sábado, 31 de março de 2012

Spread


Um banco existe para executar três funções básicas essenciais a sociedade: Prover crédito para consumo e investimento, prover serviços de pagamento e recebimento e proteger e rentabilizar a poupança da sociedade. No Brasil, há uma reclamação quanto ao spread aqui praticado ( diferença entre os juros que as instituições financeiras pagam para captar e cobram para emprestar recursos). Mas a sociedade esquece que grande parte desta diferença é provocada pela atuação governamental através dos impostos diretos e indiretos, subsídios, depósito compulsório e direcionamento de crédito que representa um custo significativo na formação do spread,  quando comparado com outras nações desenvolvidas. O principal componente do spread é o risco, e a inadimplência, segundo estudos equivale a um terço do spread. Quando nos dirigimos ao mercado de crédito três variáveis devem ser levadas em consideração (juros, risco e liquidez), lembrando que juros e risco tem  relação direta e juros e liquidez tem relação inversa. Precisamos criar mecanismos para minimizar a inadimplência e o risco, melhorando as análise de risco e simplificando a execução de garantias e da recuperação dos empréstimos ou seja maior agilidade nos processos judiciais que aqui levam anos cujo custo judicial em determinadas operações e preferível trata-la como perdas e danos. O congresso nacional é ágil em decidir questões muitas vezes ridículas para a sociedade e leva anos para decidir questões vitais que tocam diretamente no cotidiano das pessoas, exemplo a aprovação do cadastro positivo que a dez anos estava em discussão e  só agora entra em funcionamento quando sabemos da sua importância para o aprimoramento do sistema econômico. Reduzindo informalidade, estimulando investimento e consumo dos bons pagadores e possibilitando a entrada de novos usuários no sistema bancário. No nosso país, a única fonte de financiamento de longo prazo para o setor privado é executado pelo BNDES, cujo recursos são insuficientes para atender a toda demanda, já que os bancos privados que operam no mercado de crédito não participa nestas operações que envolvem questões de lucratividade ajustada ao risco desses empréstimos quando comparadas a outras operações. Uma questão importante a ser discutida em nosso país, mas será que o congresso nacional está interessada em abordar este problema ou melhor é colocar energia nas discussões sobre a permissão ou não do uso de bebidas alcoólicas nos jogos da copa do mundo. Sabemos da importância do mercado de moeda para qualquer país, o crédito é um instrumento vital para o  desenvolvimento e expansão dos negócios e tem que ser feita com responsabilidade tanto por tomadores como emprestadores, sem comprometer a qualidade do crédito e a solidez do sistema financeiro brasileiro. Lembrando que estas taxas de juros, aqui praticadas também estimula a entrada de dólares, que chegam em busca de ganhos fáceis e comprometem a valorização do real que por sua vez deteriora as nossas exportações e comprometem a nossa balança comercial. Uma questão tão importante para ser discutida por toda a sociedade e o congresso nacional não o faz, porque?

13 comentários:

  1. esse artigo professor me chamou muita atenção mediante suas palavras tenho a seguinte conclusão
    O Brasil está entrando numa década - agora até 2022 - que deve se chamar de "década da escassez". Esta década chega depois de um período de "pujança econômica" que vem acontecendo no Brasil e deve continuar. O Brasil cresceu do ponto de vista econômico, trouxe quarenta milhões de pessoas para o mercado de consumo. E isso gerou, por consequência, uma escassez no país, que vai se prolongar por um período longo, em todas as áreas.
    É um bendito problema que vai forçar a inovação, o paradigma de mudança de processo, a melhoria de produtividade e ela vão acontecer com a melhor formação das pessoas, com o uso de TI, que é um elemento fantástico para o aumento de produtividade em qualquer setor. Então é um potencial muito grande.
    Essa escassez se reflete de várias maneiras: no fundo falta tudo. Algumas coisas são visíveis:
    falta aeroporto, falta estrada pavimentada, falta energia elétrica, falta transporte, falta mão de obra qualificada e de toda sorte, não é só qualificada.
    Agora muito mais gente tem poder aquisitivo, precisam de empregadas domésticas, precisam de babás. Tudo isso é escassez.
    Se você tem um bar ou um restaurante, falto garçom, cozinheiro... Esse lado é interessante, o número de empregadas domésticas nos últimos anos se manteve estável e agora começa a cair. Então você tem mais de cinco milhões de pessoas que trabalham como empregadas domésticas e agora isso diminuiu mesmo
    Para MIM, há um “escandaloso” e injustificável spread praticado por um “truste bancário” no Brasil. Ele acredita que discutir o juro cobrado pelos bancos nos empréstimos ao cliente final é hoje tão ou mais importante do que o debate sobre a taxa básica do Banco Central (BC)

