sábado, 4 de maio de 2013

Novos empresários

É muito comum quando se discuti algum assunto referente ao comportamento empresarial brasileiro, julgá-lo de uma forma que muitas vezes não condiz com a realidade. Geralmente comenta-se da sua falta de respeito com a sociedade, seu único objetivo é lucrar, nenhuma importância é dada aos seus clientes e o que mais o interessa é acumular riqueza. Talvez alguns se comportem ainda assim, mas hoje, estamos assistindo a uma mudança de postura, uma nova classe está surgindo, com uma nova linguagem e uma nova forma de pensar. Observamos que estes novos empresários, nunca estão satisfeito com o que conseguiram, são criativos, não se limitam aos mercados em que atuam, estão sempre preocupados com a satisfação dos seus clientes, apresentando de forma continuada, inovações que permitem as suas empresas ganhos de produtividade, dando-lhes condições de ter uma uma política de preços cada vez mais agressiva, e com isto, ampliando a sua posição mercadológica.Os novos empresários, tomaram consciência de que hoje a concorrência é global, exigindo uma nova forma de planejar os seus negócios. E sabem que para uma gestão ser bem sucedida é preciso implantar no seio da sua organização os fundamentos básicos de uma boa gestão, que são: Método, liderança e conhecimento técnico. Sem esses requisitos não conseguem ter e reter os talentosos, inflacionar a cultura pela inovação e estabelecer as suas metas. As suas decisões são tomadas levando em consideração os benefícios que irão proporcionar aos acionistas, funcionários, clientes, fornecedores e comunidade. Isto é os princípios da governança corporativa que são: equidade, prestação de contas, transparência e responsabilidade corporativa. Sabem da responsabilidade social, cultural e ambiental da empresa que dirigem. Em um mundo competitivo, evolutivo e dinâmico como este, a mediocridade já não tem mais espaço. Perceberam da necessidade de terem em seus quadros homens preparados, inflacionados de competência e habilidades e retê-los em suas organizações é uma questão de sobrevivência. Atualmente um dos maiores ativos de qualquer empresa é o seu capital intelectual, em outras palavras, é saber fazer, com menor custo, com qualidade,menor desperdício, menor tempo e utilizando novos materiais e recursos que não crie impactos ambientais, que amanhã não venham comprometer as gerações futuras.A empresa responsável para com o meio ambiente é aquela que consegue consumir o mínimo possível de insumos naturais para produzir o máximo de produtos e serviços, retornando ao meio ambiente o mínimo possível de rejeitos.A empresa ambientalmente responsável é aquela que cuida dos impactos de seus processos e produtos, desde a extração de insumos da natureza até a reciclagem dos produtos descartados.No livro Governança Corporativa  Um modelo brasileiro da editora Campus, os autores afirma:"A empresa considerada responsável é aquela capaz de sintonizar suas atitudes e resultados com os requisitos de ética, desenvolvimento e bem estar das comunidades nas quais exerce influência. Os stakeholders da empresa são agrupados em comunidades de entorno, sociedades regionais, nacionais, e mundiais,organizações não governamentais e governo, e os melhores resultados são alcançados quando as relações se pautam na cooperação.  Estamos caminhando para dezenove anos de estabilização que exige uma relação amadurecida entre trabalhadores, comerciantes e empresários na formulação de preços, salários e lucro, a volta da inflação  não interessa a nossa sociedade, desorganiza todo o processo produtivo e todos os agentes são afetados. Perceberam que não são insubstituíveis, e estão sempre preparados para serem amanhã sucedidos sem traumas, por que sabem da sua responsabilidade perante, os seus colaboradores e o futuro da sua empresa.O bom empresário, sabe que boa empresa é aquela que é boa para trabalhar, para se ter como parceira, para investir e para comprar seus produtos e serviços. Não basta o menor custo de produção, se o custo social ou ambiental embutidos nos produtos forem extremamente elevados, é preciso ter um novo parâmetro de competitividade, com a incorporação da responsabilidade empresarial em toda a cadeia produtiva. Assim teremos em um futuro não tão distante uma sociedade mais justa, fraterna e equilibrada.

12 comentários:

  1. Boa tarde, professor. Acredito que essa mudança se deva a dois eventos: A abertura do mercado brasileiro na década de oitenta e as privatizações da década de noventa. O Brasil se acostumou com um pensamento mercantilista/intervencionista e foram essas ideias que nortearam nossos empresarios e politicos durante muito tempo.
    A nova geração de empresarios e/ou executivos ascenderam com novas pespectivas, tendo diversas experiências com o livre mercardo praticado em alguns lugares do mundo e acostumados com uma concorrencia maior no ambiente interno. E é a essa nova geração de homens de negocios que devemos creditar o recente crescimento social e econômico do nosso país.

