sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Gastos em Educação

O economista Maílson da Nóbrega em artigo na revista veja em 25\07\2012, cujo título é "SOBRE O AUMENTO DE GASTOS PÚBLICOS NA EDUCAÇÃO", revela de forma brilhante as contradições do nosso modelo educacional e sinaliza que o aumento dos gastos públicos em educação para 10% do PIB, aprovado em comissão especial da Câmara é um enorme equívoco. Afirma Maílson que o país já destina 5,1% do PIB na área, enquanto é de 4,8% a média dos países membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), quase todos muito ricos.Segundo as Nações Unidas/Unesco, nossos gastos superam, como proporção do PIB, os de Japão, Alemanha, Coreia do Sul e    Canadá. Mesmo assim, no último teste conduzido pela OCDE/Pisa, ficamos em 53º lugar entre 65 países em leitura, matemática e ciência. A nossa frente estão Colômbia, México, Uruguai, Chile, Tailândia, Turquia e outros países emergentes.A China ficou em primeiro lugar nas três matérias. O professor chama atenção do modelo chinês e diz: Lá se despende menos de 4% do PIB, mas a educação é a alavanca do seu robusto desenvolvimento. Nos últimos vinte anos, a taxa de analfabetismo caiu de 22,8% para 5,7% da população adulta (9,7% no Brasil). Para o professor José Pastore, a educação é a arma definida por eles para dominar o mundo, revolucionando a preparação de talentos para ciência e tecnologia. Mais adiante ele nos mostra uns dados interessante sobre o modelo chinês e afirma que na última década,o número de jovens chineses nas melhores universidades do mundo cresceu dez vezes.Em 2009, havia 120000 deles em escolas americanas, a maioria em cursos de pós-graduação. Os brasileiros eram 7500 (3500 em pós-graduação). Segundo o Wall Street Journal, em 2011 os chineses compunham quase a metade dos estudantes estrangeiros em curso de mestrado e doutorado nos Estados Unidos. Diz ainda que, com gastos menores do que os do Brasil, a China avançou muito em pesquisa e desenvolvimento, o que requer pessoal de altíssima qualificação. Em 2011 a China superou os Estados Unidos e o japão no registro de patentes.Não por acaso, sua economia cresce cada vez mais com base em produtos de alta tecnologia, como bens de capital para telecomunicações. Os chineses ganharam da Alemanha em painéis solares. A China é o terceiro país a enviar astronautas ao espaço. Sua estação espacial será concluída em 2020. Há plano de pôr um chinês na lua até 2025. Segundo o professor o que o Brasil precisa é de uma revolução no uso dos gastos públicos em educação: melhorar a gestão dos recursos, aumentar a qualificação dos professores e remunerá-los bem e por desempenho, como acontece nos países bem sucedidos em elevar a qualidade da educação. Em artigo anterior chamava a atenção das mudanças que estão ocorrendo neste século da transformação, exigindo uma permanente adaptação das nações frente as mudanças muito rápidas, provocadas pelo desenvolvimento tecnológico. Neste mundo em permanente transição, um dos elementos mais afetados é o ensino, que busca consolidar técnicas e mecanismos que permita forma indivíduos aptos para a nova sociedade. Não se pode mais ensinar para uma verdade mais para a compreensão de várias verdades circunstanciais.As nossas certezas são relativas e sujeitas a mudanças contínuas. Cabe as universidades brasileiras se posicionar sobre o seu papel, nesta nova onda avassaladora que está varrendo da face da terra velhos hábitos e práticas rotineiras, implantando uma nova concepção de tempo e espaço, estabelecendo novos padrões de comportamento e de avaliação, em todos os aspectos da atividade do homem.Finalizo com a mesma afirmação do artigo passado.Acorda Brasil.

12 comentários:

  1. babi_souza1@hotmail.com14 de agosto de 2012 às 17:41

    Agradeço pelo conhecimento adquirido através de suas opiniões no blog, pois enriquece e alarga nossa sabedoria.
    Saudades de suas aulas.
    Um grande abraço.