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  2. O governo erra ao usar muito pouco os bancos públicos para fazer concorrência contra o truste privado. Tirando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com seus empréstimos subsidiados para as empresas, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal (CEF) praticamente não se diferenciam do sistema financeiro privado.
    O que é incompreensível, considerando que o governo, nas palavras do ministro da Fazenda, Guido Mantega, aposta hoje no crédito como arma para reativar a economia depois do PIB zero do terceiro trimestre.
    O Brasil corre o risco de ficar velho antes de ficar rico. Isso significa que a massa de aposentados cresce numa proporção inferior à dos recursos disponíveis para sustentá-los. “Em todo o mundo a Previdência vai mal.”. No Brasil ela vai pior.
    O Brasil, a partir da Reforma Bancária de 1964 e inovações posteriores e com o advento do plano real em 1994 conseguiu gradativamente criar mecanismos reguladores bem modelados que o colocariam entre os países em melhor situação para enfrentar crises. Esse marco regulatório não foi, contudo suficiente, pois faltaram ações políticas e culturais abrangentes que privilegiassem a produtividade e a ética. O Brasil não mostrou sua pujança e capacidade de melhor explorar seu potencial, como outros países, pois faltaram ingredientes, como a formação de uma poupança sólida, que possibilitaria maior investimento e valores culturais que privilegiariam a produtividade. A falta de recursos para investimentos foi decorrente do custo absurdo da atividade estatal, fruto da corrupção, da incompetência e do excesso ideológico.

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  3. Então, a pergunta que fica é: se a atividade bancária é uma forma de concessão pública e pode ter interferência do governo, o que o atual governo poderia fazer para enfrentar esse 'evidente' cartel dos bancos e fazê-los diminuir seus spreads?
    Cadastro positivo do Banco central, ele só serve para que saibamos quem são as pobres pessoas físicas que pagam bem e as que não pagam?
    Porque eles não fazem um cadastro positivo para os banqueiros 'exploradores' nacionais também?
    É uma pura verdade. Os banqueiros brasileiros vivem nadando em ouro e, alegam que o spread é necessário porque a inadimplência no país é alta. Mas a verdade não é só essa. Há muitos abusos e absurdos nisso.
    Falam que a inadimplência é alta. Mas boa parte dela é causada justamente pelos juros abusivos.
    E as desculpas chegam a ser irritantes: quando a economia vai de vento em popa, os juros sobrem por excesso de demanda. Quando vai mal, sobem do mesmo jeito porque haverá crise de liquidez.
    O spread bancário brasileiro até poderia ser o maior do mundo, em vista de uma peculiaridade do nosso Judiciário: ele protege o mau pagador, o safado, o ladrão e o picareta. Gente honesta que deve, é cobrada rapidamente e com todo o rigor, o desonesto, para o Judiciário brasileiro é apenas um devedor cheio de direitos e sem obrigações.
    Mas mesmo com esse traço institucional, o spread bancário do Brasil não poderia ser tão alto, poderia até ser o mais alto do mundo, mas não esse abuso nojento, causado por bancos que fazem o que bem entendem numa terra de ninguém!
    A expectativa para a indústria é que 2012 sejamos melhores do que foi o ano passado, quando o setor amargou crescimento de apenas 0,3%. Ainda assim, é novamente o consumo que vai levar a atividade econômica a ganhar ritmo em 2012, segundo economistas consultados pelo Valor. Esse efeito, dizem, já poderá ser percebido no resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre de 2011 e mais ainda ao longo deste ano.