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  2. Olá Boa tarde Professor Marcos e amigos, realmente estamos caminhando para uma excelente mudança, enxergada por poucos a muito tempo, de hoje em diante esse novo perfil de empresários preocupados com o todo e não apenas com si próprio, terá uma escala crescente, pois estamos tendo acesso a informação, pessoas que a algum tempo atras não teriam chance de sentar em uma cadeira de universidade, e hoje esta mais fácil com vários programas sociais oferecidos pelo governo, mesmo que de forma modesta. Outra mudança, essa sim muito forte com um impacto muito grande, foi a entrada da internet, pois massificou o volume de informação, tornando todos iguais, pois é um ambiente onde não existe rico, pobre, adulto, branco ou preto e com um custo hoje ínfimo, em muitos casos quase zero para obter informações nessa forma de se relacionar por meio da internet. O empresariado jovem de hoje se preocupa com tudo no sentido real da palavra, Lucro com baixo custo, preservação dos recursos naturais, bem estar da sociedade, imagem de sua organização que hoje é umas das coisas que mais dá matéria tanto quando é uma boa notícia e mais ainda se essa notícia for uma bomba que denigre a sua imagem com o "bumm" das redes sociais que são extremamente (imediatistas muitas vezes). Isso é muito positivo, pois faz com que nos tornemos mais responsáveis perante tudo e todos. E como foi bem exemplificado pelo professor Alves, o principal capital a ser cuidado valorizado e retido dentro dessa nova perspectiva de empresariado é o capital humano, reter talentos é uma pratica constante dentro das empresas que querem se sustentar no mercado, trabalhar com pessoas comprometidas, que tenham em sua essência a ética, profissionalismo, a empatia, e o amor no que se dispõe a fazer, é a grande jogada da vez.
    Quero e espero fazer parte dessa mudança e evolução da forma de fazer negócios em nosso BRASIL, e construir um país novo em todos o sentido.

    Um abraços para todos.

    Alisson Araújo - ALUNO ADM 7NA UNP FLOREANO PEIXO

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  3. Parabéns Professor Marcos Alves por mais este belo artigo que visa fortalecer a visão dos novos administradores e sua capacidade holística de perceber a empresa, mais ainda, a capacidade de visualizar a empresa para umfuturo próximo, projetá-la e fortalecê-la para que ganhe solidez num mercado cada vez mais competitivo, para mim os pilares para um bom administrador são esses aqui muito bem citados no texto "Método, liderança e conhecimento técnico." sem eles o administrador não embasa suas ações e não perceba onde sua empresa está localizada no mercado. Atualmente, o mercado necessita de pessoas preparadas, proativas e estudiosas para poder entender e interpretar como a macroeconomia está caminhando e os sintomas que ela apresenta para poder vizualisar sua importância na cadeia produtiva. Há um tripé que considero de fundamental importância para ser um ótimo administrador;Ética, respeito aos clientes e visão de futuro.
    PEDRO GOMES 7NB FP - ADMINISTRAÇÃO

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  4. kelsio R Gonçalves13 de maio de 2013 às 13:25

    Kelsio R. Gonçalves . Eng. civil turma 4na . Parabéns prof. por mais um bele trabalho bem argumentado.

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  5. Percebe-se que a visão dos consumidores no Brasil está mudando, os empresários por sua vez tem que está atento a essas mudanças, onde aqueles que não se adaptarem têm grandes chances de ficar para trás e perder mercado, aqueles que adotam os princípios da governança corporativa passará uma imagem mais integra aos seus stakeholders. 7NB - FP

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  6. Parabéns professor pelo ótimo artigo. Acredito que esta mudança de pensar e agir dos novos empreendedores vamos dizer assim, deve-se a forma global de como as coisas acontecem, pois a concorrencia não é só mais nacional e sim global, para tanto é necessário que esses novos empresários estejam preparados para esta concorrencia para que possam concorrer de igual para igual para não se comprometer perante os mesmos.Fico feliz que tenha havido essa mudança, pois não podemos ficar estagnados diante do mercados, pois através dessa estagnação não será possível enfrentar o mercado global.

