quarta-feira, 15 de maio de 2013

Evolução

Nos últimos meses a inflação tem sido um dos temas mais discutidos dentro das análises sobre a economia brasileira. Como sabemos, o nosso país tem uma linda história de hiperinflação e periódicas crises fiscais e cambiais. Ao longo do tempo, vivemos as mais diferentes experiências inflacionárias, passamos por uma série de programas fracassados de estabilização até chegarmos ao Plano Real. A inflação deve ser entendida como uma situação em que há um aumento contínuo e generalizado de preços. Essa características de generalidade e continuidade fazem com que a inflação seja um processo e não uma ocorrência passageira.O propósito de qualquer governo é aumentar o emprego via crescimento econômico,combater a inflação, treinar adequadamente a sua população com os conhecimentos e habilidades que o mundo moderno exige e assegurar que as tarefas bem executadas sejam bem remuneradas para ampliar o padrão de vida da população. A teoria econômica identifica  três tipos de inflação: demanda, custos e inercial. ( alguns estudiosos argumenta a estrutural). A de demanda é causada pelo excesso de procura em relação à oferta disponível. Os fatores que causam pressão de demanda são aumentos da renda disponível, expansão dos gastos públicos,do crédito e redução das taxas de juros. Uma série de medidas tem sido tomadas para estimular o consumo: desonerações, queda dos juros, prazos de financiamentos, oferta de créditos e aumentos da renda. No meu entender essas medidas se esgotaram e acumulam-se sinais de perda de dinamismo da nossa economia. A inflação de custos é estimulada por pressões de custos que naturalmente são repassados aos preços. Os fatores que podem estimular o seu surgimento destacamos: carga tributária elevada, custo do trabalho em elevação, taxas de juros, preços externos, desvalorização cambial e ausência de infraestrutura. A explicação da nossa inflação atualmente passa necessariamente por esses elementos que compromete o nosso crescimento. A análise passa a ser vista pelo lado da oferta. O crescimento tão desejado pelas autoridades econômica só ocorrerá se expandirmos o investimento em tecnologia, novos conhecimentos, energia, transporte, informática, telecomunicações e mão de obra qualificada que irá nos proporcionar aumentos continuados de produtividade que determinará a nossa competitividade ao longo do tempo. As reformas tão desejada pela classe empresarial não conseguem avançar, refiro-me as questões tributária, trabalhista, previdenciária e  política. A inflação inercial, não depende de pressões de demanda ou de custos, ela está relacionada aos mecanismo de indexação da economia de reajustar preços, a   partir da constatação da existência de inflação.A indexação torna a inflação rígida para baixo. Economias que conviveram por muitos anos com inflações crônicas (Brasil) criaram esses mecanismos de defesa e se acostumaram com o convívio de alguma inflação. Tomando conhecimento dos fatores que podem estimular um desses tipos de inflação, constatamos que o Brasil para crescer  e se desenvolver é preciso ampliar os investimentos e direcioná-los para a infraestrutura, proporcionando aumentos de produtividade e melhorando os níveis de bem estar da sua população. Não poderemos crescer com um sistema de transporte deficiente, falta estradas,ferrovias, aeroportos e portos para escoarmos a nossa produção, uma burocracia  excessiva e um sistema tributário arcaico que só contribui para a corrupção. Qualificar a nossa mão de obra, através de uma cadeia educacional de qualidade e estimular a concorrência interna pelo surgimentos de novas empresas inovadoras e comprometidas com o nosso desenvolvimento, eliminando de uma vez por todas as empresas antigas, arcaicas que não se modernizaram e que lutam juntas com um sindicato antigo, pelego e esclerosado para se perpetuar no mar de ineficiência e prejudicando a nossa nação em busca de aumentos continuados de produtividade.

8 comentários:

  1. Boa noite Professor e colegas, quando falamos no atual momento em que vivemos na nossa economia, conseguimos enxergar duas coisas, uma em que há uma preocupação da nossa presidenta em controlar a ameça forte da inflação e outra, é que a oposição como sempre, quer mais é que a coisa piore, para que a presidenta Dilma e o PT não continue no poder quando acabar seu mandato, sempre de olho em um posto cobiçado entre os partidos. Isso mostra um guerra que existe entre eles, onde o povo e o real desenvolvimento do país fica em último plano, onde o correto era que, independente do lado em que estejam, lutassem todos em benefício da nação, e infelizmente não é isso que vemos nos debates entre eles...essa MP (medida provisória) que foi votada hoje até a madrugada, é um forte exemplo disso... Onde quem está se beneficiando da atual situação está contra tal medida que será de benefício ao pais o nosso Brasil, em que irá desafogar e muito o nosso escamento de produção e importação...Infelizmente nossos políticos tem que ser mudados ...eles atrasam nossa evolução... Homens de mentes fechadas no mundo que é só deles.

    Assinado:

    Alisson Araújo... 7 NA fp

    ResponderExcluir
  2. É literalmente isso professor, as empresas precisam sair desse pensamento antigo e olhar para o agora.