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  4. FALANDO DO CADASTRO POSITIVO
    A princípio, parece que o cadastro positivo veio para beneficiar os consumidores, mas, na verdade, os verdadeiros beneficiados serão os bancos e financeiras que poderão oferecer crédito no mercado por um menor risco. Consideramos razoável que nos empréstimos mais arriscados as taxas de juros sejam mais altas. Nesse maior risco se situam os empréstimos realizados para inadimplentes e maus pagadores.
    É muito difícil, na prática, que os bons pagadores sejam beneficiados pelo cadastro positivo, até porque mesmo nos empréstimos consignados, em que o risco é mínimo, as taxas de juros ainda são consideradas muito altas. Parece justamente que o objetivo dos bancos e das financeiras é dificultar ainda mais o empréstimo para aqueles consumidores que já passaram dificuldades financeiras e que, por conta delas, deixaram de pagar pontualmente suas obrigações.
    O cadastro negativo, que impõe restrições àqueles que têm dívidas pendentes de pagamento, já cumpre essa função. Quem tem dívidas em atraso e pendentes de pagamentos pode ter a solicitação de crédito negada. Isso é bastante razoável e até preventivo de um superendividamento do consumidor. O que entendemos desproporcional, e que vai acontecer em virtude do cadastro positivo, é que alguém que atrasou algumas parcelas de um financiamento, mas que depois as quitou, sofra tratamento distinto de outros consumidores, pura e simplesmente porque teve problemas em algum momento da sua vida.
    Também não consideramos razoável que alguém que pagou pontualmente seus empréstimos tenha vantagens em um financiamento em relação a outro que nunca contratou crédito em toda a sua vida. Quem usa mais o crédito terá certamente mais informações positivas, pois terá no decorrer de sua vida financeira realizada maior quantidade de pagamentos.
    Ao meu entender o cadastro positivo configurará um cadastro negativo ao avesso. Isso porque as informações negativas dos consumidores só podem ficar disponíveis pelo período de cinco anos, enquanto que as informações positivas poderão ser disponibilizadas por um período de quinze anos. Os bancos de dados disponibilizam informações de contratações de empréstimos. Se um consumidor contratou empréstimo e não dispõe de qualquer informação no cadastro positivo, isso significa que ele não foi pontual nos pagamentos. Essa inexistência da informação positiva representará, na prática, uma informação negativa, que dificultará a obtenção do crédito. E essa ausência de informação positiva ficará disponível no sistema por quinze anos.

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  5. É difícil acreditar que os bancos e financeiras estejam interessados no cadastro positivo para beneficiar consumidores. Certamente essa nova medida continuará garantindo que o spread bancário brasileiro seja o maior do mundo e que os bancos continuem concedendo crédito aos consumidores de acordo com a sua aparência e sem critérios objetivos. E os consumidores continuarão mais oprimidos e mais endividados. Com esse cadastro o consumidor poderá ter seus hábitos de consumo monitorados e os juros do financiamento devem aumentar para quem nunca precisou tomar empréstimo. Caso precise de financiamento, por não ter histórico, esse consumidor poderá ser penalizado com taxas mais elevadas. Pela forma genérica como foi aprovado, o projeto representou um retrocesso ao que já havia sido discutido na Câmara Federal, pois deixou tudo em aberto para a regulamentação. O fato é que, no sistema financeiro, a transparência tende a promover a eficiência e o favorecimento segundo o mérito. Trata-se de uma menor privacidade e de uma discriminação que eu e muitos outros bons pagadores estamos ansiosos por “sofrer”. Pode adicionar meu nome aí!

