terça-feira, 3 de maio de 2011

Meninos de Rua

Cresce o número de crianças que vivem perambulando pelas principais avenidas da cidade do Natal e em todas as capitais do país. Basta parar em um semáforo, cujo objetivo é de organizar a circulação dos que tem automóveis, para verificar que está servindo também para auxiliar meninos de rua, que se dedicam a pedir esmolas, arriscando-se no meio do trânsito. Essas crianças são oriundas de famílias carentes que para complementarem sua renda, começam a buscar o apoio do trabalho dos seus filhos, tornando-os pedintes. O escritor Augusto Cury, em seu livro, O Semeador de Ideias, nos alerta que: "A infância de uma criança é um direito inalienável, invendável e intransferível. O estoque de alegria, flexibilidade, ousadia, inventividade, sensibilidade, resistência a contrariedades de um adulto está diretamente ligado à qualidade de sua infância. Mas o sistema social é um ladrão voraz da infância, tem plantado o consumismo nas crianças e as entulhado com mil e uma atividades. Onde estão as crianças que tem tempo para brincar, inventar, cair e se levantar?". Nunca a humanidade evoluiu tanto os seus conhecimentos em todas as áreas como a atual. A sociedade a cada dia se defronta com uma série de novidades que torna o desenvolvimento de suas tarefas fáceis, rápidas e mais confiáveis. O avanço tecnológico tem proporcionado materializar um conjunto de produtos e serviços que até pouco tempo achávamos impossível de acontecer.Ao mesmo tempo, visualizamos um contraste, ao percebermos que não conseguimos eliminar da face da terra, dificuldades que levam milhões de pessoas ao desespero, como a fome, falta de habitação, saúde, segurança, crianças abandonadas,desemprego e uma infinidade de outras coisas. Que sociedade é essa? Capaz de dominar tantos conhecimentos, construir uma infinidade de produtos e serviços, sem no entanto sintonizar esses avanços, aos problemas primários que a maioria da nossa população sofre diariamente? Desde quando os novos descobrimentos é mais importante do que viver dignamente? Eis uma questão para se refletir. Como afirmou o Augusto Cury : "Quem furta a infância das crianças tem uma dívida impagável com o futuro delas e da humanidade". Há uma necessidade urgente de se questionar esta desigualdade no Brasil, que é uma das características mais marcantes de nossa economia.Essa situação,tem ultrapassado os limites da área econômica, dadas suas repercussões na área social, para torna-se uma questão política. A cada ano amplia o fosso entre os detentores da riqueza e os que nada possuem, eliminando de muitas famílias a possibilidade concreta de buscarem um amanhã melhor para a vida dos seus filhos.

13 comentários:

  1. Concordo em número, gênero e grau Prof°. As crianças são o futuro do pátria, entretanto a real situação que vemos é bem desfavorável nos três âmbitos: social, politico e econômico. Dessa forma não podemos deixar de citar o setor da educação como o pivô para tal desenvolvimento. A muito tempo venho por meio destes artigos enfatizando a educação brasileira, o que nos entristesse muito num país tão rico com o nosso. Quando será que alcançaremos a tão sonhada Utopia? O que falta para nossos representantes acordarem e agirem diante desse cenário?
    São indagações como essas que fazem o ser humano sonhar, sonhar, sonahar... e acordar num país tão desigual como esse.

    Até a próxima Prof°. Abraço!

    Raul Paulo, ADM, 4VA, FP, 2011.1

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  2. Infelizmente essa é a mais pura realidade, as crianças deveriam estar na escola e não nas ruas, enquanto ninguem tomar alguma iniciativa pra tentar mudar isso, vai continuar tudo do mesmo jeito. O que é uma pena.


    Ana Paula Mendes, ADM RF, 7NC.

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  3. Concordo com suas palavras professor Marcos Alves.
    o que falta para nossos representantes acordarem e agirem?
    Em quase todo semáforo de transito se encontram crianças, onde estas deveriam estar na escola.
    Infelismente essa é a realidade.

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  4. Essa é uma realidade que nos persegue, apesar de muita coisa ter mudado, muito falta fazer e o primeiro passo é começar por uma educação básica de qualidade, a qual o nosso país é deficiente, além disso, os pais precisam se conscientizar que de nada adianta colocar as crianças na rua para pedir esmolas é preciso colocá-las na escola, pois o estudo é a única forma de diminuir as desigualdades sociais e é a condição mínima para se ter uma vida digna.

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  5. Eu não culpo nem tanto assim os pais dessas crianças, mas sim, nosso sistema político, econômico e social. As familias não são orientadas direito e além de tudo são carentes. As pessoas buscam todos os recursos disponíveis para sobreviver a custo de tudo, até mesmo da infância de seus filhos... Se assim, não o fizerem, a vida faz, é algo inerente ao humano: tentar sobreviver !! No entanto, se o governo se mobilizasse com projetos sociais, melhorias na saúde, educação e bem estar da sociedade, com certeza, esse cenário se modificaria.

