sábado, 25 de setembro de 2010

A Crise Mundial

Neste século do conhecimento nos defrontamos com desafios que requer repensarmos e redefinirmos a nossa forma de viver. Que sociedade desejamos criar para que todas as nações possam convergir para uma situação mais igualitária e que transformações precisam ser feitas para garantir através do potencial de criação de riqueza do novo ciclo tecnológico atingirmos mais justiça social.O homem desenvolveu conhecimentos que nos garante a possibilidade de criar riquezas quase ilimitada, porém o progresso material visto isoladamente está mais do que evidenciado que é insuficiente se não estiver acompanhado por outros valores, como melhor distribuição de renda, direitos humanos, ética, honestidade , solidariedade, respeito pelos seus semelhantes e garantir maior liberdade com igualdades de oportunidades para todos.O mundo tem sim a capacidade de resolver essas questões o que nos falta é encontrarmos um elo entre o econômico, político e social a nível mundial. O interessante é que a globalização que é uma realidade e não uma escolha, tem vida própria e independe de governos e participar dela não é uma opção e sim fazer com que os países criem estratégias que possam melhorar o seu desenvolvimento através das oportunidades que ela cria, apresenta-se assimétrica e não solidária, ou seja temos os meios mais somos incompetentes para fazer melhor e com eficácia.Ou o homem volta a incorporar outros valores que a tempos atrás eram naturais e hoje estão desaparecendo para definir progresso ou criaremos um mundo que se torna a cada ano insuportável viver e pior comprometendo a consolidação de um mundo melhor e mais justo para os nossos filhos e netos viverem. Segundo o Senador Cristovam Buarque sinaliza que: "A humanidade testemunha, neste início de século, uma triste transformação.No mundo inteiro, e também no Brasil, os valores estão em estado terminal. O valor da honestidade desapareceu, substituído pelo reconhecimento da riqueza, que atualmente é medida pela capacidade de produzir. Já não são vistos como riqueza a cultura, o respeito, a religiosidade, o bem-estar. Um país cuja renda nacional seja elevada, mas concentrada nas mãos de poucos, é considerado mais rico do que outro que tenha sua renda distribuída com mais justiça. Um país que derrube florestas para plantar soja é tido como mais rico do que outro que proteja sua natureza. Uma sociedade que tolere o analfabetismo, a educação de má qualidade e a violência, mas que tenha renda per capita elevada, é classificada como desenvolvida.Está em estado terminal o próprio valor da palavra. O que vale é a aparência, não o real. O que importa é o que mostra a publicidade, o que traz a televisão, e não aquilo que todos sabemos que de fato existe. Como diz o filósofo francês Jean Baudrillard, a realidade é um simulacro, um espetáculo. As guerras só são reais se forem transmitidas ao vivo pela televisão, têm causas e implicações controladas pelos proprietários das grandes redes de comunicação, e por eles costumam ser moralmente justificadas.O valor da sabedoria também está em crise. Foi substituído pelo valor da especialização, pelo domínio e utilização de técnicas para enriquecimento próprio. No mundo de hoje, por exemplo, Sócrates não seria considerado um sábio: não teve um ofício que o enriquecesse, ensinou o que lhe parecia correto, e não o que tinha utilidade. Pior: morreu, porque não aceitou se corromper.Está em estado terminal o valor da sensibilidade. No mundo em que vivemos e trabalhamos, não temos o direito de ter sensibilidade. A banalização da maldade nos torna frios, indiferentes, insensíveis. Os sensíveis são considerados fracos.Vivemos ainda uma grave crise no valor da semelhança. A desigualdade reinante é tão grande que não se pode mais afirmar que os seres humanos cultivam o valor de se sentirem semelhantes. Quando observamos a diferença na qualidade de vida de crianças em países africanos e nos países europeus,ou de crianças ricas e pobres nas várias regiões do Brasil, e olhamos o futuro que terá cada uma delas, podemos nos perguntar se ainda existe o valor da semelhança entre a espécie humana.Dependendo do poder aquisitivo, e do consequente acesso aos produtos da ciência e da tecnologia, alguns terão uma vida mais longa e saudável, enquanto outros viverão menos e doentes. Muito em breve, apenas poucos seres humanos vão se reconhecer como semelhantes e cultivarão um sentimento crescente de distância e dessemelhança com relação aos demais. O valor da semelhança da nossa espécie está em fase terminal.Decididamente, nosso mundo vive a morte dos valores". Chegou o momento não podemos mais esperar para construirmos um mundo mais justo e agradável para se viver é condição necessária e suficiente que todos os líderes mundiais tomem consciência da importância de buscarmos uma sociedade com mais liberdade e democracia, com menor pobreza e dependência e com uma ordem mundial mais justa.

6 comentários:

  1. Lendo este artigo pude refletir um pouco mais em relação ao mundo em que vivemos. A vontade de muitos paises de está no topo faz com que esses próprios paises esquessam-se da sua cultura, de suas raízes, de seus principios e acabam levando sua nação a bera da falencia. No mundo em que vivemos não há mais lugar da sensibilidade, mais sim do interesse pecuniar de cada um em querer se tornar soberano no quadro economico, politico e social. Quando será que teremos uma sociedade mais justa? Cabe a nossos representantes colocar a mão na consciencia e acordar para a realidade, perceber que as coisas menos relevantes como um abraço, um aperto de mão, um raio de sol, uma gota chuva são as que mais dão satisfação para um ser sábio. Chega desse mesmice em que vivemos,vamos partir para um novo rumo, um novo horizonte, vamos ser livres, vamos amar, respeitar, viver, sorrir... para que assim possamos viver melhor e mais tranquilos.