    ResponderExcluir
  3. julio cesar - Eng civil 4NB16 de maio de 2013 às 09:52

    É fato evidenciarmos pequenas empresas que ao longo do tempo se tornam gigantes, após uma idéia de um produto ou serviço que até o momento era inovador ou facilitador de alguma coisa, porém inicialmente administradas não necessariamente com o mesmo talento despendido para o desenvolvimento do produto/serviço. Ao passar do tempo, agora com experiências econômicas, de mercado, administrativas, acadêmicas, etc., já acumuladas, inicia-se o processo de redesenho ou criação de Missão, Visão e Valores, visando atingir patamares bem diferentes do inicialmente previsto no processo de criação da empresa. É ai onde se inicia a visão de transforma sua empresa cada vez mais sustentável, para atender as demandas globais agora exigidas não apenas por consumidores mais também visando reter os talentos formados nas empresas ou recrutados no mercado.

    Porém o empresariado para tingir uma alta eficiência em seus processos, esbarram em problemas sociais, como as citadas no artigo: “O crescimento tão desejado pelas autoridades econômica só ocorrerá se expandirmos o investimento em tecnologia, novos conhecimentos, energia, transporte, informática, telecomunicações e mão de obra qualificada”, etc. Sem esta eficiência produtiva, ou seja, produzir o máximo com o mínimo, sempre estaremos sujeitos a um número bem maior de variações que refletem diretamente nos preço, influenciando o seu aumento, causando picos momentâneos no resultado medido dos indicadores da inflação.

    Sds,
     
    Júlio César Trigueiro

    ResponderExcluir
  4. É difícil ver a evolução do Brasil, onde só se ver um sistema de escoamento da produção totalmente defasado e ineficiente, onde boa parte da produção fica pelas rodovias esburacadas ou ficam estragadas pela espera excessivas em portos. Realmente Brasil tem que pensar na infraestrutura para ter o status de um país “desenvolvido”. 7NB - FP

    ResponderExcluir
  5. Professor Marcos Alves. Quando este brilhante blog se tornará um prático e excelente livro de economia?
    Só aqui consigo ver com clareza o que se passa lá fora e de que forma tudo no atinge.
    A academia precisa de suas ideias transmitidas dessa forma, sem os termos extremamente técnicos que nos fazem temer este tema.
    Obrigada pelas palavras, sempre muito enriquecedoras.
    Saudades da universidade e de seus ensinamentos.

    ResponderExcluir
  6. Conforme citado em sala de aula pelo senhor, é necessário que haja uma reestruturação no poder público no Rio Grande do Norte, pois estamos todos passivos a tudo que vem ocorrendo atualmente em nosso estado, ou seja, elegemos os representantes para trazer melhorias para o nosso estado, e apenas o que podemos vivenciar é roubo e mais roubo. O que me deixa mais desistimulada e me intriga é a aminésia que o povo natalense tem e a passividade com que reagem com o que fazem com o nosso dinheiro e com o estado do Rio Grande do Norte. Voltando ao tema central do artigo é necessário ter pessoas mais capacitadas para comandar os sindicatos, pois só assim é possível obter um poder de negociação mais eficiente, podendo se chegar ao objetivo final. Como pode-se observar tudo acaba se voltando para a EDUCAÇÃO, pois acredito que através da mesma é possível conseguir resultados mais eficazes independentemente do objetivo, pois só a educaçao é possível revolucionar o Brasil.

    ResponderExcluir
  7. Bom dia professor Marcos Alves! O assunto carga tributária e inflação no Brasil é algo muito intrigante, acredito que precisamos entender que melhorar a infraestrutura de um país não é tão importante quanto a educação.
    Um abraço.

    ResponderExcluir
  8. A inflação no Brasil a algum tempo parece que não tem sido motivo de preocupação dos nossos governantes, que se preocupam mais em arranjar alguma maneira de ganhar votos, principalmente com o assistencialismo, modelo esse que não gera mudanças concretas no futuro da população, afinal é isso que os governantes querem, pessoas ignorantes que trocam seus votos por qualquer esmola. Achamos que programas como estes não geram impacto sobre a inflação, mas a verdade é outra, pois as verbas governamentais não se multiplicam, quando investimos em alguma coisa, deixamos de investir em outras, estas verbas deveriam ser convertidas em educação mudando assim o destino dos indivíduos de baixa renda, famosas classes C e D. Outro investimento que vem fazendo falta é na nossa infraestrutura que iria gerar um transporte de alto desempenho assim acarretando a diminuição nos preços dos produtos e tornando o Brasil mais competitivo internacionalmente. Todos os países de primeiro mundo investem em transportes de massa, Trens, navios deixando por último o transporte rodoviário, esse modelo de infra estrutura beneficia também a inflação pois leva aos produtores uma margem econômica melhor puxando assim os preços para baixo. Um exemplo de inflação no ano de 2013 foi o do tomate, produto que sofreu um aumento médio de 18, 65% mas chegou a subir 52, 69% em algumas regiões metropolitanas como no Rio de Janeiro. Pressionado pelo avanço de preços desses e de outros produtos, o setor alimentício foi o maior responsável pela aceleração IPCA, representou 44% do índice. O governo precisa entre algumas alternativas diminuir os gastos públicos, tentando estabilizar os tributos abrindo mão assim da receita, Diminuindo assim o inchaço governamental.

    Tibério Rocha Q. Pinto
    ECI - 10NA

    ResponderExcluir