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  6. POR QUE CRIAM O CADASTRO NEGATIVO DOS BANCOS?
    Sabe-se que muitos dos parlamentares têm por escopo legislar em causa própria (são empresários etc.), motivo pelo qual, não satisfeitos com SERASA, SPC (e outros ocultos), criam mais um cadastro, com o argumento pífio de que será para facilitar o crédito para os bons pagadores (alguém com o mínimo de inteligência acredita nisso?), na verdade, é mais uma maneira de acabar com uma garantia constitucional estatuída no inciso X do art. 5º da CF (garantia da intimidade e da vida privada). Se os “300...” (desculpe-me agora são 513...) tivessem compromisso com os seus eleitores e com a Constituição, na qual está prevista a isonomia (tão maculada), não criariam mais esse cadastro, mas sim um cadastro, nos moldes do "SERASA", para “negativa” as empresas que vilipendiam os direitos dos consumidores. Só que isso é utópico, portanto, é impossível, porque o poder econômico não iria permitir, já que os "nossos" parlamentares, quando não são empresários, dependem destes para financiar as suas campanhas políticas. Não posso generalizar, pois existem, mesmo que poucos parlamentares de boa-fé. Aliás, os TROUXAS dos bons pagadores NUNCA são beneficiados em hipótese nenhuma. Apenas os inadimplentes têm anistia, perdão da dívida... Minha mulher, quando trabalhou na Açominas, tinha uma ordem: "quando algum credor ligar mande cobrar na Justiça..." Quem paga em dia é só pobre... Rico só paga - quando paga - na justiça! Claro! O juro é MUITO mais baixo! Até nisso eles são privilegiados. Por essas e por outras é que eu bato palmas para sonegadores, piratas e outros que tais. Para que pagar em dia? Tudo o que nos pagamos nos é expurgado pelos "excelentíssimos" "autoridades". Como diz o Marcos Alves, o governo é o maior caloteiro que existe! Além de ROUBAR DESCARADAMENTE, não dando absolutamente nada em troca dos impostos pagos, ainda não pagos aos credores que prestam serviços a ele. Eu trabalhei em uma siderúrgica cuja maior produção era de cantoneiras. Quem mais usa cantoneiras, neste país, são fabricantes de torres de eletrificação ou fabricantes de vagões de estrada ferro. Por outro lado, o maior consumidor destes produtos é o governo. Sempre que havia uma reunião para aumento do preço das cantoneiras, por aumentos dos insumos (carvão, minério de ferro, etc.) eles quase pediam pelo amor de Deus para não haver aumento. O argumento deles era bastante sólido: "Nós trabalhamos para o governo - que não nos paga. Se não fornecermos ao governo, não podemos exportar. E a exportação é a única fonte de renda segura que temos". Então, com esse favorecimento aos inadimplentes, o (dês) governo está simplesmente favorecendo aos seus iguais...
    A seguir a lógica do chamado "cadastro positivo" teríamos que admitir que a própria legislação que o criou não possui eficácia. Ora, não é a União Federal, governada pela Presidência da República, um dos maiores caloteiros de toda a história da Humanidade, deixando de pagar todos os anos centenas de bilhões de reais devidos aos cidadãos? Assim, nula é a medida provisória e tudo que a seguiu sobre o cadastro, seguindo assim a "lógica" do próprio cadastro.

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  7. GILDENE BALDUINO 3NA

    a economia brasileira e prisioneira desse processo há mais de 20 anos.
    ha muita coisa errada nisso e chegou a hora de mudar ...........

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  8. É sempre motivante, para mim, o aprendizado, com palavras claras e sabias de um Mestre, e um siginificado resultativo no dia-a-dia de um iniciante no mundo economico, seus artigos ansinam a analisar e compreender o mundo que vivenciamos! Mais uma vez Parabéns pelo grandioso artigo, e muito obrigada.
    Tayse Camara 3NA

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  9. Como sempre as palavras sabias do professor Marcos Alves, saudades de suas aulas. Só lendo seus textos para lembrar de como é excelente os seus ensinamentos.

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  10. Gostei do texto professor, não fazia idéia do que era o spread, mas a explicação foi ótima.

    Monografias a parte, é uma questão interessante de ser discutida. É realmente difícil garantir que ações como o cadastro positivo vão diminuir essa diferença, mas tem que se começar por alguma coisa.
    Não creio que seja simplesmente aprovar o cadastro e deixar a bel vontade dos bancários, nossos representantes devem usar o cadastro como instrumento de barganha junto aos bancos para garantir a diminuição do spread.

    É lógico que os bancos vão usar isso a seu favor, quem não faria? Não podemos é deixar que o cadastro não promova mudanças também nas taxas de juros, aí sim seria beneficiar apenas os bancos.

    Também acredito que temos outros recursos a explorar, como uma solidez no mercado de trabalho. Salários reais mais valorizados e estabilidade comercial podem diminuir a taxa de inadimplência e consecutivamente o risco do mercado de empréstimos, contribuindo para a diminuição desse tal de Spread.

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  11. Rafael Bezerra de Oliveira4 de abril de 2012 às 06:20

