sexta-feira, 29 de junho de 2012

Sistema Viário

Não existe maior aventura para os brasileiros do que se submeter diariamente ao sistema viário das capitais desse país.Em determinados horários, a situação torna-se insuportável nas principais avenidas da cidade.Observa-se que o número de veículos que circula aumentou consideravelmente, em função da atual política econômica adotada pelo governo, ampliação do crédito, juros em queda e ampliação dos prazos de financiamento associado a uma estabilidade dos preços dos combustíveis. Logo uma parcela significativa do espaço público destina-se ao automóvel criando uma verdadeira guerra entre o homem e o carro. Onde resido, determinadas avenidas como a Prudente de Morais, Hermes da Fonseca, Engenheiro Roberto Freire e Bernardo Vieira, em horários de pique é um verdadeiro inferno. As pessoas ficam irritadas, nervosas e as perdas  humanas e materiais batem recordes, além de degradar a qualidade de vida já que compromete o ar que respiramos, existe a falta de manutenção da malha viária que provoca riscos aos usuários em termos físicos e materiais. Mas o modelo que é adotado neste país privilegia vias pavimentadas, túneis, viadutos e estacionamentos em detrimento de praças, ciclovias, calçadas e um sistema de transporte público de massa.A atual política de sinalização, adotada pelos órgãos competentes, já não, resolve o problema. As sinalizações verticais, horizontais e semafóricas são insuficientes para disciplinar os usuários. É chegada a hora de uma intervenção mais arrojada no sistema viário que privilegie o transporte de massa de qualidade para comportar o tráfego do transporte individual e coletivo. Se prestarmos a devida atenção, neste processo de verticalização que está ocorrendo em todos os lugares do Brasil, as garagens dos prédios passa a ser o item mas importante no ato da compra é mas relevante do que o playground das crianças. A política imobiliária é pautada em função dos veículos em detrimento dos indivíduos, criando condições para a geração dos empregos informais (flanelinha) e até gerando receita para o poder público.Alem disso, a falta de educação no trânsito, tanto dos pedestres como dos motoristas é gritante, necessitando de uma política de educação que se inicie nos colégios públicos e privados, esclarecendo aos jovens dos riscos e da necessidade de cumprimento das leis e aos adultos só resta punir com severidade.Para os usuários de baixa renda que utiliza exclusivamente o transporte coletivo, os deslocamentos tem sido há anos muito desgastantes, causados pelo imenso tempo gasto nas viagens, criando para o trabalhador mais um sofrimento no seu dia a dia. Faltam dois anos para a cidade do Natal receber a copa do mundo e não vejo nenhuma movimentação na infraestrutura de mobilidade urbana, parece-me que o legado que vai ficar para os natalenses se limitará ao estádio de futebol. Como as coisas neste Estado é difícil de acontecer, ou por falta de recursos ou por incompetência gerencial.

3 comentários:

  1. Ótimo texto, parabens,
    professor gostaria de dar uma palavrinha se possivel ainda hoje com você, me mande um email
    davidtavaresp@gmail.com
    agradecendo sua atenção
    david

    ResponderExcluir
  2. Realmente, professor estamos esperando melhorias nas vias da cidade de Natal que nos últimos anos tem se tornado péssimas.E também aguardando o legado da copa do mundo, pois não vejo nada além de um estádio.

    ResponderExcluir
  3. Juliana Cândida Gonçalves7 de julho de 2012 às 15:34

    Fala-se em inúmeras mudanças que a Copa 2014 promete trazer para a nossa cidade, porém, duvido muito que algo vá acontecer, ainda mais que o tempo está cada vez mais escasso e não se vê nada acontecendo, exceto na arena das dunas. Como se um estádio fosse a nossa maior urgência. Estamos construindo, na verdade, um grande elefante branco.
    Sou usuária de transporte coletivo (ônibus) e sei os transtornos pelos quais passo diariamente, seja por atraso nos horários, seja por veículos mal conservados e desconfortáveis e até mesmo pela falta de respeito que os motoristas tem pelas pessoas, sobretudo os idosos. Creio que o que falta em nossa cidade é mais vontade política de cuidar da população do que qualquer outra coisa. Temos no poder 2 figuras de grande importância (no Governo do estado e na prefeitura do Natal), que jamais deveriam ter tido nas mãos tanto poder, já que jamais souberam como utilizá-lo. Temos tudo pra sermos uma cidade modelo em muitas coisas, porém, o máximo que conseguimos ser é modelo de péssima administração. Numa cidade linda como a nossa com uma orla tão grande, ciclovias seriam uma fuga do estresse diário. Com este trânsito cada vez mais caótico em dias normais e sem nenhum evento de grande porte ocorrendo, paro e penso em como serão os dias quando a copa finalmente começar. Não temos estrutura nem para os que moram aqui, quem dirá para os milhares que virão com esse tão grande evento. Seja o que Deus quiser!

    ResponderExcluir