domingo, 2 de agosto de 2009

O Negro

Uma das maiores dívida social, que a sociedade brasileira precisa resgatar é o tratamento que foi e é dado a sua população negra.Historicamente o descaso, a humilhação, a completa falta de respeito e sem criar nenhuma oportunidades de mudanças, nos envergonha como ser humano, onde tudo isto está registrado em diversos livros que tratam desse assunto.Como educador universitário a quase três décadas, em diversos cursos, o número de alunos negros foi e é insignificante.Isto é uma prova concreta da dificuldade que ainda existe, deles crescerem e evoluírem nas diversas áreas do conhecimento humano.Temos assistido por parte do governo nos três níveis, ações de promover homens de cor, para assumirem tarefas importantes na estrutura organizacional dos poderes constituídos, mas é muito pouco em relação a brutalidade imposta a eles durante tantos anos.Faz necessário, mostrar as novas gerações as contribuições fantásticas que essa população nos proporcionou e ainda nos encanta em várias áreas, tais como: na música, culinária ,política,nas artes em geral e principalmente nos esportes, aqui e em muitos lugares do mundo. Não compreendo, esta situação em que chegou os homens negros do meu país, uma clara sinalização de racismo por parte daqueles que decidem, seja governo ou iniciativa privada. Quando analisamos os indicadores de homicídios, é uma verdadeira tragédia, geralmente são, negros, analfabetos, pobres e jovens, que nos mostra de uma forma crua a situação em que vivem milhões deles. Não dá para suportar tamanha insensatez da geração atual em relação a este problema, criando para as gerações futura a perpetuação desta maldita separação dos homens.Precisamos incentivar, implementar políticas públicas que visem criar de forma continuada as condições necessárias e suficientes para que os nossos negros possam amanhã se orgulharem da sua nação, que tanto contribuíram e continuarão a contribuir nos mais diversos campos em que atuam. Quando o professor Franklin, da universidade de Chicago esteve no Brasil, afirmou que éramos um dos países com maior preconceito racial contra o negro. Preconceito e discriminação.Após a libertação da escravatura eles não tiveram acesso ao poder político, econômico, social e educacional digno.Está falta de oportunidades colocou-os entre os segmentos mais desprotegidos da nossa sociedade.Aqui, considera-se o negro igual na lei e nos discursos políticos, mas nunca nas oportunidades de trabalho. Dedicamos a eles afeto doméstico e parternalista, sobretudo por parte das crianças.Babás, cozinheiras,serviçais e operários braçais que constituem os quadros mais gerais em que o localizamos.Tendemos a identificar o marginal com o negro.Nós temos o negro no sangue, mas muito pouco na cabeça.Há uma certa vergonha do brasileiro de ser brasileiramente. Como bem afirmou, o professor Jorge da Cunha Lima em seu livro " A organização política do sonho".

6 comentários:

  1. Caríssimo Professor e amigo, saudações recifenses!

    Parabéns pelo Blog.

    Excelente tema este que você abordou. De fato, temos uma propensão generalizada em negar as nossas origens. Gostaria até de ampliar o leque discrimanatório para outras populações largamente presentes em nossa sociedade. Negros, índios, Judeus... Ronaldinho (o fenômeno) certa vez disse em entrevista: "eu que, sou branco, não tenho preconceito contra os negros". Ronaldinho branco... essa foi de arrepiar. E aqui mesmo, no próprio Rio Grande do Norte. Nunca vi tantos descendentes de índios em tão alta concentração. Entretanto assisti há pouco, em um documentário da Tv Universitária, depoimentos de cidadãos potiguares falavam "deles" dos índios. Chamavam os índios de "eles". Deveriam dizer "nós". Quem nasce no Rio Grande do Norte é Potiguar (ou seja, descendente dos potiguara). Mas isso a ignorância histórica a respeito da própria terra impede de ver. Preferimos ser descendentes dos europeus. Isso mesmo, aqueles que desde o século XIV chacinavam populações inteiras de Judeus (incluindo crinças de colo)em nome de Deus. Muitos desses judeus fugiram, principalmente, de Portugal e Espanha e vieram para as terras de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. E certamente corre em nosso sangue boa fração de sangue judeu. Mas você acha que alguém aceita isso. Não! Todo mundo quer ser branco, europeu. Igual ao Ronaldinho.

    Pois é Marcão, onde estão os negros, índios e judeus de nossa terra? Não sei quanto aos outros, mas de minha parte acredito que muitos deles vivem em mim, no meu sangue. E me orgulho de que seja assim.

    Parabéns mais uma vez, amigo!!!

    Professor Dinarte.

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  2. Parabéns professor,o seu texto vai realmente de acordo com a nossa situação de racismo,sou uma aluna sua de pele negra que já sofreu alguns desacatos da sociedade,mas invés de me esconder no submundo apostei em ser alguém e mostrar para o mundo que eles estão errados e todos nós somos iguais. Parabéns.

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  4. Caro professor

    Gostaria de parabenizalo pela iniciativa do blog e pelo tema abordado nessa esplendida matéria.

    Tenho o privilégio de assistir suas aulas na UNP, estou no segundo período do curso de administração, graças a um programa social (que muda o destino das pessoas). O meu comentário tambem é um relato que gostaria de fazer, para que algumas pessoas reflitam. Fui noiva de uma exceção na realidade do nosso país, um rapaz negro de familia humilde que conseguiu com muito esforço e dedicaçao se formar engenheiro eletricista na UFRN. E por muitas vezes ao seu lado vivenciei o racismo sofrido por ele, em uma determinada situação ao estacionar seu carro no estacionamento de um conceituado restaurante, outro jovem que acabara de chegar o confundiu com o flanelinha, não que eu esteja desmerecendo o rapaz que vigia os carros, o fato é que naquela situação o flanelinha era branco e meu noivo negro. SENDO ASSIM FICA A LIÇÃO DE QUE JAMAIS DEVEMOS JULGAR ALGUEM PELA COR DA PELE.

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  5. caro professor quero lhe informa que o senhor estava muito inspirado ao elaborar esse texto,ficou otimo gostei muito em saber que tenho um professor autor.hahahahahah....
    aquela risadinha que o senhor da em aula.

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  6. Parabéns! professor belissimo texto.

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