Os investimentos são as poupanças ou sobras que se aplicam no processo produtivo. A sua classificação é definido em autônomo que é aquele normalmente efetivado pelo Estado com o objetivo de promover o desenvolvimento. O investimento induzido que é estimulado pelas modificações nos níveis de renda da sociedade e o de reposição que tem a finalidade de manter a integridade do capital existente em função do seu desgaste no tempo. Os investimentos são efetivados para determinadas finalidade, como equipamentos e instalações, aquisição de matéria prima, energia, transportes, comunicações e educação e outras áreas essenciais ao país.Ao analisarmos a função de investimento constatamos que é uma função descontínua e nela interferem o mercado financeiro, o consumo de bens não duráveis e duráveis. A sua descontinuidade se dar justamente quando o ambiente econômico não é favorável pela sua conjuntura e o consumo de bens duráveis se reduz e as empresas e os consumidores preferem esperar e deixam para o futuro as suas aplicações e projetos na expectativas de melhores condições econômicas para investirem. O empresário só investira se ele estiver convencido que o projeto apresentará uma lucratividade aceitável e que haja um retorno da quantia aplicada em um período relativamente curto. Os investimentos para serem efetivados dependem de duas variáveis:taxa de juros corrente e taxa de lucro prevista. O empresário busca projetos que lhe garanta um lucro real maior que a taxa de juros corrente. O que Keynes chamava de eficiência marginal do capital, que nada mas é do que a relação entre o rendimento provável de bens de capital adicional e seu preço. Se o governo reconhece as suas limitações nos investimentos em infraestrutura e busca parcerias com a iniciativa privada precisa estimular a possibilidade de lucros maiores (aceitáveis pelo mercado) que estimule o interesse em investir em obras de infraestrutura gerando maiores ganhos de produtividade para o aparelho produtivo do país que provocará maior crescimento do Produto Interno Bruto. Recentemente o Profº Carlos Rocca do Ibemec escreveu um artigo na Folha de São Paulo em sete de junho de 2013, cujo título era "Entenda o que é taxa de retorno de um negócio" e afirmava: A taxa de retorno é o lucro que um projeto de rodovia, ferrovia, terminal
portuário ou qualquer outro negócio consegue oferecer ao final de um período.
Ele remunera o capital empregado no empreendimento.Cada projeto tem sua taxa de retorno, que varia conforme as receitas
previstas e a chamada estrutura de capital -ou seja, quanto do dinheiro
investido é próprio (geralmente captado com acionistas, que esperam uma
remuneração pelo investimento) e quanto é de terceiros (obtido por meio de
empréstimos).Se um empresário precisar pagar juros de 20%, ele só investirá num negócio
que dê lucro superior a essa taxa. E, dada uma receita fixa, quanto maior o
custo do capital, menor o retorno obtido -em geral, quanto menos financiamento e
mais necessidade de dinheiro próprio, maior o custo.Para Carlos Rocca, coordenador do Centro de Estudos de Mercado de Capitais do
Ibmec, se o governo tabela uma taxa de retorno baixa, acaba se obrigando a
ofertar crédito subsidiado, via BNDES, para conseguir atrair interessados."Se o objetivo é trazer poupança privada para a infraestrutura, já que não há
recurso público para os investimentos, o tabelamento da taxa de retorno é uma
medida contraditória."Rocca afirma que o modelo é uma forma de garantir a redução das tarifas de
infraestrutura, mas, no longo prazo, pode criar também problemas fiscais.Isso porque boa parte do crédito subsidiado ofertado pelo BNDES tem origem na
captação feita pelo Tesouro Nacional, que emite títulos pagando uma taxa de
juros alta aos investidores.Segundo Rocca, a proposta de elevar a taxa de retorno real (descontada a
inflação) de 5% para 10% pode reduzir a necessidade de subsídio. Se o lucro
crescer, cai a necessidade de empréstimos mais baratos".Este conflito de interesse precisa ser resolvido até por que os resultados do nosso crescimento nos últimos anos não são animadores é preciso acelerar os investimentos agora para garantir um crescimento sustentável no futuro.
sexta-feira, 7 de junho de 2013
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Mestre keynes nos ensinou que a demanda é mais sensível em resposta a promoção do crescimento econômico, sabemos que pelo princípio da demanda efetiva a oferta (produção) efetiva de mercado, que está abaixo da oferta de pleno emprego (oferta potencial)será impactada por mudanças na demanda de mercado, quando analisamos os gastos planejados que compõem a demanda agregada, ou seja, o consumo das famílias, os investimentos privados, os gastos do governo e as despesas líquidas do setor externo (gastos dos nossos clientes externos), percebemos que alguma(s) variáveis não estão calibradas o suficiente para promover o crescimento econômico, uma delas é o volume de investimentos comentado pelo professor, posso complementar com o mecanismo de deterioração dos termos de troca no âmbito do comércio internacional, a elasticidade renda das exportações de países como o Brasil é menor que a dos países exportadores de bens de capital, estrangulando nossa balança de pagamentos, precarizando a geração de divisas, outros fatores como o crescente processo de desindustrialização do país e falta de qualidade no gasto público, ou seja, investimentos em ativos improdutivos desviam nosso país da rota do crescimento, não adianta estimular o consumo e o gasto público quando não há investimento nem qualidade nesse gasto, e olhe que qualidade é uma palavra bastante singela para o que estamos vendo nos dias de hoje.
ResponderExcluirProf. Raimundo Neto.
Olá professor, sou ex aluno do senhor, turma de gestão financeira 2009/10.Parabéns pelo feliz comentário. Gostei bastante, não estranhei pois sei de sua facilidade e capacidade de domínio do conhecimento de nossa economia. Paulo Barros 86373
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