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  7. Parabéns Professor! As mudanças estão ocorrendo, as pessoas estão buscando especializar... O novo empresário não só foca nas finanças, como também em ter a empresa como "parceria" como diz no artigo. A cada dia temos que dar o melhor de nós e nos destacar no mercado de trabalho, sendo assim nos tornaremos um diferencial. Vanessa Lima, RF 3 MA

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  8. Parabéns Seu Marcos, fico feliz em saber que tenho um professor altamente competente em sala de aula, suas aulas me fizerem olhar a leitura com mais gosto!
    Deixo aqui meu comentário: Por ser um empresário novo na área de civil, vejo à diferença, quando fazia ensino médio e meu pai coordenava à empresa, o mesmo só visava seu lucro. Dinheiro todo mundo gosta isso é Obvio! Mais hoje, 4 anos se passaram, estou cursando o 4º Período de Engenharia Civil e sou o coordenador de minha própria empresa, a diferença é que : á concorrência passou de 10 para 100 % , e somos obrigados a sermos cada vez mais inovadores, Rígidos ao bem está do meio ambiente, enfim ser o melhor. Uma de sua frase que me fez chamar atenção foi : " A empresa responsável para com o meio ambiente é aquela que consegue consumir o mínimo possível de insumos naturais para produzir o máximo de produtos e serviços, retornando ao meio ambiente o mínimo possível de rejeitos. "
    Questão essa abordada em Sala de Aula e a mais pura verdade !
    Meus parabéns , Sucesso ! Plínio Bezerra 4VB !

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  9. A criação de novos negócios confirma o otimismo em relação ao país, a imagem do Brasil em destaque no empreendedorismo global é reafirmada diante da capacidade de sobrevivência das empresas e cada vez mais dinâmica, portanto trás pontos positivos altamente relevantes para o crescimento econômico, como a produtividade a inovação e o emprego.

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  10. Prezado professor parabéns pelo artigo, muito bem explanado sobre a nova visão de mercado. Não se pode negar que não há mais espaço para aqueles empresários ignorantes, que não possuem visão de futuro. Até porque o mercado é exigente e torna-se cada vez mais competitivo.
    E cabe a nós futuros administradores assegurar essa nova realidade que esta surgindo, buscando gerir as empresa de forma eficaz, procurando produzir sempre mais, com melhor qualidade e menor custo. Não esquecendo que os clientes são peças fundamentais para o sucesso ou insucesso de qualquer organização, sendo o real motivo de sua existência e devendo toda a atenção ser voltada aos mesmos.
    Com isso é preciso valorizar o capital intelectual e respeitar o meio ambiente, consumindo o menor número de recursos para produzir o máximo, não visando apenas o lucro, mas também o bem estar social. Valores estes que refletem na decisão de compra dos clientes, contribuindo assim com o desenvolvimento econômico do país de forma sustentável.

    João Neto – Aluno de Administração UNP/FP

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  11. As pessoas são os verdadeiros responsáveis pelos resultados das empresas e esse tipo de gestão tem sido um modelo justo e claro.
    Com cerca de 27 milhões de pessoas envolvidas num negócio próprio ou na criação de um, o Brasil ocupa a terceira posição no ranking mundial de empreendedorismo. O país fica atrás da gigante China, com 369 milhões de empresários e Estados Unidos, com 39 milhões de empreendedores.
    Com base nestes dados, podemos ter uma idéia de como o nosso país é empreendedor, não é a toa que o que mais vemos por ai é cidadãos abrindo o seu próprio negócio. Após isso, podemos ir além e fazer uma comparação da pesquisa acima, como a seguinte informação: Segundo dados do SEBRAE, 95% das empresas novatas declaram falência no seu 1° ano de atividade. Esse tipo de dado chega a ser assustador. Refletindo sobre estas duas pesquisas, pensamos: O que será que acontece? Porque uma porcentagem muito grande de empresas novas no mercado que entram em operação não consegue ir além nos seus negócios no 1° ano? Pois bem, devemos entender que abrir uma empresa não é simplesmente obter um CNPJ, uma I.E. e sair por ai operando, existem muitos fatores que se ignorados poderão comprometer a inicial vida da empresa, e todo o sonho empreendedor ir por água à baixo.
    É preciso ter; Visão de mercado, Observar oportunidades e um Planejamento Estratégico.
    O papel do empreendedor deve mudar e em seu novo desafio está incluída a eficácia nos negócios e a desenvoltura entre os concorrentes. O empreendedor deve buscar atender a demanda de clientes, gerando valor agregado ao negócio do cliente final, diminuir os custos operacionais e aumentar os lucros dos resultados gerados, respeitando o meio ambiente.

    Jucyara Farias - ADM-7NB UNP-FP

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