    Francineide de Souza

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  2. Realmente, é uma vergonha para o Brasil, investir altos valores em coisas supérfluas e administrar mal o dinheiro que deveria ser destinado à educação.
    Sabemos que para que um Advogado seja bem suscedido no futuro, sua base na escola primária deve ter sido muito boa, com professores bem qualificados e aptos à ensinar. Da mesma forma, como um Administrador vai exercer bem a sua função, se ele tem dificuldades para com as coisas mais simples como ler e fazer cálculos matemáticos básicos?
    E os médicos? Será que estão indo para as cadeiras de Universidade, sabendo de sua responsabilidade para com as vidas que vai lidar? Sem esquecer dos próprios Pedagogos. Que Ensino e Educação ele vai trasnmitir ao seu aluno, se ele mesmo não os tem? Ou se ele mesmo não foi orientado para entender que ser professor, nao é uma "opção" de curso para "quando não se tem mais uma opção". É uma opção de curso (que assim como todos os outros), precisa-se de amor, dom e dedicação. E tudo isso provem da Base, chamada Educação. Sem a qual ninguém chegará a lugar algum.
    É uma pena e uma vergonha ao Brasil, um país tão rico e cheio de pessoas tão inteligentes, não valorizar essa base que é tão importante. Sem dúvidas, já melhoramos muito em termos de analfabetismo, mas isto não significa que temos em nosso País pessoas prontas para enfrentar o mercado de trabalho. O que é uma realidasde muito triste, pois todos são seres humanos e merecem ter um ensino dígno e motivador; que faça as pessoas se sentirem mais humanas e tenham vontade de correr atrás do que é realmente importante e que não será tirado de nós nunca: O conhecimento.

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  3. Juliana Cândida Gonçalves - 8NB UnP FP16 de agosto de 2012 às 17:35

    "Como as pessoas até agora, apresentaram números e números são irrefutáveis, eu também vou fazê-lo. Apresento um número de três algarismos apenas, que é o do meu salário, de R$ 930″. Estas foram as palavras iniciais do depoimento amplamente divulgado na mídia há pouco mais de um ano da professora da rede pública estadual, Amanda Gurgel, em que falava sobre as condições de trabalho e sobrevivência da categoria. Além desse valor vergonhoso que compõe a remuneração de um professor da rede pública com especialização, a professora potiguar falou de outros inúmeros problemas que afetam nossa população. Já mencionei em outros momentos minha suspeita em se sustentar uma população com níveis tão gritantes de analfabetismo total e até mesmo de analfabetismo funcional. É uma maneira muito fácil de manter o velho e famigerado voto de cabresto (que ainda existe), além de outros domínios de massa por falta de intelecto básico na maioria dos que compõem nossa população.
    Em outro artigo o professor Marcos Alves nos fala dos dados da oitava edição do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf) que demonstra claramente em qual situação estamos. A pesquisa alcança os 130 milhões de brasileiros e apresenta que 32,5 milhões não tem condições para trabalhos que exijam o domínio de textos e de cálculos com média complexidade. Francamente, tenho vergonha quando números assim constatam nossa incapacidade de pensar por si mesmos. Em um pensamento bastante radical em meus tempos de ensino médio, cheguei a questionar um professor e a desafiá-lo a fazer diferente do que já se faz há décadas neste país os professores que tem como forma de protesto e reivindicação apenas o uso da greve. Em minha proposta lhe dava a ideia de triplicar a qualidade do ensino que ele poderia dar, mesmo que sem ter muitos recursos. O que quero dizer é que, os professores deveriam abrir a mente de seus alunos levando-os a pensar de forma crítica e não simplesmente conformada em saber que todo ano virá uma greve que pouco resultado renderá aos professores e muitos danos causará a quem tenta ser estudante neste país. Será que abrir os olhos dos alunos não seria um ponta pé inicial para que as coisas mudassem? Infelizmente, mudar mentes não é tarefa fácil, ainda mais que requer anos para que algum resultado apareça, daí vamos vivendo do mesmo jeito e torcendo para que um dia as coisas melhorem.
    É triste saber que investimentos em educação são feitos, porém insuficientes para o grau de necessidade que temos.
    Desde muito cedo aprendi a observar e perceber que juntos somos muito mais fortes e que o conhecimento é a maior arma que um ser humano pode possuir contra aqueles que dominam as massas. Acredito que tive enorme sorte, uma sorte única de ter tido ao longo do ensino fundamental e médio, bem como superior, professores que me abriram os olhos me mostrando que eu tinha sim poder de voz e que, portanto, não deveria aceitar de forma tão fácil as “verdades” que nos tentam empurrar goela abaixo. Penso eu que uma revolução mental seja muito mais proveitosa do que greves que só atrasam ainda mais o país. Embora porém, entenda que está é a maneira de se fazer notar e mostrar que o respeito deve sim existir. Creio também que aos poucos as coisas estão mudando ao longo dos anos, mas na velocidade em que vamos demora muito ainda pra termos alguma chance de enfim “acordar este Brasil” do sono profundo em que se encontra.

