quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Investimentos

Estamos caminhando para o final de 2012 onde tudo indica que o Brasil terá um crescimento do PIB inferior ao do ano passado. Vários analista sinaliza um crescimento em torno de 2% a 2,5% em razão de um quadro internacional desfavorável. A América ainda apresenta sinais de recessão, a sua economia ainda não voltou a apresentar uma recuperação satisfatória, a maior economia da Ásia (China) apresenta desaceleração, no mundo árabe as revoluções que estão ocorrendo gera uma incerteza quanto ao futuro e a Europa encontra-se em busca de uma definição que ainda levará tempo para a sua recuperação. A demanda externa por alimentos e metais que no passado teve um significado importante para a nossa nação, hoje com tendência de queda de preços das commodities, começa a criar um desconforto em nossa conta corrente. O governo brasileiro ciente do quadro internacional, voltou a sua atenção para o mercado interno, criando uma série de facilidades de crédito e renuncia fiscal para garantir o nível de emprego e renda do nosso país. Estimulo a demanda, a nova classe média adquirindo carros,imóveis e eletrodomésticos, com prazos elásticos e juros menores. Mas o consumo que é a variável mais importante da demanda agregada tem um limite, o nível de endividamento atinge um ponto que  insistir nos gastos levará a dificuldades a frente. O crédito não pode crescer acima das possibilidades do emprego e renda se não a inadimplência aparecerá e o custo que a sociedade pagará é maior que os benefícios que ela gera. A dinâmica do desenvolvimento de qualquer país requer investimentos que permita a classe empresarial enxergar novos nichos de mercado, produzidos pelas inovações, gerando novos empregos e o efeito renda estimulando o consumo que permita aos investidores obterem lucros sobre os riscos de investirem. No Brasil o nível de investimento em relação ao PIB encontra-se em torno de 19%  e o nível de poupança do nosso país é relativamente baixo em comparação com as nações emergentes. O empresário só fará investimentos se ele tiver certeza de que o mesmo trará uma lucratividade aceitável em um período relativamente curto. Os investimentos dependem de duas varáveis: taxa de juros corrente e taxa de lucro prevista. A taxa de lucro prevista precisa ser maior que a taxa de juros corrente, caso contrário, quando a expectativa de retorno não acontece desaparece o investimento, criando dificuldades na demanda global que por sua vez, produz uma crise que começa no mercado financeiro e termina no mercado de trabalho. Os gastos governamentais tem um papel importante neste contexto, quando bem dirigidos e em parceria com a iniciativa privada podem a médio prazo criar uma atmosfera positiva para a sociedade como um todo. Se os gastos governamentais forem direcionados justamente para melhorar a nossa infraestrutura, ( energia, transportes,comunicações e siderurgia) e estabelecermos um novo marco tributário, com certeza os investimentos surgirão e a nossa economia se tornará mais competitiva e novos mercados serão conquistados.O investimento tem os seus determinantes que são: o primeiro a sua lucratividade, o segundo, refiro-me ao progresso tecnológico através da construções de rodovias, ferrovias, hidrelétricas em pesquisas de ponta são fatores que estimulam a economia e são geradores de outros investimentos pelo progresso que proporciona ao país.O terceiro, diz respeito a política governamental que pode incentivar o investimento em regiões consideradas carentes, em determinados setores que através de incentivos fiscais estimulará a vinda de outros investimentos.Quando o nível geral de renda de uma sociedade cresce como a brasileira, naturalmente ocorre uma mudança nos padrões de consumo que pressiona novos investimentos que se destina a equilibrar a oferta em condições de satisfazer a procura existente. Em uma economia que se organiza em torno dos mercados é preciso que a sua amplitude seja cada vez mais ampla , gerando um poder aquisitivo elevado, favorecendo novos investimentos na criação de bens e serviços  que estimulam a diversificação do consumo e elevam o bem estar da sociedade.

3 comentários:

  1. Francineide de Souza14 de agosto de 2012 às 18:37

    É sempre bom ler o seu blog, pois o conteúdo é de extrema importância para alargar o nosso conhecimento em relação ao que ocorre no mundo.

    Agradeço desde já a oportunidade.

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  2. Quando a economia de países de primeiro mundo e a américa do norte estão em recessão e dificuldades financeiras, são sempre os países de economia emergentes que pagam a conta, e faz com que nosso país diminua seu crescimento econômico, diminuindo a exportação e desacelerando a produção de alimentos e metais, gerando aumento do desemprego. Sobre a questão de se investir em construções de rodovias, ferrovias, hidroelétricas e etc., é uma ótima sáida para aumentar a importação e produção interna, porém, vejo todos os dias em notíciarios que esses investimentos são distribuidos e gastos de forma errada, beneficiando políticos corruptos.

    Elijerdson Souza - Eng. Civil - 4NB - UnP

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  3. Concordo com o amigo Elijerdson, entretanto vale salientar que diante das dificuldades encontramos diversas oportunidades.

    Com relação aos investimentos o duro é ver todo esse gasto com a copa, que poderia estar sendo direcionado para o desenvolvimento da infraestrutura interna do País!

    Eduardo B. Fernandes - Eng. Civil - 4NC - UnP

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