esta teconologia já tem mais de meio século de consolidação no mercado. É uma tecnologia velha. Para nós é nova. Ocorre que inovar implica pesquisa; e pesquisa implica investimentos. E são investimentos de médio e longo prazo, pois não se pesquisa hoje para lançar um produto amanhã. A questão é: as instituições que, por definição, deveriam ser o reduto da pesquisa incentivam esse tipo de atividade? As Universidades Públicas contam com verbas bem distribuidas entre os seus departamentos destinadas à pesquisa? E as Universidades Privadas possuem programas de pesquisa realmente consistentes? O Ministério do Desenvolvimento já anunciou programas de incentivo à inovação. Mas me parece que a iniciativa privada já se antecipou. Temos grandes empresas desenvolvendo seus próprios estudos e pesquisas em laboratórios prórios. Sabe como é, não é? Não se pode esperar pelo Governo... O grande empresariado já percebeu a importância de desenvolver por si mesmo grandes núcleos de geração de conhecimento. O governo ainda está discutindo como fazer.

    Abraço, mei amigo!

    Prof. Dinarte.

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  11. Professor,

    Na minha opinião, os governantes infelizmente não tem visado o futuro da sociedade e sim o próprio e por não olhar para a sociedade é que o nosso país como você citou, tem se tornado um espécie de "entulho", a educação, precisar ser totalmente mudada, temos um nível de aprendizagem nas escolas muito baixo ainda. os governantes tentem disfarçar, vemos que um aluno hoje em dia que está no 5º ano letivo, não consegue nos surpreende nem em uma redação.
    Poderíamos e deveríamos imitar o exemplo do japão, pois quando foi assolado quase 100%, para reerguer a nação eles investiram pesado na educação, Um dos grandes esforços foi a busca da alfabetização em massa. O primário foi obrigatório. Investiram em universidades e buscaram conhecimento fora do país enviando os estudantes para vários lugares do mundo em busca de novas tecnologias.
    Vemos os resultados desse investimento nesse país.

    Deixo esta pergunta...

    Investir na educação do país, é um gasto ou investimento???

    Professor parabéns pelo artigo.

    B Ranieri

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  12. Prof. Marcos,

    Sinto-me um felizardo por ter a oportunidade de assistir suas aulas, a sua preocupação em transmitir conhecimento é algo que muitos outros professores deveriam ter como exemplo.
    Mais uma vez suas colocações refletem a mais pura realidade do nosso país, realidade esta que a meu ver só piora. A base no processo educativo é de péssima qualidade (Setor Público), professores com pouca ou até às vezes sem qualificação alguma, baixos salários e falta de expectativas futuras.
    Como já sabemos a grande maioria dos alunos das redes públicas acabam tendo que ingressar em universidades particulares através dos programas do governo por não terem como concorrer com alunos que estudaram em entidade privadas para as universidades Federais.
    Segue algumas dúvidas: “Porque o governo não investe na educação de base o que estar gastando com Programas de inclusão de alunos no ensino superior nas redes privadas??? As universidades estão concedendo grau aos alunos devidamente qualificados???”

    Parabéns Prof.

    Ricardo Vitor
    4NA - Gestão Financeira

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  13. professor marcos parabens, voçê disse tudo e mais um pouco, o nosso pais precisa inflacionar o conhecimento e incomodar nossos governantes no intuito de acabar com essa hipocrisia de viver prometendo e não cumprindo, passou da hora de começar a investir mais na educação e tecnologia, sim professor só pra lembrar sobre a pegadinha da questão 8, kkk, abraço

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  14. A Educação no Brasil vem sofrendo transformações bruscas, uma pena que estas transformações estejam sendo para pior. Pelo que me parece não querem que os jovens aprendam, pelo contrário estão tentando deixa-los burros é inadimissível. Hoje nas escolas públicas as crianças de 1° a 5° ano de ensino fundamental não repetem (o famoso "combate a repetência"), chegam ao 6° ano sem ao menos saber ler e escrever, aí começam a repetir ou pior são "passados", pois os não tem professores compromisso com a educação e não estão preparados para ensinar, para acabar de ajeita o ensino médio, que é obrigação do estado, inventou um sistema que prejudica ainda mais os jovens, a questão de blocos. O alunos apartir do 1°ano (do ensino médio) estudam a metade das máterias em um semestre e a outra metade em outro, isso nos leva a refletir, como que um aluno de 3°ano que estudou Português ou Matemáteca no 1° semestre, e não tem condições de fazer um cursinho, irá lembra-se da atéria dada no fim do ano quando fizer o vestibular?
    Além do mais, os vestibulares para Universidade públicas exigem assuntos que na maioria das vezes os alunos de escolas públicas vem no decorrer dos anos.
    Sabe o que acontece por causa disso, as vagas nas Universidades públicas são preenchidas inteiramente por jovens que tem condições de pagarem por um curso em uma universade privada.
    Isso precisa mudar, pois é um absurdo que quem mais precisa de uma vaga na universidade pública fique de fora para que uma pessoa que não precisa tome sua vaga. A desiguadade se mostra nestas coisas que acontecem.
    é por isso que no Brasil existem tantas pessoa sem instrução, por que não têm oportunidade, porque o ensino não as dão chances para irem em busca de um futuro melhor.
    Enquanto o gorveno não abrir os olhos para esta situção, o pais não ira crescer e se desenvolver corretamente.

    Abraço Professor Marcos Alves, amei este seu artigo.
    Assunto polêmico.

    Jane clézia (jannealysson@hotmail.com)
    ADM, 1MA FP

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  15. Giagomo Antonio ADM-3VA

    Muito importante esse assunto professor, mas parece esquecido pelo nossos governantes, e muito vezes não da valor pelo nossos mestre que tanto dedica sua vida pelo conhecimento. Uma aula dada esse seu artigo. Parabéns

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