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  4. mudanças muito rápidas vem acontecendo mais em felismente o nosso BRASIL não esta pronto pra essas mundanças,sim esta ainda n acordou pra a realidade..

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  5. Jessiene, você é um exemplo vivo de analfabeta funcional. Procure melhorar. Falo pro seu próprio bem. "Infelizmente" a verdade precisa ser dita.

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  6. A grande realidade brasileira é a mal administração de renda, principalmente quando se trate de educação pois dinheiro sempre teve, mas mal distribuída pelos nossos governantes.exemplo disso e a educação Sudeste e Nordeste que sempre foi motivo de desigualdade socioeconômica, onde o nordeste tem o
    pior índice de educação.Grande exemplo a ser seguido é o sistema educacional da China na qual uma província chamada Xangai obteve o 1º lugar na OCDE, que investe rigorosamente em educação lá as crianças vão a escola até no domingo para aula de reforço que são pagas pelos Pais,os jovens não namoram,não vão a baladas,não usam drogas e nem fumão.

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  7. Gostaria primeiramente de lhe parabenizar, pois seu blog é repleto de informações importantes e atualizadas, que amplia conhecimentos para nós leitores.

    Quanto ao assunto... não tenho muito o que falar... pois está bem claro, "EDUCAÇÃO É A ALANCA DO DESENVOLVIMENTO" e o Brasil precisa seguir esse caminho.

    Mais vale a pena relembrar o que o senhor falou na última aula, educação parte de casa, pois não adianta termos pessoas com estudos acadêmico, sem uma educação de ética, valores, etc.

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  8. Professor concordo quando diz que temos que varrer velhos hábitos e estabelecer novos padrões para educação, creio que falta força de vontade e descaso das autoridades desses país, em que vejo políticos virarem as costas para o avanço do ensino e da cultura das classes menos privílegiadas, o governo tem que acabar com esses modelos antigos de ensino, onde o aluno passa pouco tempo em sala de aula onde os professores são mal remunerados e desistimulados, surgindo greves afetando a passagem do conhecimento.

    Elijerdson Souza - Eng. Civil - 4NB

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  9. Parabéns pela notícia. Adorei. O sr. é um exemplo de professor. Renato de Moura Oliviera RIRF 2MA

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  10. Professor Marcos,
    Acredito muito na valorização do profissional, o ser professor é uma das profissões mais bonitas, mas que precisa de estímulo, de valorização, de melhor remuneração. Nossa sociedade precisa mudar seus hábitos já, ou melhor, adotar melhoras sempre e urgentes.

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  11. Agradeço pelo conhecimento adquirido através de suas opiniões no blog e na sala de aula, pois enriquece e alarga nossa sabedoria quanto alunos.
    Um Forte abraço, Professor.

    Ass. Bruno Henrique

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  12. Se não houvesse desvios do orçamento destinado a educação, sem dúvidas teríamos uma educação de qualidade em nosso país.

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