sexta-feira, 15 de junho de 2012

Sustentabilidade

Mais uma vez realiza-se no Brasil um dos encontros mais importante sobre o futuro que queremos, a RIO + 20, o compromisso com a sustentabilidade e a defesa do meio ambiente, buscando melhores caminhos para um crescimento econômico, com inclusão e proteção ambiental no mundo.Vivemos em um mundo de contrastes, nações com excesso e assim mesmo em crise e outras com excesso de falta em todos os aspectos. Para a RIO + 20, se tornar relevante é preciso apenas que todos os dirigentes reafirme a  vontade política de que  as suas nações estão empenhadas em implantar "As Metas do Milênio", que foram aprovadas pela ONU em 2000 na maior reunião de dirigentes mundiais já realizada em todos os tempos.  Definiram oito maneira de mudar o mundo que são: 1- Acabar com a fome e a miséria, 2- Educação básica de qualidade para todos, 3- Igualdade entre sexos e valorização da mulher, 4-  Reduzir a mortalidade infantil,5-Melhorar a saúde das gestantes, 6- Combater a aids, a malária e outras doenças, 7- Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente e 8- Todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento. Na minha opinião se essas metas forem perseguidas pelo poder público com a participação de todas as empresas e do terceiro setor, encontramos com certeza os caminhos para construir a sociedade que sonhamos, um novo mundo com menor desigualdade e mais solidário em todos os campos. A palavra sustentabilidade faz parte de uma nova cultura pela nossa sobrevivência, buscando a construção de um novo modelo de produção e de consumo, onde as atividades econômicas podem contribuir para solucionar problemas sociais e ambientais. Este novo modelo precisa de uma redefinição nas relações entre nações, sociedade e mercado.Em uma visão macroeconômica, o  desempenho de uma nação não pode mais ser medido pelo seu PIB e em uma visão microeconômica uma empresa não pode ser avaliada simplesmente pelo lucro alcançado se este crescimento foi obtido as custas da perda do patrimônio ambiental ou da dilapidação dos recursos naturais, causando empobrecimento a toda a humanidade.O senhor Oded Grajew, em artigo cujo título é Responsabilidade social e empresarial, nos alerta:" Para as empresas,essa mudança no alcance da visão de negócio implica, também, em redefinir a própria noção de custo. Não basta buscar o menor custo de produção, se o custo social ou ambiental embutidos nos produtos forem extremamente elevados. É preciso construir um novo parâmetro de competitividade, com a incorporação da responsabilidade empresarial ao longo de toda a cadeia produtiva. Na prática cotidiana, a empresa constrói esse modelo, começando por propiciar relações trabalhistas baseadas no respeito, na ética na busca da igualdade nas relações de gênero e raças; nas trocas justas com fornecedores e parceiros. No caso das grandes empresas, a adoção da responsabilidade social como critério para a seleção de fornecedores e parceiros para as várias etapas da cadeia produtiva tem um grande efeito multiplicador.Dessa forma, suas políticas atingem grande número de pequenas e médias empresas, contribuindo para disseminar práticas gerenciais ética e responsáveis.Mas adiante diz o autor que a responsabilidade  da empresa se estende a todos aqueles que são impactados por suas atividades. Os grandes acionistas percebam os benefícios que são gerados nos seus negócios, com impactos na rentabilidade das empresas, melhoram a imagem pública e a reputação da empresa, agregando às marcas um componente que, embora intangível,pode ser percebido em alguns diferenciais mercadológicos, com a lealdade do consumidor e maior facilidade de acesso aos mercados". Para uma gestão ser bem sucedida as práticas de responsabilidade social é extremamente importante já que gera aumentos continuados de produtividade, os trabalhadores envolvidos respiram crescimento e desenvolvimento através dos cuidados que a empresa tem com sua empregabilidade, reduzindo perdas, diminuindo custos, processos mais ágeis e alta adaptabilidade as mudanças que este novo mundo nos impõe. Finalizo afirmando, que para construirmos esse novo mundo é preciso que a consciência empresarial e política mundial mude  e não será fácil está transição, a não ser quando todos os atores envolvidos se conscientizarem que as práticas sociais definidas nas metas do milênio não forem  vistas com um novo gasto e sim como elementos essenciais a uma vida plena de realizações do ser humano.   

2 comentários:

  1. Juliana Cândida Gonçalves Aluna 3NB e 7NB - UnP - FP17 de junho de 2012 às 17:14

    Nunca consegui entender qual a razão da desigualdade social. Me parece mais como um mal necessário, sem o qual os poderosos deixariam de existir. Mas, é só um pensamento, não tomemos isto como verdade afinal... Porém, quando se assiste o poder que o ser humano tem de criar coisas cada vez mais surpreendentes, volto-me ao pensamento de que há uma cura para todo o mal social, o que faltam são ações para nossos discursos vazios de atitudes.
    Quando teve início o uso da ideia da sustentabilidade, acredito que as empresas conseguiram, a partir disto, perceber que o cuidar do bem utilizar todos os recursos necessários a sua produção, sejam eles humanos ou materiais, lhes rendia frutos. A partir de então, ficou cada vez mais focada em tratar da “produtividade”. Esta prega que o uso dos recursos ocorra de forma a otimizar custos produzindo uma quantidade cada vez maior, num menor espaço de tempo sem, contudo, perder a qualidade dos bens e serviços produzidos, o que remete a uma lucratividade crescente. O notável é que a sustentabilidade de outrora não preocupava-se com o capital humano das empresas e isto fazia com que estas jamais alcançassem o nível de sustentabilidade ideal. Ora, como podemos crescer com sustentabilidade quando as peças chaves dessa grande engrenagem ainda sofrem repressões sociais e morais dentro das organizações e mais ainda fora delas?
    Daí então as empresas passaram a preocupar-se com a responsabilidade social de uma forma mais abrangente e passaram a levar até à comunidade alguns benefícios tais como organizações do porte da Fundação Bradesco, que insere na sociedade onde novos cidadãos capazes de trabalhar pelo próprio desenvolvimento.
    Cuidar da humanidade em todos os sentidos deve ser premissa de toda e qualquer nação, globalmente falando, e cuidar das pessoas em volta, de forma local, transparece a verdadeira preocupação com a sustentabilidade em si.
    Que eventos como o Rio +20 sejam voltados a deixar claro que em primeiro lugar é preciso respeitar o ser humano, para que este possa respeitar a natureza. Afinal, nós próprios somos a parte mais importante do meio ambiente.

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  2. Quero parabenizar o professor Marcos Alves pela sua inteligência, sua visão panorâmica de tudo o que está acontecendo no mundo.

    Professor eu sinto muito orgulho em dizer que fui sua aluna, você é uma referência para mim.
    Obrigada por tudo que me ensinou.
    Um abraço.

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