segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O novo trabalhador

Caros leitores informo que estou terminando de ler um livro extremamente rico, atual cujo título é "ÉRAMOS NÓS A CRISE AMERICANA E COMO RESOLVÊ-LA" que indico a todos a sua leitura. Os autores são o senhor Thomas L. Friedman o mesmo autor de "O MUNDO  É PLANO",juntamente com o senhor Michael Mandelbaum. Descrevo de forma resumida um item que me chamou atenção, que compõe  a parte 2: O desafio da educação, que sirva de exemplo para o Brasil, os autores de forma brilhante nos apresenta para onde caminha o mercado de trabalho,neste século da transformação e diz: Andy Kessler,um ex-administrador de fundo hedge e autor de "Eat people: and other unapologetic rules for games-changing entrepreneurs, publicou uma matéria no Wall Street Journal (17 de fevereiro de 2011) propondo uma tipologia ainda mais simples e evocativa do novo mercado de trabalho: Esqueçam os empregados administrativos e operacionais.Existem dois tipos de trabalhadores em nossa economia: criadores e servidores. Criadores são aqueles que impelem a produtividade----codificando, projetando chips, criando remédios, dirigindo mecanismo de busca. Os servidores, por outro lado, servem esses criadores ( e outros servidores) construindo casas, fornecendo alimentos, oferecendo aconselhamento legal e trabalhando no Detran.Muitos servidores serão substituídos por máquinas,por computadores e por mudanças na operação dos negócios. Mas adiante diz os autores:" Essa dicotomia entre criadores e servidores impõe a pergunta mais importante que todo trabalhador terá de fazer a si mesmo: estou acrescentando valor fazendo algo singular e insubstituível? Estou acrescentando uma calda de chocolate, creme de chantili e cereja extras sobre tudo que faço?Achamos que a melhor forma de entender o mercado de trabalho atual é mesclar Katz, Autor e Kessler. Isso gera quatro tipos de empregos. Os primeiros são os criadores criativos, pessoas que fazem seu trabalho não rotineiro de forma notadamente não rotineira ----os melhores advogados, os melhores contadores, os melhores médicos, artistas, escritores,professores e cientistas. Os segundos são os criadores rotineiros, que realizam seu trabalho não rotineiro de uma forma rotineira----advogados comuns, contadores comuns, professores comuns e cientistas comuns. Os terceiros são o que chamaríamos de servidores criativos, trabalhadores não rotineiros pouco qualificados que realizam seu trabalho de forma inspirada----seja o padeiro que cria uma receita de bolo especial, a enfermeira com habilidades interpessoais extraordinárias na cabeceira dos doentes ou o sommelier que impressiona com seus conhecimentos de cabernets australianos. E os quartos são os servidores rotineiros, que fazem trabalhos rotineiros de forma rotineira, sem oferecer nada extra.Atenção: só porque você está realizando um serviço não rotineiro---como, digamos, um médico,advogado, jornalista, contador, professor de nível médio ou universitário----, não significa que esteja seguro. Se você faz um trabalho não rotineiro altamente qualificado de forma rotineira----se você é o que denominaríamos um criador rotineiro---, estará vulnerável à terceirização, automação ou digitalização, ou será o primeiro a perder o emprego num aperto econômico. E só porque você é um servidor, realizando algum serviço face a face, não significa que esteja seguro. Você também estará vulnerável à terceirização, automação , digitalização do trabalho no exterior--- ou será o primeiro a ser despedido num aperto econômico". Mais adiante dizem os autores:" Portanto, esse é o mundo onde vivemos. É por aqui que toda conversa sobre como precisamos consertar nossa economia e transformar nossas escolas precisa começar. Nesse mundo, os estados Unidos necessitam de empresas que sejam mais produtivas---que estejam usando as ferramentas da hiperconectividade de todas as maneiras possíveis para produzir mais mercadorias e serviços com menos pessoas---, e precisamos de cada vez mais empresas que gerem empregos com salários dignos. Só existe uma maneira de superar esse impasse: mais inovação impulsionada por melhor educação para todos os americanos. Uma economia robusta é  movida não apenas por mais eficiência e produtividade,mas também por inovações.Ou seja , mais pessoas inventando mais produtos e serviços que deixem os consumidores mais confortáveis,produtivos, instruídos, entretidos, saudáveis e seguros". Os autores finalizam afirmando: "Em suma, precisamos de criadores fecundos e servidores criativos. Para isso, alguns podem inventar um produto novo, ou reinventar um serviço existente, e ainda fornecer um serviço rotineiro com certa paixão extra, um toque pessoal ou uma visão nova. É isso o que cada empregador está buscando. Se você tem quaisquer dúvidas a respeito, pergunte a eles. Ou vire a página". Meus leitores, se a América do Norte tem atualmente está preocupação com o seu futuro, sendo a muito tempo uma potência econômica mundial, imagine o nosso país o que precisa fazer para acompanhar toda essa revolução que está ocorrendo no mundo do trabalho? Acorda Brasil. 

3 comentários:

  1. Francineide de Souza14 de agosto de 2012 às 18:29

    Recordo dos seus comentários em sala de aula quando já falava sobre esses assuntos, que o indivíduo tem que procurar uma atividade (trabalho), que o faça pensar e não fazer um trabalho mecanicamente que não exige raciocínio, citando como exemplos: caixa de supermercado e frentista de posto de gasolina, lembrando que não há nada contra a essas profissões, mas que no futuro as máquinas iram prevalecer, pois o mercado esta cada vez mais exigente e a procura de pessoas eficientes com conhecimentos avançados e que tenham o diferencial dentro da organização.
    Um grande abraço.

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  2. Acredito que a saída para enfrentar problemas atuais e futuros na economia está na busca constante pelo conhecimento, procurar acompanhar as mudanças do mercado global e das profissões. Procuro sempre novas ferramentas de trabalho que agregam valores ao meu dia-a-dia, através de cursos, palestras e treinamentos de novos softwares. Vejo essa busca pelo aprendizado como resposta ao avanço das novas tecnologias e do mercado, e também para não ser substituído por nenhuma máquina no futuro.

    Elijerdson Souza - Eng. Civil - 4NB

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  3. Temos que buscar a perfeição sempre, sem a qual estaremos obsoletos para o mercado de trabalho atual.

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