    Diego Henrique

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  6. Condenamos tanto esse tipo de atitude dessas pobres crianças, reclamamos quando algum vem até a nossa janela,com aquela "carinha" de sofrimento. Más temos que ter consciência também que elas só estão alí nos semáfaros da nossa cidade por nossa pobre e humilde culpa. Nós somos o "público alvo", ou até mesmo a totalidade de "clientes" desse comércio informal. Temos que ver que isso que eles fazem é como uma empresa formal dentro do mercado. Só atuam porque dá dinheiro. A alguns anos atrás isso não existia na nossa cidade nem no nosso país más como foi testado e deu certo porque nós (sociedade) damos dinheiro esse "mercado" se alastrou e a cada esquina movimentada estão lá eles. Temos que levar a mão a consciência que o nosso até de entregar míseras pratinhas que estão perdidas no nosso copinho do carro faz com que essas infâncias sejam furtadas, pelo fato de ser lucrativo para eles...
    Acho muito cruel ver a cara das pobres crianças e não le conceder alguns centavos, más são por essas atitudes que eles estão lá. Só vão para o sinal pedir dinheiro porque nós damos!

    Acho que tudo parte da iniciativa...

    Gustavo Lago de A. Moura
    ADM RF 7NB

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  8. Enquanto uns desfilam pelas ruas com seus carros de 100, 200, 300 mil reais, criança, idosos e adultos pedem esmola. Nem o governo nem a sociedade olham pra esse povo. Muitos vivem em sua bolha, preocupando-se apenas com a sua vida. Dizer que nada vai mudar é mentira. Vai mudar sim, mas para pior. Eu digo e repito, não tem como mudar o sistema. Até tem, mas não vai mudar. Muitos me criticam pelo que chamam de pessimismo. Eu chamo de realismo.

    André de Souza Melo

    ADM 7MB

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  9. Professor Marcos Alves, as crianças são o futuro da humanidade, como nós as vezes desprezamos ela, mesmo sendo da nossa familia, totalmente ignorantes que aqueles que ficam pedindo no sinal uma moedinha, tudo bem que muitos são levados a uma realidade diferente da habitual, eles não tem culpa ou as vezes ate tem. teríamos que fazer mais por elas.

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  10. E é mais triste ainda imaginarmos que essa realidade se encontra em regiões como a nossa. De acordo como o censo do IBGE, mais de 16 milhões de pessoas no Brasil são considerados miseráveis e a maior concentração deles está no nosso Nordeste. A presidente Dilma Rousseff comentou no seu blog sobre o novo programa, BRASIL SEM MISÉRIA, que irá beneficiar essa população desfavorecida, mas como todo o entusiasmo é preciso ainda mudar outros pontos críticos do nosso querido país.O importante é não deixarmos de sonhar e acreditar que amanhã, nossos netos ou bisnetos poderão ter um PAÍS DIGNO DE SE VIVER!
    Abraço, Profº Marcos.
    Lilia Targino
    Gestão Finaceira 2NA, FP.

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  11. Boa tarde a todos,

    acabei de ler o artigo do nosso estimado professor. Li também os comentários postados na sua maioria por universitários, ou seja pessoas cursando no nível superior.
    Fico intrestecido pelo fato com que estas pessoas aceitam aquilo que chamam de normal. Palavras como é assim mesmo... nunca mudará... me descepcionam! Porque? Por que demponstra uma frieza humana espetacular. O fato de muitas pessoas pensarem que nada poderão mudar... estaciona a nossa sociedade... se em outras ocasiões (leis trabalistas, lei do voto, democracia, etc.) a gente teria sido igualmente imparcial a gente hoje ainda estaria andando de jegue.
    Me pergunto, tirando a questão do direito da criança de uma escola, educação digna, etc, o que é melhor, uma criança pedindo a famosa moedinha no sinal ou esta mesma criança praticando algum assalto...
    É uma questão complicada e caberia aos nossos admistradores políticos tomar as atitudes convenientes... mas estes parecem não terem isso em mente... poxa... e agora?!?!?
    Creio que o voto consiente seria a pergunta certa, o voto que procura um politico compromentido. Não tem? Não acharam? então vamos procurar, porque tem tem, falta apenas olhar de verdade para os candidatos inexpressivos, que por falta de verba praticamente passam despercebidos.

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  12. infeslismente nossos parlamentares nao tem competencia para fazer politicas publias para diminuir a desigualdade no brasil. é uma vergonha!

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