quarta-feira, 22 de abril de 2015

Biodiversidade

Os professores Elismar Álvares, Celso Giacometti e Eduardo Gusso em seu livro "Governança Corporativa  Um modelo brasileiro", afirma que toda atividade humana afeta o meio ambiente. O desenvolvimento sustentável não implica a preservação das condições originais do meio ambiente, que está em permanente evolução, com ou sem a presença do homem. Na verdade, o desenvolvimento sustentável significa a preservação do processo evolutivo, incluindo o homem.Devido ao grande potencial de impacto de algumas atividades empresariais o que está em jogo nas relações das empresas com o meio ambiente são as condições para a permanência da humanidade no planeta, o que significa disponibilidade de comida, água, energia  e ar em quantidade e qualidade suficientes para que a própria humanidade evolua. Isso exige que as organizações preservem essas condições mínimas.As mudanças climáticas que o mundo está assistindo são uma séria ameaça  aos esforços para o desenvolvimento sustentável e para a redução da pobreza. Em um país onde o nível de pobreza é exagerado, principalmente nas regiões nordeste e norte o governo brasileiro precisa criar mecanismos de proteção da biodiversidade para protege-los, porque são os pobres da zona rural que sobrevivem dos benefícios diretos das florestas, dos recursos hídricos e do solo. Essa dependência é visível quando se constata o excesso de escassez de bens acumulados. Como têm pouca riqueza privada , precisam da riqueza pública, na forma de serviços ecológicos, para sobreviver. O setor produtivo desempenha um papel relevante na questão ambiental, as empresas responsáveis para com o meio ambiente é aquela que consegue consumir o mínimo possível de insumos naturais para produzir o máximo de produtos e serviços e retornando ao ambiente o mínimo possível de rejeitos. Mas segundo os professores acima citados este processo não se restringe a isso, implica também a responsabilidade com o ciclo de vida dos produtos e serviços. A empresa ambientalmente responsável, é aquela que cuida dos impactos de seus processos e produtos, desde a extração de insumos da natureza até a reciclagem dos produtos descartados. As externalidades negativas produzidas pelas empresas só será reduzida se elas forem pagas por elas pelo impacto ambiental que causam no meio ambiente. Se o custo ambiental do produto fosse incluído no preço final, com certeza levaria as empresas a  estimular as inovações porque teriam de descobrir uma maneira de fabricar os mesmos produtos sem poluir e substituiriam determinados materiais por outros, mais sustentáveis.Para as empresas improdutivas e sem nenhuma preocupação com as questões ambientais só restaria uma saída, seu fechamento e sua substituição por outras  produtivas e sustentáveis.O que precisamos e ampliar a riqueza pública (educação de qualidade, segurança, saneamento, transportes, ar puro e água de qualidade para beber), melhorando assim a qualidade de vida da humanidade e acabando a miséria do mundo que só nos envergonha como seres humanos.

4 comentários:

  1. Professor,
    todos esses problemas, apenas serão solucionados com a participação efetiva da população, mas o start será apenas com um grande investimento na educação de base, para que as mudanças venham a longo prazo, e estas possam garantir que os nossos descendentes possam viver sem tantas restrições de recursos naturais.

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    1. Joselin Fereira de Andrade 29 de abril de 2015.
      O texto, “Biodiversidade” remete ao leitor uma observação de que preservar a natureza é a solução encontrada para que as gerações vindouras possam ter as condições mínimas para a sua subsistência, para isso devemos hoje utilizar dos mais diversos mecanismos, estratégias e planejamento oriundos do Desenvolvimento Sustentável.
      Desde o princípio do mundo o homem sempre vem causando danos ao meio ambiente tudo isso por causa de uma busca desenfreada pelo progresso, a qual condiciona a atribuição do sentido de desenvolvimento, onde o objetivo tornou-se a satisfação material, aquisição de bens e acúmulo de riquezas. No fim da década de 60, levando em consideração os impactos causados desde a Revolução Industrial e alguns desastres como o da Baia de Minamata, Acidente em Bophal, Chernobyl e Exxon Valdez, houve uma preocupação de proporção global acerca dos riscos da degradação do Meio Ambiente de tal forma que em 1972 a ONU promoveu a conferência sobre o Meio Ambiente em Estocolmo e em 1987 com a publicação do Relatório de Brundtland da Comissão Mundial Sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento – CMMAD, o Desenvolvimento Sustentável passou a ser conceituado como: “... aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades.”
      O desenvolvimento sustentável foi criado como um agregado de ações destinadas à solução ou, no mínimo, redução de grandes problemas de ordem econômica, ambiental e social, tais como esgotamento de recursos naturais, desigualdade social ascendente e crescimento econômico ilimitado. Problemas que ameaçam a nossa sobrevivência e demandam ação conjunta de governos, empresas e sociedade para serem superados. Integrar de forma equilibrada os aspectos ambientais, sociais e econômicos, respeitando a sua interdependência.
      Portanto, a chave para o sucesso do desenvolvimento sustentável é a conservação, de modo que as empresas, principalmente, já que são as que mais utilizam os serviços ecológicos, elaborem planos de reuso, reciclagem, planos de gerenciamento de resíduos sólidos bem com um sistema de gestão ambiental, entre outros. Tudo isso aliado a uma fiscalização mais efetiva por parte dos órgãos ambientais competentes, dessa forma não precisaria embutir o custo de todo esse processo nos produtos comercializados.

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  3. Texto muito bom, entretanto não concordo com o título, o qual deveria ser "desenvolvimento Sustentável" ou outro que faça apologia a esse, uma vez que a publicação faz mais referência a desenvolvimento sustentável do que a própria biodiversidade.

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