    VALEU PROFESSOR MARCOS ALVES MAIS UMA VEZ O SENHOR NOS FAZ REFLETIR SOBRE A ECONOMIA DO PAÍS EM RELAÇÃO AO SISTEMA BANCÁRIO.O VERDADEIRO MESTRE É AQUELE QUE DEIXA UM LEGADO PARA SEUS ALUNOS E ISSO O SENHOR FAZ MUITO BEM, PROMOVENDO SEMPRE O USO DA RACIONALIDADE DE SEUS ALUNOS.PRECISAMOS ENTENDER OS PROBLEMAS DE PERTO, POIS POSSUIR INVESTIMENTOS BACÁRIOS NÃO É UM GRANDE NEGÓCIO POIS RENDE POUCO, AO CONTRÁRIO DOS EMPRÉSTIMOS QUE O MESMO FAZ COM JUROS ALTAMENTE SIGNIFICATIVOS.DIANTE DESSE FATO QUEM SOFRE SÃO OS BONS PAGADORES.O CADASTRO POSITIVO DEVERIA SER APROVADO NO INTUITO DE ESTIMULAR AS PESSOAS O HÁBITO DA ADIMPLENCIA, GERANDO ASSIM UM PERCENTUAL DE CONFIANÇA ENTRE OS MESMOS.COM RELAÇÃO AO BNDS, O PAÍS DEVERIA POSSUIR OUTROS BANCOS QUE ESTIMULEM O SETOR INDUSTRIAL E EMPRESARIAL COMO UM TODO, POIS SABEMOS QUE ELES SÃO OS GERADORES DE RENDA E DE EMPREGOS NO NOSSO PAÍS.

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  12. Eu sinceramente acredito que não o fazem pelo grau de interesse principalmente da população, onde mais importante é uma copa do mundo do que o comprometimento da balança comercial. Deve-se pela falta de informação que não enxergam a maior geração de emprego e renda, o que resulta em demandas atendidas(poder de compra). Portanto, conscientização da sociedade possibilitará uma possível "discussão" no congresso. 3nB FP

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  13. Juliana Cândida Gonçalves - Aluna 3NB e 7NB - UnP FP8 de abril de 2012 às 13:07

    Não adianta mudar o tema de nossas discussões, o vilão é sempre o mesmo, político. Ou melhor, politicagem. Engana-se quem acha que a política é coisa ruim, que mereça ser detestável, abolida e evitada. O que nos oprime na verdade é o fato de os políticos estarem sempre puxando a sardinha pro lado deles. O que nos causa náusea é ver tanto interesse pessoal envolvido na tomada de decisão de quem nos governa.
    Pagamos esses caras pra que decidam, como bem disse o professor, se liberam ou não a venda de bebidas nos estádios em 2014. Na verdade deveriam discutir se haverão estádios prontos daqui até lá.
    Por isso é tão caro para nós brasileiros dever ao invés de economizar. Enquanto os juros de uma poupança são de apenas 0,5% a.m. há cartões de crédito que cobram 12% a.m. caso o pobre indivíduo atrase seus pagamentos.
    E qual a razão disto? Por que isto não é combatido? Por acaso poupar é um crime? Somente neste país chamado Brasil querer ser honesto é sinônimo de burrice.
    Porém, aos poucos nossa realidade vem mudando. Trabalho em um programa social criado pelo governo federal que dá crédito a estes mesmos juros de 0,5% a agricultores de baixa renda, porém estes juros são cobrados ao ano (0,5% a.a.). E para incentivar a adimplência, o “sortudo” do agricultor ainda ganha desconto de 25% no valor da parcela. Ou seja, é um programa novo, com apenas 6 anos de idade, mas que vem promovendo a mudança de vida daqueles que viviam na miséria e desassistidos enquanto cidadãos. O que nos permite crer que o povo brasileiro tem cura. Só resta direcionarmos nossos votos e decisões por políticos com um grau de desonestidade menor. Precisamos assumir nosso papel e cobrar deles resultados da mesma forma que somos cobrados por nossos patrões por produtividade. Somos nós os empregadores daquelas centenas de homens que decidem e comandam o nosso futuro em tom de brincadeira.
    Mesmo enquanto simples eleitores, temos um alto grau de responsabilidade moral quando o assunto é o nosso voto. Os critérios utilizados para não eleger candidatos desprezíveis devem levar em consideração a importância de pensar coletivamente no ato de tal escolha. Isto evita que aquele que nos governará deixe de ser qualquer um, porque, convenhamos, qualquer um tem por costume de fazer qualquer coisa, e certamente não é isto que queremos. Se ao votar eu busco meus próprios interesses, quem garante que meu político eleito também não aja desta forma, buscando os próprios interesses? Ou estou enganada? Costumo pensar nos políticos como sendo um espelho que apenas refletem o que está diante deles. Se a própria nação é corrupta, porque eles não seriam? Aliás, corrupta é muito forte, mas corruptível, comprável, soa melhor. Convido-os a sermos um reflexo melhor com atitudes pensadas, com planejamento à longo prazo e olho nas conseqüências. Aos poucos o reflexo começa a mudar. Isto é fato!

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