    Abraço Profº Marcos.

    Raul Paulo, ADM, 3VA, FP, 2010.

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  2. Professor confesso que lendo esse artigo, fiz uma reflexão global sobre os fatos quem vem acontecendo ao longo dos últimos anos!
    O cenário que se tem hoje é de desigualdade, indiferença, mentiras, perca do valor humano, egoísmo dentre outras várias pragas...

    A crise econômica fez com que 88 mil pessoas fossem parar no subemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país. Já são 702 mil trabalhadores "subocupados" no país, isto é, que somente encontram "bicos" para apurar alguma renda, por conta da crise. O levantamento faz parte da “Folha deste domingo (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

    Esses dados que acabo de apresentar revela a real dificuldade que os brasileiros vivenciam, são pessoas que não possuem o mínimo, ou seja, não tem condições de suprir nem suas necessidades básicas (alimentação, vestuário, moradia), são pessoas que em um futuro próximo tendem a entrarem no mundo do crime, prostituição comércio ilegal...dentre outras formas de sobrevivência alternativa.
    Chega! A minha opinião condiz com a sua, já é hora de colocarmos um basta nisso tudo. Já que nossos valores estão morrendo, é o momento ideal para reacender a chamada harmonia, colaboração e compaixão pelo próximo. Assim, podemos garantir a continuação da espécie, do contrário chegará a um ponto em que haverá uma verdadeira Guerra Civil.

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  3. Realmente é triste a situação!! Concordo com sua opinião professor, na verdade isso está bem evidenciado, bem visível, só não queremos enxergar. Espero que essa falta de comprometimento e sensibilidade não cause uma crise ecológica e posteriormente uma crise financeira mundial que poderá culminar em uma grande guerra...

    Diego Henrique

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  4. Muitas vezes as notícias, fatos e acontecimentos passam em nossas vidas que não paramos para repensar no que estar acontecendo. Me veio a mente aquela velha frase "Em que mundo estamos vivendo". A partir de um artigo como esse podemos observar, quantos problemas estamos vivendo dentro de nosso contexto (sociedade) e ainda cooperamos de uma forma direta ou indiretamente para isso.
    Nossas mentes estão cauterizadas de tantas atrocidades que o ser humano tem causado a sua “espécie”, estupros, abortos, assassinatos, tem sido apenas mais uma noticia de nosso jornais matinais e noturnos, cada dia que passa algo de mais grave acontece e não nos sentimos mais incomodados.
    Quando olhamos para alguns dados que nos são noticiados não nos despertamos ou nos incomodamos com o simples fato de estarem acabando com nossa fauna, flora, cultura entre outras coisas.
    Com um ensino precário e forjado que as crianças de nossas escolas recebem hoje em dia, nossas esperanças são limitadas ao dia de amanhã.
    Como o senhor professor bem citou, temos nos tornado insensíveis diante de tantas barbaridades que nos cercam. Isso tudo porque o AMOR AO PRÓXIMO, não tem sido mais vivenciado pelo ser humano, antes temos vivido em um ecumenismo insaciável.
    Antes havia mais censura em nosso sistema de televisão, musicas e conversas, porém agora a coisa desandou de vez, crianças com Cinco anos de idade, falam com a maior naturalidade sobre sexo, drogas e etc. Porque não vivemos mais na época da ditadura militar; somo mais modernos e desenvolvidos, Devemos permitir que a educação perca a sua essência e objetivo?
    Outra coisa que me chama atenção é que, antes éramos conhecidos por um pais bonito por natureza, só que não temos feito nada para preservar a beleza do nosso país, O dinheiro tem sido “esterco”.
    O senhor mencionou algumas das cosias que estamos vivenciando despercebidamente, porém há uma lista bem maior.
    A Alimentação, Moradia, Educação, Saúde, Segurança é muito desigual em nosso país. Sabemos que lá fora também é, mais o que interessa em primeiro lugar é aqui dentro de casa. Novas leis que são aprovadas no senado visam o aprimoramento e beneficiamento do todo ou de alguns (poderosos chefões) que dominam a classe A?
    Os nossos governantes podem mudar essa realidade, Porém uma coisa é poder e outra é querer!
    Será que veremos alguns “bons samaritanos” após o período de eleições?
    Veremos isso em breve...

    Bruno Ranieri 4nA G.Financeira - Unp

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  5. Mais um brilhante artigo, parabéns!!!
    Um homem culto e muito inteligente, que tem a facilidade de roubar nossa atenção na sala de aula e faz com tamanha natureza que quando percebemos estamos viajando no mundo do conhecimento!
    Professor foi um prazer conhce-lo e poder ter tido a oportunidade de participar de turmas, cuja as aulas foram ministradas por você.
    Parabéns pelo profissional e pela grandiosíssima pessoa que você é.
    Nos veremos próximo semestre se Deus quiser e será uma honrra novamente.


    Um abraço da sua aluna do curso de gestão comercial Amanda Oliveira.

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  6. é meu sábio professor... o que eu fico imaginando, é "onde" é que vamos parar, a maioria das pessoas estão anestesiadas em seus mundos particulares de álcool,drogas e consumismo preocupadas apenas o bem estar próprio que não se dão conta do buraco que estão a cavar, e os poucos que percebem se anestesiam para aguentar vêr e saber o que está por vir, mas, não podem fazer nada sozinhas e quando o restante perceber... pode ja ser tarde demais.

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